Go On fez um Piloto bem bacana e,
por isso, as expectativas aumentaram para ver como a série continuaria. A boa
notícia é que o segundo episódio continua divertido e a audiência americana
responde positivamente à produção. Talvez esse seja o momento de Matthew Perry.
Como era de se esperar, Ryan
continua tocando o terror na terapia em grupo e o mais interessante é que
Lauren adota uma postura de avisar, mas deixar com que Ryan aprenda sozinho
quando é o momento de calar a boca e quando é o momento de gritar “ação”.
Com sua experiência, Lauren sabe
que tanta efusividade é reflexo do sofrimento dele e sem esses acessos de
loucura, não seria tão divertido. Como tenho medo de qualquer pessoa muito
fanática por gatos, logo previ que Sonia seria uma dessas malucas que morrem
rodeadas por 50 bichanos e nenhum humano.
Só que Ryan sente a solidão
apertar e nessa hora até uma “cat lady” serve para tapar o buraco. Cheguei a
ter pena da assistente dele, mas a história acabou de uma forma bem bonitinha.
E não, não estou falando das escovas estufadas estilo anos 1980 que Ryan e Carrie
compartilharam. Um dos momentos mais fofos é quando ele recebe a SMS “se comer
nachos tome um antiácido”.
Já que o esquema do momento é
mostrar a interação com outros membros do grupo de terapia, dessa vez George
ganhou destaque. Confesso que ri da imensa bobagem que foi o asiático Steven
pagando de mano do gueto, mas ainda não sei o motivo disso ter acontecido. Outra
ótima sequência foi a da quadra de basquete, que nos deu a chance de
experimentar ver o jogo, sem realmente poder vê-lo.
Apesar dos muitos pontos
positivos e de Go On mostrar potencial, ainda restam dúvidas sobre o tempo
hábil de duração da série com uma história que é, aparentemente, tão restrita.
Além disso, muita gente continua achando que Ryan na verdade é Chandler tendo
de lidar com a morte de Monica, o que, aliás, seria trágico para todos nós.
Por questões óbvias continuo
pagando para ver onde a série vai dar. Go On provou, em seus dois episódios,
que tem um elenco base muito competente e só isso já é uma grande coisa. Resta
esperar que os roteiristas façam seu trabalho e continuem criando boas
situações.