terça-feira, 2 de outubro de 2012

666 Park Avenue 1x01: Pilot

 
666: The Number Of The Beast.



Com o mercado de séries aterrorizantes aberto recentemente por American Horror Story, eis que a ABC também quer arrebatar uma fatia desse público, com o lançamento de 666 Park Avenue. A série faz uma Series Premiere bastante arrastada, com a intenção de apresentar bem a premissa da série. O episódio torna-se facilmente cansativo pelos diversos cortes da edição, mostrando variados cenários e personagens. A vontade de olhar o relógio do player acaba se transformando numa coisa constante.

Outro problema está na trama batida. Qualquer pessoa que já tenha assistido ao filme (ou lido o livro de mesmo nome) “Advogado do Diabo”, com Keanu Reeves, Charlize Theron e Al Pacino já sabe o que esperar. Pelo menos o Piloto segue direitinho o roteiro do filme em múltiplos aspectos, incluindo construção de personagens.

É claro que essa similaridade pode ser transformada em vantagem ao longo do tempo. O filme, de 1997, é bom e interessante, mas não tão óbvio quanto 666 Park Avenue, que não demora em entregar muitas informações. Também não acho que a série precise fazer mistério idiota. O fato de ter ido direto ao ponto é algo favorável.

Logo de cara conhecemos a história de Malcolm Hartwell, um violinista dedicado a ponto de tocar até os dedos sangrarem. Só que o talento e o sucesso de Malcolm não são naturais. Ele fez um acordo estranho com Gavin Doran (Terry O’Quinn) e depois de 10 anos, está na hora de pagar por tudo o que conquistou com essa ajudinha. Ou seja, Malcolm fez um acordo com Capiroto e sua pobre alma vai pagar pela eternidade.

O inferno, se é que podemos chamar assim, tem cara de prédio de luxo em NY. O Drake é um prédio histórico que guarda segredos e bizarrices entre suas paredes. Os moradores, é claro, acabam influenciados pelo poder sobrenatural que domina o lugar e são levados a fazer coisas impensáveis para conseguir o que querem.

John Barlow, por exemplo, está obcecado em ter a esposa defunta de volta e começa a assassinar algumas pessoas que incomodam Gavin de alguma forma. É a defunta Mary, inclusive, quem tenta dar um aviso a Jane Van Veen (Rachel Taylor), que acaba de assumir a zeladoria do local ao lado do namorado, Henry Martin (Dave Annable), de que eles nunca deveriam ter se mudado para o Drake. Já é tarde demais. Jane até percebe que há algo muito incomum e ruim no lugar e que Gavin é um cara maligno, mas é tão difícil conseguir bons apartamentos na cidade que até um contrato com o coisa-ruim vale a pena.

Brian Leonard (Robert Buckley) e Louise (Mercedes Masšhn) são outro casal morador do Drake. Ele é um escritor de peças teatrais que luta para ser reconhecido e ela é fotógrafa. A cena mais surpreendente é com eles, saindo do elevador. Como Brian está de olho na nova assistente de Louise, seus desejos mais profundos começam a se realizar e a esposa quase morre prensada pela porta. Foi o único susto genuíno que levei no episódio, confesso.

Temos ainda Olivia (Vanessa Williams), a esposa de Gavin que parece muito abalada com a morte da filha, anos atrás e deve estar nesse casamento por não ter outra opção. Nona (Samantha Logan) é uma garota de 14 anos com muito acesso ás áreas do prédio e aos apartamentos, já que adora roubar objetos dos vizinhos. Tenho, aliás, a teoria de que ela é só um fantasma ou algo assim, porque obviamente a série não existe para mostrar coisas normais.

Tanto é que Jane, bisbilhoteira que é, já descobriu que o Drake guarda espaços secretos e já foi palco de uma espécie de grupo ou seita. Há algumas cenas de sonhos que não são sonhos, fantasmas e até paredes que engolem gente. Prato cheio para quem curte o gênero de horror. A série ainda se descreve como sexy, mas esse quesito deixa muito a desejar. Num canal como a ABC, não se pode esperar nenhuma ousadia maior que apenas insinuação de nudez e coisas do tipo. Não que o elenco todo precise tirar a roupa, mas o povo gosta. Quem não quer ver Terry O’Quinn peladinho?

Se Gavin é mesmo o demônio? Ninguém diz diretamente, mas fica a impressão. O cara traz mortos de volta e consegue realizar o desejo de todo mundo, desde que ganhe alguma coisa em troca. Tem até uma piadinha sobre Deus mandar um terremoto e destruir o prédio, mas acho que cada um interpreta como preferir.

666 Park Avenue é criação de David Wilcox, baseado no livro homônimo de Gabriella Pierce. A produção executiva está a cargo de Matthew Miller (Chuck, Human Target), David Wilcox (Fringe, Life on Mars), Gina Girolamo (The Secret Circle, The Lying Game) e Leslie Morgenstein (Gossip Girl, The Vampire Diaries, Pretty Little Liars, The Lying Game, The Secret Circle, The Sisterhood of the Traveling Pants). O Piloto foi escrito por Wilcox e dirigido por Alex Graves (Fringe, The West Wing), que também atua como produtor executivo.
Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Lucas Melo disse...

Quero ver!

Vanessa disse...

Nem vi até o final,achei chata

Bom mesmo foi a season premier de Dexter e UOAT

Lili disse...

Achei com cara de filme, e como vc mesmo disse Camis, este filme tem nome conhecido. Então estou curiosa pra saber como 666 Park Av vai se manter como série. 
Eu gostei do piloto, não é nenhuma maravilha, foi previsível, mas ver Terry O'Quinn atuando vale a pena (por enquanto).

[]s
Lili

Victor Yudi disse...

O plot inteiro de Avenida Do Diabo na verdade é um dos plots de demônio que já teve em Supernatural, né?

Vitorsouza14 disse...

Eu gostei bastante do piloto. Tô nem ai se é uma trama batida, mas achei intrigante e bem amarradinha... Se vai virar mais um The Gates, enfim... espear pra ver

Jessi disse...

O arquivo que baixei da série não tava inteiro só tinha 30 minutos, nem ao menos quis continuar vendo o resto de tão ruim...