Até que enfim.
Se você, assim como eu, vem esperando pelo momento em que The Secret Circle deixaria de enrolar para, afinal, entrar nos assuntos que realmente nos interessam, acho que é hora de comemorar.
O episódio dessa semana não foi apenas muito legal de acompanhar, mas também bastante útil em termos de mitologia da série. Verdade seja dita, acho que a coisa toda foi boa justamente porque ninguém aguentaria mais episódios em que bruxas idiotas e desinteressadas em aprender sobre si mesmas ficam passeando por festas de colégio.
Tenho lá minha crítica ao lance das memórias de Jake, mas vou deixar passar como “tecnicalidade”. Acho estranho que Cassie tenha poder de compartilhar memórias que Jake não viveu. As cenas vistas por ele são perfeitamente cabíveis, mas o que Cassie faz naquele “flashback” é praticamente uma viagem no tempo. Deixemos isso para lá, ou vamos estragar a parte boa.
A primeira coisa boa é que o retorno de Jake quebra aquele clima estranho entre Cassie e Lambruxo. Não sei. No piloto eu curti a cena das bolinhas de água voadoras e pensei que torceria pelo casal, mas não rolou. Deve ser porque sempre acabo a favor do bad boy que se mostra muito mais interessante e menos babaca que o moço bonzinho.
Colocarem Jake como uma das testemunhas vivas do que aconteceu naquele incêndio foi uma boa jogada. Abriu nossa perspectiva sobre a trama e acabou com a ilusão dele sobre os caçadores de bruxos.
Só questiono um pouco aquelas ruínas todas, porque lembro de que a história contada era a de que todos morreram num incêndio durante uma festa no barco. Como todo mundo nessa cidade mente ou esconde alguma coisa, vou julgar como sendo uma “história mal contada”, só para enganar os mais jovens e evitar que buscassem respostas.
Cassie me surpreendeu por sair daquela posição de vítima que só quer se livrar da bomba que tem nas mãos em vez de aprender como usá-la contra seus adversários. Lambruxo, por outro lado, se mostra medroso e sempre quer empatar o avanço das coisas.
Por sorte, Cassie está muito decidida e já sabe que é praticamente imbatível, especialmente agora que está munida daquele medalhão, que ficou 16 anos propositalmente esquecido no barco queimado, esperando por ela. Agora, espero muito pela aparição de John, literalmente renascido das cinzas, como uma fênix, porque Cassie ficou meio decepcionada ao descobrir que é filha de um cachorro de porte médio, como denunciou aquela tumba.
Também adorei que Ethan foi revelado como alguém potencialmente perigoso. Ele tinha que ter uma boa razão para ser alcoólatra e aposto que não era sentimento de culpa por ter, provavelmente, traído todo seu círculo. Ethan bebe porque não ter poder é uma barra, podem apostar. O modo como o olhar dele se transformou de molenga bêbado para psicopata com cristal foi excelente. Charles não esperava por essa e muito menos Dawn, que disfarça muito mal ser a megaevil da série.
Faye e sua busca por poder começam a se perder da trama central, mas ainda aposto que ela contribuirá com algo, nem que seja com sua sensualidade de quenga da magia negra wannabe. O que já deu o limite é o papinho de Broxa e Lambruxo sobre serem amigos ou não. Por favor, façam com que eles voltem a ser um casal para que essa bobagem acabe.
O choque maior (ou não) é a total ausência de Melissa. Quando digo que ela poderia ser retirada de The Secret Circle sem causar problemas, não é brincadeira. Não fez a menor falta no episódio e aposto que algumas pessoas nem notaram que ela não apareceu.
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