Batalha de divas.
Com a recente moda de musicais invadindo a TV, Nashville acabou ganhando seu
lugar na grade da ABC nessa Fall Season. A série, no entanto, não integra
música ou performances musicais do modo que Glee ou Smash fazem. O foco aqui é
a carreira musical de artistas em destaque ou tentando se firmar na carreira,
em Nashville, atual berço da country music americana. Claro que, sendo assim,
eles cantam e ganhamos acesso aos bastidores de shows e gravadoras, algo que
ainda não havi sido mostrado nas produções com essa temática.
A Series Premiere é muito bem sucedida. Consegue nos dar uma boa visão sobre
a proposta da trama e seus personagens. As canções inseridas aqui e ali, no
entanto, não chamam muito a atenção, exceto a última. Uma balada romântica belíssima
e simplesmente interpretada. Essa canção, aliás, pode ser fator essencial para
uma reviravolta que já deve acontecer no segundo episódio.
Tudo porque Rayna James (Connie Britton), considerada uma lenda musical,
está com a carreira em risco. Depois de 20 anos dominando as paradas ela está
se tornando obsoleta e já não traz mais o retorno financeiro de antes para seus
empresários e produtores. É por isso que ela ganha a missão de se reinventar
para o mercado fonográfico e para captar novos fãs. Só que Rayna vai ter de
lidar com Juliette Barnes (Hayden Panettiere), um jovem sucesso, com quem ela
deve dividir uma turnê.
Nenhuma das duas deseja isso e preferia continuar ignorando a existência da
outra, mas agora os caminhos estão cruzados e essas duas artistas vão ter de
conviver e lutar por espaço no cenário da música country. Ambas vêm de famílias
complicadas de modos bem diferentes e também tem seus dramas pessoais.
Rayna é casada e tem duas filhas (que adoram a música grudenta de Juliette)
e tem um histórico de brigas com o pai, Lamar Wyatt (Powers Boothe), um dos
figurões locais. Isso sem falar no marido, Teddy Conrad (Eric Close), que
perdeu tudo e tenta se reerguer profissionalmente. É aí que começa a “pegada
política” de Nashville, já que Lamar decide apoiar e financiar a carreira
política de Teddy, que concorre à prefeitura da cidade. Rayna sabe que nada
disso sairá de graça para ela e sua família.
Juliette, por sua vez, parece ser uma menina solitária e que faz do “teste
do sofá” uma realidade. Ela seduz todos os homens que deseja e que podem
ajudá-la na carreira, mas tenta esconder seu lado frágil, despertado pela mãe,
viciada em drogas. Juliette tem grande interesse em Deacon Claybourne (Charles
Sten), o líder da banda de Rayna, que nunca se permitiu ser um sucesso de
verdade. Fiel à Rayna, inclusive pelo relacionamento que mantiveram no passado,
ele agora está prestes a se envolver com Juliette, que não perde tempo.
Ele é tio de Scarlett O’Connor (Clare Bowen) uma grande fã de música que
começa a descobrir que tem talento para a coisa. O namorado dela, Avery Barkley
(Johnathan Jackson) também tenta entrar para o mundo musical, mas Scarlett tem
química mesmo com Gunnar Scott (Sam Palladio), cantor que também está em inicio
de carreira. Aliás, vale dizer que é a performance de Scarlett e Gunnar que
realmente empolga já no fim do episódio e isso talvez represente uma saída para
Rayna, que tem gostos bastante específicos e não aceita colocar música que não
tenha qualidade em seus discos e apresentações.
R.J. Cutler (“The September
Issue,” “The War Room,” “A Perfect Candidate”), Callie Khouri (“Thelma &
Louise," Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood"), Dee Johnson
(“Boss,” “The Good Wife,” "E.R.")
e Steve Buchanan são os
produtores executivos de Nashville. O
Piloto foi escrito por Callie Khouri e dirigido por R.J. Cutler.