Estamos cada vez mais próximos de conhecermos a primeira
prévia de Bombshell e justamente agora muitas coisas começam a se complicar. É
a reta final de Smash, trazendo um monte de conflitos para essa panela de
pressão, colocando tudo em fogo alto para explodir o quanto antes. Quem aí
dúvida de que a merda vai bater no ventilador bem na hora da estreia? Resta
saber se o profissionalismo sobreviverá aos dramas pessoais dessa galera.
A primeira coisa a dizer sobre esse episódio de Smash é que,
pelo menos na parte da atuação, ele já foi bem melhor do que o anterior. Um
roteiro mais pé no chão também fez a diferença. A problemática de cada
personagem não precisa de alegorias descabidas para funcionar, tanto é que a
crise entre Dev e Karen continuou e não precisamos de nenhum espetáculo para
entender a gravidade das coisas.
O surpreendente é que Dev, de namorado bacana e
compreensivo, se transformou num imbecil ciumento. Tudo bem que Karen está um
tanto deslumbrada com esse novo mundo, mas até aqui, ela foi estritamente fiel
e nunca demonstrou qualquer inclinação estranha com outros homens. Dev, pelo
contrário, está desde o começo nesse joguinho de sedução com R.J. O que Karen
não imagina é que o golpe vai ser muito pior do que a piranha do escritório.
Dev escolheu a dedo a mulher com quem traí-la e sinto como
se eu estivesse assistindo a uma série adolescente, em que a inimiga da protagonista
dorme com o namorado da garota só para ser nojenta. Quem já imaginava Karen e
Ivy amigas, felizes e dividindo um número musical (cortesia de Tom) pode tirar
o cavalinho da chuva. O rancor e a competitividade entre elas só vai crescer de
agora em diante.
Ivy, apesar de tudo, está agindo também no calor da emoção,
mesmo que a traição de Derek fosse previsível. Aquele “É por isso que eu te amo”
foi apenas uma frase banal, dessas que dizemos sem maior impacto. Ivy, no
entanto, levou a coisa como verdade absoluta e começou a agir como Ellis:
espionando atrás das portas e tentando adivinhar o que Derek pretendia.
No final das contas o “teste do sofá” com o Diretor acontece
porque tanto ele quanto Rebecca estavam procurando sarna para se coçar. Não sei
se Derek acha que a descrição de seu trabalho inclui dormir com as
protagonistas, mas parece que sim. Rebecca, por sua vez, quer apenas mais tempo
com o Diretor e mais poder de decisão. Juntamos aqui a fome com a vontade de
comer.
Falando nisso, eis que nosso Mr.DiMaggio, Michael Swift vai
voltar! Lógico que a paz familiar de Julia não poderia durar e que isso tinha
de acontecer, mas acho que dessa vez ela resistirá. Caso contrário a única
opção é abraçar os fortes sentimentos que tem por ele e aceitar que sua família
será desfeita, o que duvido muito que ela permita depois do que rolou.
Tom, por sua vez, é o único que vive uma fase mais
tranquila. Ele realmente encontrou em Sam um cara bacana e que compartilha
muitas ideias em comum. E o cara tem personalidade. O jantar com o sogrão foi
bem bacana e Sam deu mostras de que não é só um bailarino deslumbrado. Ele é
tão pé no chão quanto qualquer pessoa que assuma uma profissão mais formal.
Vale dizer também que o número musical interpretado por ele
e Tom, logo no começo, foi bem legal e antecipou o clima do episódio. Mais
tarde, Ivy fez mais uma de suas interpretações cheias de emoção, que me
lembraram porque ela é e sempre será minha Marilyn favorita.
"Another
Op'nin', Another Show" - Kiss Me, Kate: Tom Levitt and Sam Strickland
"I'm Going Down" - Rose Royce: Ivy
Lynn
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