Mark Schwahn: me engana que eu gosto.
Vejam só o que é a magia do roteiro de One Tree Hill nessa última e deliciosa temporada. Depois de me fazer rir muito durante 40 minutos, titio Markito ainda não estava satisfeito com minhas reações e resolveu me enviar ondas de fortíssima depressão. Isso é OTH em sua melhor forma. Isso é o espírito zombeteiro de Keith Scott voltando para nos lembrar que ainda não acabou.
Em apenas três episódios eu já não tenho mais dúvidas de que Chris Keller foi a melhor ideia para essa temporada final. O cara é hilário e tem um timing de comédia impressionante, só comparável aos de Quinn em suas conversas interativas com vacas na estrada.
Sem dúvida, o retorno do personagem trouxe vitalidade e diversão, especialmente em cenas canastríssimas, como aquelas em que ele procura uma estagiária. Aquilo não faz o menor sentido dentro do episódio, mas quem liga? O importante é que foi muito engraçado, assim como as sequências no Strip-Tease e lógico, aquela em que ele quase incendeia a cozinha do Karen’s Café e grita feito uma menininha.
Outra coisa que me faz rir só de lembrar é a aparência de Mouth Gordo Gordo Gordo. Millicent chocou a todos ao revelar que não se livrou da anorexia e da bulimia, mas também que é uma tremenda GORDOFÓBICA. O que ela fez com Mouth Gordo Gordo Gordo foi uma baita sacanagem, porque afinal, as roupas da gente encolhem mesmo e os degraus se multiplicam, sem nenhuma explicação aparente, em alguns períodos da vida.
Apesar de eu sentir sim, falta da presença de Nathan, essa ausência abre oportunidades para as tramas com Dan. Logo percebi que a confusão na lanchonete acabaria com ele pilotando o fogão, porque Dan PLANEJOU tudo isso. Certeza que foi ele a abrir a concorrência gourmet ao lado do Karen’s Café, contratando o antigo Chef Jeff, como parte de um plano maior e muito maligno. Dan não dá ponto sem nó.
A parte realmente interessante nisso é que Haley, a cada dia, ensina para Dan lições de humanidade. Ela agora representa a pessoa que pode, de fato, fazê-lo mudar e conseguir a redenção, que é algo que deve fazer parte dos planos dessa temporada.
Ainda na parte cômica, temos Chase em sua depressão e Julian, recitando Goonies, desabafando seu estresse com crianças e tentando, mais uma vez, vender um dos Baker Boys no mercado negro. Foi engraçado até a hora em que não foi mais. Desde o começo eu achei que alguma coisa daria errada para Julian, mas nunca pensei na audácia de matarem (ou quase) um dos bebês dentro do carro, porque ele se esqueceu de deixá-lo na creche.
Brooke passou três anos tentando engravidar e aí, depois de todo aquele drama, ela tem gêmeos. Um fica com febre, o outro cozinha dentro de um veículo. Esquecer crianças no carro é assunto sério e dá cadeia mesmo. Isso sem falar na chance de eles perderem a guarda dos filhos por serem irresponsáveis.
Não bastasse tudo isso, ainda temos Clay como usuário de drogas. Quinn dá uma de detetive e descobre tudinho e fica louca enquanto Clay acha que a vida é bela e o paraíso é um comprimido. Estamos cada vez mais próximos de descobrir do que se tratavam as cenas que abriram a Season Premiere.
P.S* 10 episódios até One Tree Hill.
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