quinta-feira, 22 de março de 2012

Smash 1x07: The Workshop


O desafio de ser Marilyn.

Um dos aspectos mais gritantes em Smash é a mistura entre a vida dos personagens com a história da própria Marilyn. Vemos isso não apenas em Ivy Lynn, como também em Karen e Julia. Talvez até na ousadia e pioneirismo de Eileen. Essas mulheres representam pedaços da personalidade do ícone Marilyn e é justamente isso o que enriquece tanto a trama da série.
Tudo isso ficou ainda mais gritante com a pressão do workshop, momento decisivo para que a produção do musical se concretizasse. Muitos momentos tensos deram recheio a mais um bom episódio que mostrou a agilidade no desenvolvimento de Smash. Estamos no meio da temporada e o processo de produção do show, que demoraria longos meses, já está avançado.
Mesmo assim, ainda falta muito material a ser entregue por Julia, cada vez mais dispersa em seus dramas pessoais.  A relação com Michael a afeta em diversas esferas e prejudica muito o lado profissional. Ela não conseguia escrever antes por medo de que algo acontecesse e não consegue escrever agora porque precisa lidar com o filho e evitar o fim de seu casamento.
Michael, por outro lado, parece disposto a jogar tudo para o alto e ficar com ela. Mas esse é um daqueles casos em que quase dá para ter certeza de que no final, ele recuaria em nome do filho pequeno. Não dá para fingir que o que eles estão fazendo é certo. Ambos são casados e têm família. A questão aqui é perceber se vale a pena jogar para o alto um sentimento maior para manter a estabilidade e dois casamentos obviamente baseados em comodismo.
Tudo indica que Julia tomou uma decisão ao demitir Michael do musical, mesmo depois de ele ser impecável no workshop. Somente Derek ficou sem entender o que se passava, porque ele está sempre preocupado demais com o próprio umbigo para se importar com a traição alheia. A coisa que mais irritou nisso tudo foi a fofoca escrota de Ellis, que tomou um belíssimo esbrega de Eilleen. Nunca desejei tanto que alguém tomasse um Manhattan na cara como naquele momento.
Falando nela, que já é nossa musa inspiradora, fico torcendo para que ela perceba que o barman é sua alma gêmea. O que mais Eilleen pode querer, além de um homem que faz martinis de sete dólares e resolve o problema do ar condicionado? A mesma coisa vale para Tom, que não tem por John metade do interesse que tem por Sam, o gay mais hetero que já se viu.
Para Ivy Lynn o desafio continua sendo a confiança, ainda mais abalada com a presença de sua mãe, Leigh Conroy, uma grande estrela de musicais. A relação das duas foi colocada para ser bastante parecida com a que Marilyn tinha com a mãe, o que corrobora a ideia de que as mulheres de Smash, todas, possuem traços da atriz.
Seria bom se Ivy se posicionasse melhor e soubesse que tem um grande talento. Ela prejudica  a si mesma com tantos complexos e perde chances de dominar ainda mais o palco e o público. Já declarei que gosto da personagem e não quero que ela perca seu lugar como protagonista do musical. Ao mesmo tempo, também quero o sucesso de Karen e é por isso que não sei como Smash vai fazer para inverter os papéis.
Os números musicais continuam ótimos. Adorei a versão de Karen para a música de Colbie Caillat, assim como a de interpretação apaixonada de Michael para a canção original “On Lexington & 52nd Street”. Naquele momento ele roubou a cena e conseguiu passar uma incrível dose de desespero pelo fim de seu relacionamento com Julia.
Músicas no episódio:
"History is Made at Night" - Original: Ivy Lynn, Michael Swift and the Cast of Marilyn
"Brighter Than the Sun" - Colbie Caillat: Karen Cartwright
"Everything's Coming Up Roses" - Gypsy: A Musical Fable: Leigh Conroy
"Let Me Be Your Star (Workshop Reprise)" - Original: Ivy Lynn
"On Lexington & 52nd Street" - Original: Michael Swift
Comentários
13 Comentários

13 comentários:

imnotacarol disse...

Quando eu vi o episódio, no finalzinho, veio junto o promo do próximo episódio, e me bateu um baita desespero, de verdade.
Quanto ao Michael, fiquei muito chateada, e pela primeira vez em toda a série fiquei do lado do Derek, uma vez que pra mim, a Julia tinha que resolver esse problema por fora, e não envolver o musical no meio.
Já a Ivy, acho que ela tá cada vez mais mesquinha com a Karen, sendo que as coisas que acontecem com as duas não estão sequer relacionadas. Mas o fato de a mãe dela, botar ela pra baixo só por querer que ela saia do ramo é jogo baixo, ela é mãe, o trabalho dela é outro.
Acho que a Karen, pode muito bem conseguir o emprego com o tal produtor lá se quiser, uma vez que o cara se apaixonou pela voz dela.

Acho que é só, ah, mais uma coisa. Acho que pela primeira vez na série toda eu gostei do Derek e vi uma ponta de humanidade nele. 

Gustavogm disse...

Acho que nesse episódio fica mais claro que a verdadeira protagonista da história é a Ivy. As histórias dela e os dramas que ela vive são infinitamente mais interessantes do que os da Karen. Ela é uma personagem tridimensional, é talentosa mas extremamente insegura, é boa mas não deixa de ser má as vezes. Não que a personagem da Karen seja chata ou ruim, mas ao comparar ela com Ivy, fica gritante o melhor desenvolvimento roteiro para a segunda personagem. Estou torcendo para que Ivy supere suas inseguranças e brilhe muito como Marilyn.  

Cirilo Becher disse...

Smash faz umas coisas muito boas, tipo, eles repetem as músicas sem deixa-las desisteressantes, fico me perguntando se teremos um episódio futuro só com o musical porque do jeito que tá esta muito bom.

Estava achando que eles iam equilibrar as protagonistas com episódios alternados voltados para cada uma (o que me pareceu no começo) só eu tive essa impressão?

Mcphee cada vez melhorando mais na interpretação das músicas, sou meio contra quando começam a vibrar demais, já Ivy ta muito boa, mas ta mulher de bandido porque é só o Derek pedir desculpas e ela já tá toda se molhando de novo.

MATEM ELLIS LOGO!

O Tom vai deixar o novo namorado para ficar com o hetero/gay, sério? Péssima troca.

E Julia tá pobrIssima nos figurinos, falando nisso, o ar tava quebrado nesse episódio, mas tava quebrado e tava super aquecendo o lugar ou o tempo na cidade tava quente? Estava um forno e ninguém tirava o casaco nem nada!

Beijos

Jennifer disse...

Ivy é tão perfeita pra Marilyn, não quero nem ver quando eles colocarem Karen, que não tem NADA a ver, não importa quantas perucas loiras ela use.

Flip disse...

Sou teamKaren e não abro! Mas, tenho que admitir que eles estão fazendo um ótimo trabalho com a Ivy. Na verdade, eles estão fazendo um ótimo trabalho com todo o resto! É incrível a química entre todo o elenco! Até mesmo entre os "figurantes" e coadjuvantes(?). Claro, fica óbvio que a consistência na trama de Ivy é bem mais sólida. E, isto é o que a potencializa na sua Marilyn Performance. É a diferença gritante entre as duas. Claro, a atriz é ótima! Incrível!  Mas, não acho que eles farão o tipo novela das nove e colocarem Karen como protagonista como se fosse apenas um clichê tão seguido ( e que sempre deve ser seguido -.-) por tudo e todos. Acho que ainda vão mostrar muito sobre a Karen. Temos muito o que esperar da série! 

Carlos Figueiredo disse...

Estou muito feliz com Smash, mas uma coisa me incomoda: Julia. Naquela hora que eles estavam discutindo qual foi o problema do workshop, eu só pensava: "É a Julia, A JULIA". Sério, todos os envolvidos são muito profissionais (com exceção do Ellis, que já desejo a morte/acidente/desaparecimento misterioso) mas a Julia está muito preocupada com as questões do casamento e caga no roteiro do musical. Porra, imagino como aquilo tava feito nas coxas. Primeira vez que concordei com o Derek.
PS1: A preview do episódio mostrou um número "moderno" com a temática Marilyn. Seria muito legal se eles seguissem essa linha, mas o risco de flop é muito grande, então prefiro como está mesmo.
PS2: É sério que o Tom vai largar o "namorado" pra pegar o gay homofóbico?

Cacá SS disse...

Eu não quero o Michael fora do espetáculo! Poxa, me apeguei a ele e me arrepiei com a música original que ele cantou... 
Minha raiva do Ellis aumenta a cada episódio e quase gritei um "Chupa!" quando a Eilleen ameaçou ele. E ela continua divando a todo tempo. 
Me deu peninha da Ivy, cercada de pessoas que não dão valor a ela, tadinha... 

Gustavogm disse...

Aff Karen não tem nada a ver com a Marilyn! Ela é muito magra, fica mó nada a ver de peruca lora, fica totalmente artificial e estranho.

Jessica disse...

Nossa, karen é tão sem graça q eu nunca sei o nome dela. Tá sempre com cara de mosca morta.
A Ivy tem alma de estrela. Quando ela começa a cantar é foda!

Jessica disse...

Esperando que o mais gay de Smash seja atropelado ou fique preso pelo resto da eternidade no elevador e morra de calor! Ellis faz meu ódio cada dia maior :)

Olecram disse...

SMASH foi renovado para 2ª temporada, muito bom ...

Jorge Moraes disse...

Eu acho que o desfecho perfeito para o papel de Marilyn seria deixar a Karen interpretá-la qndo ela era só uma garota do interior e ingênua e deixar para Ivy interpretar a fase Marily, já consagrada

Nina disse...

Um dúvida, somente eu que não vou nem um pouco com a cara do ator que interpreta o Ellis...