Tabuleiros de xadrez que viram
bandejas. A coisa mais interessante desse episódio de Pretty Little Liars.
-A(lerta) vermelho! Pretty Little
Liars, a série mais crocante e absurda dos últimos anos, está conseguindo fazer
o inimaginável: ficar chata para caramba. É um problema grave, uma vez que o
maior motivo para se acompanhar essa deliciosa trama sem pé nem cabeça é
justamente o nível máximo de diversão proporcionada. Ninguém aqui está pedindo
coerência e continuidade, todos nós, fãs da série e membros do –A Team queremos
apenas algo que nos entretenha, sem maiores compromissos ou exigências.
Infelizmente, chegou a hora de assumir que PLL está em seu momento mais fraco,
deixando a desejar e fazendo dormir até quem injeta adrenalina na veia.
Estou dizendo isso não apenas por
mim. Numa rápida pesquisa nas redes sociais não encontrei ninguém, em absoluto,
que esteja feliz com a temporada ou com esse último episódio. Pretty Little
Liars está ruim até para quem gosta de série ruim, encaremos os fatos. A coisa
vai tão mal que nem mesmo –A está encontrando ânimo para criar comidinhas
malignas e mandar SMS’s bacanas. Talvez
esse seja um dos pontos principais. Sem a onipresença de –A e seus planos de
destruir as Liars tudo vira um grande marasmo.
Convenhamos que a festa de
aniversário de Jenna não serviu nem pra gente rir. Talvez um pouco, afinal, o
uso de chapéu e adereço de cabeça espalhafatoso era obrigatório, isso sem falar
no fato de que essa criatura estava fingindo ser cega até ontem. Adorei a
explicação furadíssima que deram, usando o diálogo entre Spencer e Tobinha para
justificar a astúcia de Jenna. Tobinha, coitado, aparece para tentar uma
safadeza com a namorada, mas o voto de castidade de Spencer continua, e a
conversa entre eles fica nesse espectro sensual, em que, entre beijocas,
desmascaram o caráter da cega que mais enxerga no mundo.
Não podemos esquecer que Spencer
também está bancando o Sherlock, invadindo o e-mail da mãe, discutindo com o
detetive avulso que comeu a mãe da Hanna e descobrindo pistas bizarras em
pulseirinhas de hospital. Spencer é mesmo um arauto da perspicácia. Deduziu que
a mãe de Garret, em coma, não poderia ler o cartão (CEJURA?) e por isso haveria
uma mensagem encriptada no quarto da UTI. Elementar, meu caro Watson. Só que
não.
De volta à maravilhosa festa onde
até cegos podem ver, temos Emily e todo o drama com Paige. Alguém me diz por
que Emily é tão dedinho podre na escolhe de suas peguetes? Essa moça aí tentou
afogá-la, mas tudo bem. Literalmente águas passadas. Agora que Maya morreu, é
hora de tentar arrumar outra namorada, nem que seja uma já usada e meio pancada
das ideias, porque Paige não fica dando ataque de pelanca por conta da bebida
batizada do frasco. Ela faria aquele escândalo, lambendo todos os cupcakes
(onde estavam os de coco, afinal?) de qualquer modo, porque o problema era o
fato de Emily estar se engraçando com um homem.
Aliás, a edição deu show. Quando
Nate chega ao Café, durante o encontro de Jenna com a fotógrafa, Emily diz: “Guenta
as ponta, Manolo. Meu turno tá no fim e vamos falar de nossa saudade eterna de
Maya”. Só que depois, Emily já está sensualizando com Paige em seu quarto,
procurando por gravatas e Nate está no Café, sendo bolinado por Jenna. Serviço
de gênio.
Nem quero comentar muito o que
fizeram com Hanna. Quero a depressão dela para mim, porque ela continua linda e
gloriosa mesmo de camiseta simples e calça de moletom. Caleb terminou com ela,
e daí? Não vi Hanna chorar nem nada, usou isso como desculpa para não ir à
escola, no máximo. E a aparição da jaqueta no bazar da igreja? Mais avulso e
sem sentido é impossível de ficar. Hanna, é claro, não perde a mania de roubar
o que lhe interessa, causando péssima impressão em seu futuro padrasto, porque
Ashley só precisa comer outro biscoito (gigante, diga-se de passagem) pra estar
casada com aquele coordenador dos voluntários, vale lembrar.
Para completar temos Aria,
tentando alimentar Pedobezra a todo custo, quando o pobrezinho tenta entrar na
dieta do suco de limão sem causar alarde. Do nada, Aria tem um interesse por
fotografia profissional, sendo que na temporada passada ela estava a fim de
fazer potinhos de barro para vender na feira hippie de Rosewood. Por felicidade
do destino, ela pode roubar o lugar de Lucas como assistente da fotógrafa e
descobrir que usaram Viagra para fazer Emily dormir naquela fatídica noite.
Mais uma vez, -A mostra que é engenhosa por saber que só Emily beberia feito um
gambá, podendo roubar sua jaqueta e produzir o ensaio sensual das meninas em
frente a uma cova vazia.
Pegando tudo isso que foi
desenvolvido, mais a famigerada pista com a bolsa de Maya do final, o que concluímos?
Sobre –A e o assassino de Alisson, absolutamente nada. Sobre PLL, apenas
descobrimos que se a coisa continuar assim, ainda dormiremos muito assistindo a
essa temporada.
P.S* Nem a piada HT com Katy Perry melhorou essa naba de episódio.
P.S*-A, nos ajude.