domingo, 26 de fevereiro de 2012

Grey's Anatomy 8x16: If Only You Were Lonely


A difícil tarefa de encarar a verdade.


Continuando a boa safra de episódios, Grey’s Anatomy traz um episódio em que drama e humor foram perfeitamente balanceados. Mais uma vez, Shonda Rhimes prova que é possível levar uma série com oito anos de estrada por caminhos interessantes e um deles foi especialmente trilhado para Richard Webber.

Nos tempos de Chief ele tinha que lidar com os problemas do hospital e deixava o casamento sempre em segundo plano, mas desde que Adele foi diagnosticada com Alzheimer a coisa mudou um pouco. O caminho natural do personagem é mesmo o desse sentimento de culpa. Richard quer fazer valer agora o tempo que perdeu, mas agora, por mais que ele esteja disponível e disposto, Adele tem muito pouca ou nenhuma noção do que está acontecendo.

Ela, que ainda tem lá seus momentos de lucidez, sofre sem entender muito bem o porquê. Richard, por outro lado, passará longos anos se martirizando por perder bons momentos com Adele e por não ter feito diferente. Isso é tão claro que, quando Meredith tenta ajudá-lo ele ainda está em negação. Mesmo Adele, com sua mente deteriorando, é capaz de notar que é chegado o momento dela receber cuidados especiais, antes que algo grave aconteça.

Sei que esse pode até parecer um plot bobo e óbvio, mas ele dá certa profundidade à trama dessa 8ª temporada e cabe perfeitamente com a história dos personagens. Em outra direção temos o desespero de Cristina, que deixou a crise no casamento dominar sua vida, inclusive a profissional.

Fiquei com pena dela, tão obcecada em enxergar traição onde pode não haver nada, travando uma luta mental entre seu coração e a lógica. Cristina está apavorada em perder Owen e nessas horas, imagino se ela não será capaz de ceder aos desejos dele de ter filhos, embora eu acredite que o casamento deles esteja mesmo para acabar. Owen demonstra frieza e tenta evitar contato com a esposa e, no momento em que os dois tentam salvar a relação, esse tipo de comportamento não é bom sinal.

Já que entrei nesse assunto, vale lembrar que a rival (imaginária, por enquanto) de Cristina é Emily, interpretada (no mudo) por Summer Glau, figurinha carimbada em produções de ficção cientifica e musa dos nerds. Como nunca leio spoilers, não sei se existem planos para que Owen e Emily realmente se concretizem, mas meu amor por Cristina me obriga a desejar que isso não aconteça.

Por outro lado, tantas pressões podem fazer Owen sucumbir. São traumas de guerra, desejos não realizados, frustrações e a agressividade de Teddy, que não encontra limites. Callie foi certeira ao afirmar que está na hora de Owen colocar fim a tudo isso e não apenas por questões pessoais. Ele é o chefe, precisa impor respeito e além do mais, Teddy demonstra não ter condições de trabalhar. Exemplo disso foi a reunião dela com os diretores do Seattle Grace Mercy Death, em que ela mostrou estar fora de órbita.

Outro bom drama se desenvolveu com Karev e o bebê prematuro de Morgan. Foi bacana ver que Lexie saiu um pouco do lado de Derek para conhecer melhor o trabalho e as dificuldades da pediatria. Lexie levantou várias questões pertinentes sobre o tratamento médico e as estatísticas, porque afinal, nem sempre os números vencem e no lugar dos pais do pequeno Thomas (mesmo que eu fosse médica) acho que desistir seria uma decisão que sequer seria cogitada. O olhar de Karev para o pai do bebê disse tudo.

À parte disso, muitos momentos de descontração marcaram o episódio e, como sempre, Sloan é o rei da piada pronta. Ri muito dele falando espanhol bizarro com a pequena Sofia, só porque Callie tem origem latina. Além disso, a caçada dele por uma fêmea para Avery foi hilária, especialmente quando ele pede que Kepner “leve uma pelo time”. Acho que ela prefere mesmo uma boa caminhada.

O interessante é que fica declarado que Avery ainda tem sentimentos por Lexie e, do jeito que Sloan está em sua man-crush com o pupilo, é capaz de armar alguma coisa para reunir esse casal. Não duvido de absolutamente nada.

A aparição de Zola, como sempre, trouxe aquela dose de alegria. Sempre lindinha, mesmo quando está completamente descabelada. Não fez muito sentido tanta gente ficar reparando nas chuquinhas da Zolinha, lançando olhares furiosos e cheios de julgamentos para Derek (que começou a pensar em preconceitos raciais sem titubear), mas tudo bem. Eu ri do mesmo jeito quando Bailey deu uma bronca nele e fez um tutorial sobre como pentear Zola para diversas ocasiões.
Comentários
5 Comentários

5 comentários:

nathalia.ba disse...

Pra mim o drama da Mcviúva já passou do ponto, ficar chateada tudo bem,
mas esse ódio da Teddy pelo Owen já passou dos limites. Pra mim, trazer de
volta o amor do Avery pela Lexie, só vai atrapalhar que ela e o Mark se acertem
de uma vez. Falando nele, o adorei falando espanhol e arrumando encontros pro
Avery. Essa temporada é da Cristina, quantos episódios acabaram nela e no Owen.
Mas na minha opinião, a traição foi provada, nos emails trocados com a mini
Olivia wilde, e ela viu algo na camiseta dele, se a Cristina aceitar isso, eu
vou ficar muito puta. Engraçado como os romances dela não dão certo.

Brenda disse...

Eu queria que a Teddy sumisse, não aguento mais aquela mulher.
Nunca gostei da Meredita mas nessa temporada estou adorando ela, tomara q ela não saia ano que vem...
Tadinha da Cristina, não merece isso, até entendo o Owen um pouco mas se não quer continuar com ela que termine de uma vez.

Dany Welch disse...

Teddy morra! Uma frase que resumi minha opinião sobre o plot maldito dela.
Eu sempre gostei do Owen, não vejo ele o grande culpado de tudo,mas tb  o acho  mocinho. 
Acho q o que realmente deixou ele fulo da vida é o fato da Cristina dizer que não quer ter filhos e ao mesmo ser uma super madrinha, cuidar e babar na Zola, que é tão fofa que todos amam. Ele optou em apoiar ela com o aborto, mesmo contra a vontade e a frustração dele vem a tona agora porque não conseguiu resolver tudo. 
Cristina que é uma Ellis modificou tanto desde a primeira temporada que sofro vendo ela dividida em o que ela quer ser e o que desejam que ela seja. Eu acho que ela seria uma mãe incrível! Mas entendo a vontade dela.  Fiquei pensando se ela tinha um trauma, ela perdeu o pai, segurou o coração dele em suas mãos até morrer, tem uma mãe super invasiva, um padrasto que não conseguiu suprir as necessidades paternas. Shonda que é fantástica está coerente na construção da sua personagem.
Preciso rever as 4 ultimas temporadas para ver se realmente ela deixou claro  para o Owen que não queria filho, pq para o público está clarríssimo desde o primeiro aborto. Tb não a culpo e nem a defendo, como vc disse Camis, me sinto um filho que ama os pais e vê eles se separarem sem que vc possa fazer algo.

Sophia Donato disse...

A cena do Sloan com o Derek e os bbs junto foi a melhor! KKKKK Sloan muito meu <3

Nandab75 disse...

Ja faz 2 semanas que não tem Grey's...o que houve?