segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fringe 5x04: The Bullet That Saved The World



A história se repete.



Você pode até achar que Fringe sempre foi uma série sobre monstros bizarros, mas a verdade é que, desde o começo, a coisa é bem mais simples do que isso. Fringe é uma série sobre pais e filhos. Família. Amor. Soa cafona, mas é verdade. Os elementos de ficção científica, é claro, servem como pano de fundo para tudo isso, mas os acontecimentos centrais são todos ligados aos dramas, traumas e relacionamentos entre os personagens em diversas fases de suas vidas. Passado, presente e futuro se encontram. Agora mais do que nunca.

O episódio dessa semana vem deixando isso muito claro. E se não fosse tão verdadeiro assistir a algumas cenas não seria tão doloroso. Foi um episódio empolgante e que traz de volta histórias antigas, mas a dose de tragédia continua acompanho as vidas de Walter, Peter e Olivia.

Chorar com o que aconteceu foi uma reação natural para mim (e muitos outros) e mostra como em apenas cinco episódios (estou contando Letters Of Transit) um personagem pode fazer a diferença, ou melhor, como é possível construir uma relação familiar completamente nova e que, ainda assim, fale com o emocional de quem acompanha a série. Não bastasse isso, ainda há a aventura, a expectativa por pequenas vitórias da Resistência, a inserção calculada de certos easter eggs e detalhes que continuam fazendo com que assistir a um episódio de Fringe seja uma experiência que dura além de 40 e poucos minutos.

É tanta coisa em que reparar e que considerar que minha surpresa continua diante de quem se mostra insatisfeito com a temporada final.  Digo isso porque não acho que estar pelo menos satisfeito com a temporada seja questão de ser mais ou menos fã da série. É apenas uma questão de análise fria. Até quem não curte o lado emocional deveria ser capaz de enxergar que a mitologia ainda está explodindo nos episódios e que a trama está sendo conduzida, até aqui, com atenção e fidelidade a tudo que já fez parte do universo criado em Fringe.

Acredito que o episódio dessa semana é uma prova imensa disso. Afinal, não foram só os casos antigos tratados pela Fringe Division que reapareceram ou o agente Broyles. A frase que abre essa review é para chamar a atenção para o fato de que, mais uma vez, um pai perde seu filho. E já vimos como Peter pode ser obcecado quando o assunto é o bem estar de Etta.

A suposta morte dela é um grande choque. Ninguém esperava por essa e muito menos pelo sofrimento que isso traria. Particularmente, fiquei devastada. E muito embora eu saiba que alguma coisa ao longo dos nove episódios restantes pode reverter a situação, não menosprezo a emoção do momento. Fiquei triste por Etta, por Peter, Olivia. Outra família destruída. A mesma família destruída pela segunda vez, por causa dos Observadores.

A determinação de Peter em encontrar Etta na infância é algo que começa a fazer com que eu pense na importância dele na série. Sempre ouvimos que o “garoto era importante”. September repetiu isso a exaustão e com a Máquina do Apocalipse pensamos que era isso. Peter precisava comandar a máquina e criar a ponte entre os universos, promovendo a salvação de ambos. Mas será que é só isso? Será que o amor de Peter pela filha não faz dele importante para salvar o mundo pela segunda vez? Continuo pagando para ver enquanto viajo em teorias que devem dar em nada.

Cheguei até a cogitar que Peter imitasse Walter (outro homem obcecado pelo filho, deve ser genético) e usasse o portal para o lado B ou coisa assim, mas já descartei a ideia. Primeiro porque no lado B teríamos Henry e não Henrietta. Depois porque Henry sequer existiu, quando a timeline original foi “apagada” (embora Olivia se lembre de tudo por causa do cortexiphan). Ponte para o lado B só se for para ajudar a ler o plano escondido no metrô, que Walter não consegue entender direito. Conclui-se que se existe apenas um Peter, existe também, apenas uma Etta.

Outra teoria é a de que ela não tenha morrido, apesar da cena bem convincente e do uso da bomba de antimatéria. Se Windmark foi capaz de fugir, talvez tenha sido maligno a ponto de tirar Etta daquele galpão com intenções escusas. Ele tem mórbido interesse nas capacidades de Etta e no amor existente entre os Bishop. Quem sabe não foi isso mesmo? Se Etta, no entanto, ficou ali, largada no galpão, desapareceu junto com o prédio e as redondezas definitivamente, apesar de que definitivamente é uma palavra idiota para usar quando falamos de Fringe.

Essa linha de pensamento sobre o que Windmark teria feito fica ainda mais válida quando tivemos tanto foco na técnica que permite escapar da leitura de pensamentos. Os comentários sobre a capacidade de Etta poder esconder os seus dos Observadores sempre ficaram em torno do fato de ela ter sido gerada quando Olivia estava recebendo doses maciças de cortexiphan, mas talvez seja apenas uma habilidade adquirida de experiência. Se ela ensinou Broyles e pretendia ensinar à família, faz sentido considerar essa hipótese.

Como Windmark sente que seu sistema perfeito está comprometido, estudar Etta seria uma grande vantagem. É nessa técnica de esconder pensamentos que pode residir a virada da Resistência. Se eles forem bons o bastante para não apenas despistar, mas usar essa habilidade para enganar, a situação pode mudar. Todo mundo sabe o quanto pode valer um bom blefe numa partida de Poker.

Confesso que fiquei bastante emocionada com a aparição de Broyles e o reencontro dele e Olivia. Impossível não ficar quando ele, além de tentar cuidar da filha de sua agente favorita, guardava uma foto dela e Peter como lembrança. Tê-lo como aliado é algo importante, porque Broyles pode ser responsável pelo envio de muitas informações privilegiadas, como no caso do laboratório.

Aliás, maravilhoso relembrar os casos da Fringe Division, até porque, a série se fez assim, mostrando bizarrices e trazendo-as de volta. O porco-espinho misturado com humano e o vírus gigante não poderiam faltar, mas não entendi que meleca era aquela que Walter provou para ver se continuava “fresquinha”. Com tanto cabelo em volta, sei lá, me lembrou um testículo ou coisa assim. Donnut é que aquilo não era mais. Nojento.

Nem é preciso dizer que o uso daquela ceramida (vista em Ability, 14º episódio da 1º temporada) que faz crescer a pele em todos os orifícios do corpo humano foi genial. Walter tinha razão ao dizer que aquele espaço secreto guardava a solução ou pelo menos uma distração para que eles pudessem recuperar os planos do metrô.

Vale até ressaltar uma frase estranha de Walter que surge quando ele é avisado que o laboratório está para ser invadido. “Esqueçam os esquemas, as rochas da mina. Esqueçam o que for que estiver no túmulo. Nada disso tem significado sem o plano. Lá se vai o mundo. O fim do mundo.”. A pergunta é: que túmulo, cara pálida? Até aqui não foi feita qualquer referência a túmulos nas fitas betamax recuperadas do âmbar. Será que Walter está lembrando coisas e sequer tem noção disso? É bom ficarmos atentos.

O grande easter egg do episódio, no entanto, está na aparição de um velho conhecido: Genius. O jogo que nos Estados Unidos é batizado de Simon Says esteve em destaque novamente e, só para citar uma das vezes em que vimos alguma relação com este jogo, falemos da primeira referência, em Inner Child (1x15).

Além do uso de cores que fazem parte da paleta que identifica situações diversas em Fringe (vermelho, azul, amarelo e verde) o jogo já esteve ligado ao nome Simon Paris, que é o codinome de William Bell. Além disso, é um jogo de concentração e memória, dois fatores importantes para que o plano citado por Walter tenha sucesso.
 

Outro detalhe interessante aparece pouco antes da chegada de Broyles ao reencontro com velhos amigos. Nota-se na marquise a expressão “Manifest Destiny”. O termo tem a ver com a história americana, remontando ao século 19, quando essas palavras eram usadas para – numa explicação muito rasa, só para o entendimento geral – justificar a crença de que o país estava destinado a se expandir pelo continente. Quase como uma “desculpa esfarrapada” para a carnificina dos indígenas, escravidão e a guerra contra o México. Esse conceito era visto como uma espécie de redenção para o Velho Mundo.

No ambiente atual de Fringe a expressão parece estar ligada à justificativa dos Observadores para a tomada do planeta. Os massacres e mudanças que eles estão promovendo não diferem muito, em termos práticos, do que aconteceu no século 19.
 
Glyph Code da vez é WOUND. Ferimento, lesão, ofensa. Talvez o significado seja o de que Etta foi ferida e não morta ou de que o que aconteceu gera novas motivações para Walter, Peter e Olivia. Não descarto que a palavra mostre que há uma brecha no sistema dos Observadores.

P.S* Astrid virou Astrif.

P.S*Quem será “A POMBA”?

P.S* Como correr pelo menos 100 metros em 26 segundos? Perguntem para Olivia, Walter e Peter, porque eu não sei como faz.

P.S*Tem gente dizendo que viu o famoso “Bacon Factor” na equação que Walter não consegue decifrar. Para quem nunca ouviu falar disso, lá vai: É uma equação surgida em 1994 (criada por estudantes desocupados) depois de uma declaração do ator Kevin Bacon, de que ele já teria trabalhado com TODO MUNDO em Hollywood ou com alguém que o ligasse a todo mundo. É algo como ‘Seis Graus de Separação’ que determina o número mínimo de relacionamentos (pelo menos seis) em que cada ser humano estabelece em sua vida (amigos, família, profissão...). Não me perguntem onde esses malucos viram isso ou como isso tem a ver com Fringe. Mas se torradas já foram a solução para tudo, porque não Kevin Bacon?

P.S*Dizem por aí que o roteiro desse episódio foi desenvolvido por Shonda Rhimes. Quem assiste Grey's Anatomy vai entender.
Comentários
20 Comentários

20 comentários:

Bia Séries.Net disse...

Eu não esperava a morte da Etta, achei meio precoce, mas chorei litros.
Eu amei o episodio mais uma vez, como não amar, e adorei seu Review.

beijocas

Emille Cândido disse...

Fiquei tão chocada com a morte de Etta que só chorei depois que o episódio acabou, quando caiu a ficha!

Lara_Rib disse...

Agora, como viver sem Etta? #LUTO

Wellington Laurindo disse...

PQP Camis! Não tem reviewer melhor que você. Leio várias reviews de Fringe e até escrevo também, ou melhor, tento, mas nada se compara aos textos que eu leio aqui. Você espremeu o episódio até a ultima gota como se fosse uma laranja e com isso podemos aproveitar essa experiência muito mais. Não existe assistir Fringe e não ler sua review. Adorei o episódio D+ e chorei com a morte da Etta (que não). Vi um blog que comentou que o peso da morte da Etta era somente pelo que ela significava para Olivia e Peter. E descordo totalmente do camarada que escreveu isso. Como você disse, em cinco episódios a gente se conectou tanto com a personagem que iremos sentir falta não só pela dor de seus pais, mas por causa dela mesmo. Agora Peter vai encarnar Emily Thorne/Amanda Clarke e começar sua jornada de vingança e isso é uma grande motivação pra acabar de vez com os Observadores. Go Fringe!

Thaís Stacoviaki disse...

A Pomba acho que é o Broyles, uma coisa eu tenho a dizer estou muito triste com o desaparecimento de Etta, não gostava dela antes, mas esse episodio me mostrou o Amor deles por ela e eu comecei a ama-la, ela intercessa o encontro da antiga Divisão  Fringe, cuida do Walter e ai ela desaparece! =/

sorayaestrela disse...

Eu não fiquei surpresa e nem chorei. Por algum motivo fiquei com um mal pressentimento neste eps que aconteceria algo com a Etta. Achei que ela fosse ser capturada, mas foi pior. Confesso que tenho uma ínfima esperança dela estar viva. Peter e Olivia merecem isso, e a própria Etta.
Também achei que o tiro fosse bater na bala e salvá-la, tipo a bala que salvou o mundo, salvou tb a Etta. 
Se existisse uma Etta no lado B com certeza Peter iria raptá-la, mas Etta é/era única. Acho que só o Walter consegue entender bem o sentimento de Peter. 
Sobre a palavra Wound está mais relacionado ao Peter, que ele tem novamente a feriada da perda da filha aberta. 
Uma curiosidade vc descobre sozinha tds essas coisas do easter egg, como do Genius ou da frase na parede. Sério eu nunca ia achar aquilo relevante, por isso preciso sempre ler a review pq vou descobrir detalhes que mesmo se visse 1000x nunca iria descobrir.

Ótima review como sempre. 

Andresa disse...

Fringe e Grey's Anatomy? Ai, não. Não vamos comparar. E eu gosto de Grey's...

Coisa linda o Broyles. Excesso de fofura do Comandante.

E acho sim, a história se repete. Só que da última vez em que um Bishop saiu que nem um louco em busca de vingança um universo se foi e outro estava em vias de extinção. Ah... e a Olívia morreu. Pode ser que esse seja o dilema que Peter terá que enfrentar: escolher a vingança ou a esposa. Seus pais (um de cada  universo) foram egoístas (talvez não seja a palavra correta no caso da perda de um filho, mas...) e perderam a esposa. Aliás, onde fica o "seja um homem melhor que seu pai"? Porque ficar por aí com uma arma em cada mão dando tiro pra todo lado até o fim da série não é muito a cara de Fringe. Mas, sei lá.
Parabéns pelo review.

jorge disse...

Senhora Shonda Rhimes sambando na cara do público em mil e uma séries

Camila Barbieri disse...

Então, no começo eu boiava que nem todo mundo, mas frequentava os foruns de discussão e fui me "educando". Agora eu pego as coisas no automático e faço pesquisa pra ver se tem significado util pra série.  O Simon says já apareceu tantas vezes que  sei a referência de cór e sempre fico de olho em cartazes, pichações... Coisa de quem é louco mesmo.

árvore voadora disse...

Eu acho que Etta não morreu não mesmo, coisa chata essa de inserir um personagem, tentarem fazer a pessoa se afeiçoar a ele e matarem pouco tempo depois! muito interessante o simon says que apareceu em Inner Child, e agora vemos um nesse episodio também, ainda acredito na teoria de windmark ser a criança de Inner Child. "Simon Says" seria uma referência ao Simon também?

Welington Araujo disse...

Esse episódio foi muito bom mesmo. Desde o 5x03 que eu me sinto mais conectado com a série. É como se eu tivesse me lembrado quem são eles, e porque eu gostava tanto de assisti-los. Prefiro não acreditar no retorno de Etta. Acho improvável restaurar alguém que foi eliminado usando o princípio da antimatéria e o Windmark apareceu completamente sozinho, observando o desaparecimento do prédio.
Agora, uma consequência disso será a mudança nos hábitos do Peter. Com certeza ele vem com muito mais frieza e isso vai fazer muito bem para o nível de adrenalina da série (que, nesse episódio, foi muito bom!!)

Cecilia Carvalho disse...

Camis como sempre sintetizando com sabedoria todo o episódio. Eu achava que nao gostava da Etta, até esse episodio, chorei muito, principalmente pelo Peter e pela Olivia, a mesma dor duas vezes. 

Gean disse...

Quando eu terminei o ep. - diga-se, ahazado com o fim, eu comecei a achar que a morte de Etta é real. E que, na verdade, o plano de September é pra evitar que os observadores invadam o mundo, no dia da purgação, fazendo com a que Olivia, Peter e Walter voltem no tempo pra isso. Assim, mudaria toda a timeline, e a Etta não morreria no fim, e os observadores não dominariam o mundo. Posso tá errado, e provavelmente estou, mas vai que .. seja essa a ideia. 
Quanto se trata de Fringe nada pode ser descartado.

Quando ao dedo da Shonda, no ep. Só uma coisa a ser dita: I hate'u Shonda. 

Fernanda disse...

eu ainda não acho que a etta é filha deles...ela podia ser a sobrinha da olivia ou qualquer coisa mas ainda assim...

Camilla Gois disse...

Gostei muito do episódio mas não me emocionei com a Etta morrendo, em 4 episódios não consegui me ligar à personagem sempre senti que ela estava a mais ali principalmente por Olivia ser deixada de lado nos momentos de ação e ficar só com a parte emocional, agora vamos voltar a ver a Olivia que estamos acostumados por mais de 80 episódios.

Penso que vão arrumar um jeito de mudar a timeline e trazer Etta de volta, mas por outro lado Fringe sempre me surpreendeu então acho que vão achar outra solução que ninguém esteja esperando.

Falando em timeline eu tenho uma dúvida sobre a 4ª temporada, foi só a Olivia que lembrou do Peter e tudo o que vimos nas 3 temporadas passadas não aconteceu ou a timeline foi restaurada para todos fazendo eles se lembrarem do Peter?

Só mais uma coisa, quando vi a reação da Olivia vendo a filha morrer logo lembrei de uma fala do Walter na 3ª temporada quando destrocaram as Olivias "Será que substituíram a Olivia por um robô?"

Tatiane Lopes disse...

ouvi tanto comentários sobre esse ep que vi o episódio com o coração na mão, como se diz.. muito triste.. espero que eles consigam voltar no tempo, ou qq coisa, e trazer a Etta de volta.. Não tinha me dado conta que o nome Henrietta e tipo o feminino de Henry.. por essas e outras que adoro suas reviews..

Camis, não é em uma "marquise" que está a inscrição, é em uma viga. Não que faça alguma diferença, é só pq sou engenheira.. kkkkk

ótimo review, só termino de ver um ep de verdade dps de ler sua review.. deve dar trabalho.. Parabéns!!!!

Neilon Sousa disse...

Seria inviável ela não ser a Etta... De que outra forma ela lembraria da cena em que ela assopra o dente-de-leão e que os pais estão de braços estendidos a gritando? A não ser que aquilo fosse uma falsa memória, no caso de a própria Etta ter contado pra ela.. 

Ademais, claro que era a filha da Olívia, ela teria o pior instinto materno ever se reconhecesse uma estranha como sendo a filha..

Sophia Cardoso Donato disse...

serio que foi por shonda? UAHAUAHAUHAUAAH sambando

Anne Melo disse...

Nossa muito triste a morte de Etta o sofrimento de Peter e Olivia... nossa acho que teve os dedos de Shonda nessa epi cara! 
Derramei umas lágrimas (uma pra ser sincera) acho que só não chorei mais pq penso que isso vai ser restaurado, tipo vão dar um jeito, e faço de Camis as minhas palavras "E muito embora eu saiba que alguma coisa ao longo dos nove episódios restantes pode reverter a situação, não menosprezo a emoção do momento"
Mas fiquei mto emocionada com o reencontro de Broyles e Olivia, nossa foi demais! 
Penso tbm que isso vai dar um fôlego novo, uma especie de força para Peter e Olivia ir com tudo pra cima dos Observers e fazer esse plano (do Walter e September) funcionar/acontecer!!!! PODE APOSTAR!! 

Observador disse...

Não é muito difícil correr 100 metros em 26 segundos.É menos de 14km/h... Usain Bolt corre quase 3x mais rápido que isso...