O que faz a diferença.
Mais uma semana muito boa em
Rookie Blue, aliás, devo dizer, superior à Season Premiere. A fórmula da série
está funcionando bem e a cada dia o apelido de “Grey’s Anatomy com policiais”
parece mais justo. Temos os casos semanais que se transformam numa metáfora
para os novatos, ao mesmo tempo em que ganhamos doses de drama e humor. Para
mim, está de bom tamanho. Série bacana para esses meses de Summer Season.
Como já deu para notar, o grande
foco é o novo relacionamento de Andy e Sam, que demorou um tempão para
realmente acontecer e caindo no clichê, já está em crise. Nessa briguinha de
casal, tenho que dar razão a Sam. Andy tem essa necessidade de fazer mudanças
radicais em vez de curtir o momento. Fiquei pensando se ele nunca ia dizer “minha
filha, você tava noiva de outro até semana passada”, mas eis que Sam não
decepciona e surge com o argumento mais plausível de todos. Para quê tanta
pressa? Mesmo aceitando a ideia no final, Andy não parece inteiramente
convencida. E novos convites para aulas de yoga devem surgir.
Sobre a questão das diferenças,
não acho que eles sejam tão opostos assim. Não tanto quanto o caso do adolescente
que se apaixona pela filha do chefe (da máfia). Óbvio que no trabalho a
experiência que ele já tem conta para certo tipo de comportamento e, embora
Andy tenha essa compaixão pelo outro (que é bacana também) muito do que ela
sugere é por essa visão de iniciante.
Falando nisso, eis que Dov
continua carregando a função de ser a piada da série. Ele tem essas atitudes
quase infantis, de querer impressionar a namoradinha da 5ª série, mas no fundo,
é bonitinho. Como ele parece bem feliz com a namorada da SWAT, creio que
esqueceram de vez do drama que se formava entre ele, Chris e Gale.
Ela, inclusive, já superou essa
dupla e está partindo para Nick, no que considero até um movimento bem rápido.
Em dois episódios já teve reconciliação à base de tequila, enquanto os
guarda-sóis eram roubados debaixo de seus narizes. Imagino o que vem por aí.
Toda a movimentação a respeito
dessa “gincana” estudantil, não poderia ser melhor. A proposta conseguiu trazer
bastante ação para os personagens, de um jeito muito patético. Fico imaginando
quantos adolescentes não tentarão o truque do porco e roubarão uma viatura
policial, daqui para frente. Além disso, Chris está ganhando mais e mais esse
estigma de exemplo e amigo da garotada. Achei bacana o caso de Troy,
colocando-o nessa posição, ao mesmo tempo em que fazia Traci ponderar sobre
suas decisões profissionais e o impacto disso em seu filho pequeno.
Com a temática de família em
alta, percebemos que mais gente está tendo problemas. Não entendi de onde saiu
essa crise no casamento de Oliver, que vivia exalando felicidade conjugal, mas
acho que é bom para o personagem, que fica sempre de escanteio. Também espero
que não resolvam criar um aborto ou uma tragédia para o bebê de Noelle e Frank,
porque em casos assim, a novidade maior é a gravidez vingar. Rookie Blue sempre
bebe da fonte de “lugar comum”, mas nesse caso, é melhor ficar com sede.