Amores, surpresas, tragédias... E uma boa dose de vergonha alheia.
Sei que o uso da expressão “vergonha alheia” pode parecer algo pejorativo. Geralmente é mesmo, mas não nesse caso. Vou explicar o que me causou essa sensação (embora vocês devam estar adivinhando), mas antes é hora do tradicional momento: Tia Shonda fez de novo. Ela fez!
Mais um bom episódio de Grey’s Anatomy, mesmo sem acontecimentos muito marcantes. Foi tudo na medida para encaixar no tema do Dia dos Namorados, com momentos fofinhos, românticos, drama e situações hilárias.
É dessa última palavra que vem minha vergonha alheia. Senti isso a cada fala de Lexie, ao mesmo tempo em que morria de pena dela, que não dá a menor sorte quando o assunto é Mark Sloan, quer dizer, Mark SLOW. Devagar é um termo que descreve a atitude desse homem faz um tempinho.
Além de se fazer de idiota em relação à Lexie, ele realmente escolheu ficar com Avery. A Man-Crush desses dois é simplesmente espetacular e rende cenas ridículas como a joquempô, com tapinha na bunda e tudo. Mas é como Mark frisou. Joquempô moldará o caráter de Sofia, que aprenderá com um jogo tão justo, que a vida não pode ser caos e anarquia.
O lance do jantar a dois que virou uma reunião do Clube dos Já Peguei de Lexie foi algo constrangedor. A coitada usou Zolinha como um oráculo, tentando descobrir a resposta para seus problemas, resolveu ser assertiva e deu no que deu. Acabou passando o dia dos namorados com seus dois ex-relacionamentos, num falso play day regado a vinho.
Ainda nesse lado bem humorado, acompanhamos a SAGA de MerDer por 20 minutos de sexo, a luta de Bailey para usar seus saltos altos e os esforços de Arizona em parecer empolgada com um acampamento do amor.
O lado cômico acabou por aí e ficamos entregues, mais uma vez, ao relacionamento despedaçado de Owen e Cristina, que ainda tem jeito, é claro. O fato de Cristina tomar uma atitude madura e lutar pelo casamento mostra o quanto ela mudou e o quanto está disposta a ceder para não perder o que construiu com Owen. Continuo tentando não escolher lados nessa história porque, realmente, acho ambos tem sua parcela de responsabilidade e precisam trabalhar juntos, ao invés de simplesmente desistir.
Richard foi outro que inspirou pena. Esse homem passou o dia empolgado e exalando empolgação por comemorar seu casamento e o Dia dos Namorados para encontrar Adele perdendo toda a lucidez. Só mesmo uma boa cirurgia poderia melhorar o dia dele.
Teddy é outra que precisa arejar as ideias e tirar férias. Só quando ela se recompuser da perda será capaz de pensar e colocar os sentimentos em ordem. Por enquanto, o que ela disse para Owen me pareceu frustração canalizada. Como ela nada pode fazer para trazer Henry de volta, Owen acaba sendo seu saco de pancadas.
Como o assunto da semana era amor, nada melhor do que casos médicos intimamente ligados a isso. Teve o amor incondicional, do marido tendo de colocar a esposa num coma. Teve o que acabou em tragédia e que deixará para sempre um trauma na moça que perdeu o namorado quando ele finalmente a pediria em casamento. Para terminar, teve a gracinha do namoro infantil, com direito até à cartinha de amor mais bem escrita do mundo, mesmo que o autor tenha no máximo 10 anos.
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