Nada é simples, não é mesmo?
Como já é comum dizer, The Good Wife fez mais um episódio pontual e cheio de qualidade. O foco esteve no jogo de interesses, na politicagem de escritório e na guerra de egos. Não estou falando apenas da Lockhart & Gardner, esse clima se espalhou também para a vida de Alicia e para cada caso em que ela esteve envolvida.
O interessante é que, dentro da firma, Will ainda consegue estar um passo à frente de seus opositores. Julius e Eli até pensam num bom golpe, mas a conversa com David Lee e algumas palavras de Diane fazem Will nos provar porque merece ser o sócio. Apontar o velho mijão como seu substituto foi genial e teve rápida aceitação entre os pares, porque afinal, nenhum deles quer estar à mercê de Eli, Lee, ou Julius, esses três moleques brigando pela posse da bola.
O que, no entanto, pode e deve acontecer, é um twist por parte do velho mijão (desculpem, mas ele só fez isso para ficar mais perto do banheiro). Sinto que ele está sendo considerado idiota por Will e Diane e que vai surpreender brevemente. Não duvidem de que Howard vai mostrar que o escritório no canto, perto do banheiro era só um disfarce para um plano maior. Ficarei surpresa se a temporada passar sem algo nesse sentido.
Já Alicia foi bombardeada por todos os lados. No caso com Kalinda, mostrou todo seu potencial de não levar desaforo para casa, o que, aliás, aconteceu bastante nesse episódio. Acabou que o caso com Kalinda é, como sempre, sobre algum de seus “romances” avulsos, que ficou com raiva e resolveu implicar. Quando vi a agente Delaney não acreditei. O importante é que Kalinda, sabendo do que tudo se trata, voltou a ter controle da situação.
No painel sobre a morte do “Bom Samaritano”, Alicia mostrou que não está disposta e não aceita fazer joguinhos e fechar os olhos para o que está errado. A participação de Matthew Perry como Mike Kresteva foi muito boa e provou que ele é capaz de muito mais, além da comédia. A interação entre ele e Alicia trouxe tensão e boas doses de ironia ao episódio. Mike mostrou para Alicia exatamente o tipo de advogada e de pessoa que ela não quer e não aceita ser.
O painel também evidencia como a justiça é relativa e como muitas coisas passam batidas pelo sistema apenas por interesses “maiores”. A corrupção é sempre fruto de situações assim, em que há alguém que julga a mentira ou a omissão como melhores só para evitar o trabalho maior e o barulho desagradável que a verdade pode trazer.
Sobre a questão da casa, honestamente, eu já teria desistido. Melhor começar a vida num lugar novo e sem o ranço das dores do passado. Mesmo assim, entendo Alicia. Imagino que Jackie deveria temer sair do cabeleireiro careca, porque Alicia é doce e correta, mas seria capaz de arrancar os cabelos da sogra por causa dessa sacaneada. Uma arma sem registro nunca pareceu tão útil para Alicia, quanto nesse momento.
2 Comentários
