domingo, 22 de janeiro de 2012

Fringe 4x09: Enemy Of My Enemy


Take me to your leader.

Como se estivesse prestes a promover uma grande invasão alien, David Robert Jones retorna a Fringe para ser o vilão que nunca conseguiu ser, já que morreu - como Peter muito bem lembrou - cortado ao meio, enquanto tentava atravessar para o lado B.

Isso significa que a trama dessa quarta temporada, que muitos fãs vinham julgando como aleatória e sem importância, está desenhando sua forma final. Minha experiência com a série mostra que não devo, jamais, julgar os fatos apresentados num episódio de forma isolada. A série não funciona em frações, mas olhando o quadro geral, tudo SEMPRE faz sentido.

Fringe provou, em seus três primeiros anos, que uma história bem contada vem crescendo aos poucos e sem pressa. Como já expressei todas as minhas preocupações em relação a esse “probleminha de tempo” no texto da semana passada, nem vou mais tocar no assunto. O que importa agora são as possibilidades que esse episódio de altíssima qualidade deixa, a partir daqui.

Uma coisa me atormentou a semana inteira. De uma hora para outra, enquanto eu pensava nas intenções de David R. Jones, fiquei com a ideia fixa de que, se Droyles é um shapeshifter 2.0, Nina Sharp, a mãe adotiva de Olivia, também poderia ser uma infiltrada.

Considerei até o fato de que não faria muito sentido uma Nina fake tomar o lugar da verdadeira, sendo que as injeções com cortexiphan foram algo fixo durante os anos em que Olivia foi adotada por ela. Depois desse episódio, pelo menos percebi que essa ligação que eu imaginei entre Nina e David não é infundada, mas mesmo achando muito improvável que estejamos diante de uma Nina shapeshifter, não descarto nenhuma possibilidade.

O cenário armado por Jones me faz pensar, ainda, no que parece ser um planejamento de roteiro extraordinário. Se o retorno do personagem foi pensado há muito tempo, a equipe está de parabéns. Se esse enredo surgiu mais recentemente, meus elogios são até em dobro. Não é fácil costurar detalhes numa série como essa, mas essa atenção continua sendo o ponto mais forte de Fringe.

Imaginem que o cara que era o articulador de boa parte das esquisitices vistas na 1ª temporada foi facilmente derrotado e que, quando um detalhe bobo como o desaparecimento da vida adulta do cara que o impediu acontece, ele reaparece mostrando o que teria acontecido. Ou quase isso.

A cena em que Peter o interroga é um dos pontos altos do episódio. Em sua trajetória, Jones é sempre o homem mais confiante do mundo e aquele que tem sempre um plano. Todos os acontecimentos mostrados essa semana mais do que comprovam isso. Ele teria tudo sob controle, não fosse pelo “vazamento” de Peter.

Como Droyles trabalha para Jones - o que meu deu certo desespero ao longo do episódio – a vida de Peter corre perigo. Espero que Dolivia perceba mais rápido quem é o informante, aja que Lee deu a dica.

Para quem não queria se meter nos problemas do universo dos outros, parece que Peter está bem encrencado. Quem também está em risco é Olivia. A parte um do projeto “Um Buraco no Universo” de Nina e Jones foi concluída a partir do momento em que conseguiram anfilício. A parte dois só pode estar relacionada à Olivia e suas habilidades.

Vale lembrar que não sabemos, exatamente, o que essa versão de Olivia é capaz de realizar. Não depois de uma vida sendo injetada com cortexiphan. Imagino que ela possa ter mais poderes do que a Olivia original, tratada apenas na infância e que, talvez, isso ainda encontre alguma ligação com a Máquina do Apocalipse.

Só espero que esses poderes sejam descobertos logo e que acabem utilizados a favor dessa força tarefa. É bizarro notar que os dois lados, mesmo em franca destruição, não pareciam unidos de verdade quando deveriam estar tentando evitar o fim dos tempos. Bastou, no entanto, que um terceiro agente se intrometesse nessa “destruição mútua” para que eles entrassem em sintonia.

A intervenção de Elizabeth no caso de Peter resultou num dos mais bonitos momentos do episódio. A conversa dela com Walter foi no mínimo tocante e absolutamente decisiva para os acontecimentos futuros. Lógico que a primeira conversa realmente civilizada entre Peter e Walter não deve em nada na emoção. Existe algo de muito terno entre os dois personagens e tanto John Noble quanto Joshua Jackson passam muito bem esse sentimento.

Como dessa vez o Observador aparece no meio do tumulto causado por Jones, pode ter sido difícil de encontrá-lo, mas ele aparece logo atrás de Lee, que faz cara de “perdido da multidão”, literalmente, ao deixar a pista escapar completamente.



O Glyph Code da semana é DEATH, que significa MORTE. Como a palavra deve estar ligada ao episódio em que aparece, mesmo que apenas de modo conceitual, podemos pensar em algumas possibilidades, como a morte não ocorrida de David Robert Jones num mundo onde Peter nunca cresceu. A morte de Olívia poderia ser outra possibilidade ou até a morte dos shapeshifters 2.0 pelas mãos de seu criador, que declara amor a seus filhos enquanto extermina um deles para provar para Lee e Dolivia do que é capaz.



Honestamente falando, não gosto de nenhuma dessas alternativas e já que alguns códigos vieram em conjunto nos episódios mais recentes, incluindo a frase formada nos episódios 4x05 a 4x08 “Still Living David Jones”, não ficaria surpresa com algo que desse continuidade à mensagem no episódio quem vem por aí.



P.S* Esse lance do chá em Fringe continua preocupante. Lembrem de NUNCA mais aceitar essa bebida de terceiros. NUNCA MAIS.

P.S* Astrid do lado D é a mais estranha de todas.

P.S* Episódio com aparição da Gene é sempre melhor e mais nutritivo!

P.S* Depois de tudo isso, pensei que DEATH seja sobre o plano de Jones e Nina. Os dois podem estar prestes a matar todos os universos e não apenas dois deles.
Comentários
8 Comentários

8 comentários:

Fernando Miaise disse...

Vaca gene merece um globo de ouro! ela sempre melhora o episodio...

Lua disse...

esssa vibe meio "liga dos vilões" que fringe se encontra, sei lá, n é meu plot favorito, me dá um pouco de afliçao.

Marilia disse...

Cheguei a cogitar que os David's se encontraram e tramaram destruir os universos...já que ele tá numa vive meio megalomaníaca rs...mas fiquei pensando...a Olivia (do nosso lado) não iria "lutar" do lado dele (eu acho) então pq ele "fez" ela desenvolver as habilidades dela? e outra qual a importância dos poderes da c-lívia nos planos do David? a nóia tá tanta que imaginei o seguinte: o David do lado A, tentou despertar os "poderes" da Olívia pra ver  qual o efeito do cortex, pra poder, utilizá-los na c-lívia caso a Olívia não "se juntasse" a ele.....tipo um plano B;

Lussianno disse...

Os dois lados "inimigos" se unindo pra combater um terceiro lembrou minha infância haha. Eu achava massa qnd acontecia isso nos desenhos de herois que assistia - e aconteceu na maioria deles =p.

Wilian disse...

Analisando esse e os episódios anteriores,fiquei em dúvida se realmente são outros universos ou se ambos estão na mesma timeline,ainda que não a do Peter. Mas acredito, na verdade, que o problema esteja na timeline. 

Luis Fernando disse...

Camis,vc não tem idéia do quanto fui sortudo.Eu em periodo de férias e com insonia assistir dois episódios da primeira temporadad no SBT com uma dublagem "ótima" (#NOT).E esse dois episódios eram os dois últimos da primeira temporada.Aqueles em que Jones aparece e morre,conseguir entender muitas referencia e e vc percebe a o planejamento da série.Principalmente em relação as cores vermelho e amarela que sempre se destacavam.

Juliany Uchôa disse...

Tô muito impressionada como os roteiristas estão conduzindo esta temporada de Fringe. Quando todos se sentiram meio perdidos e sem imaginar como se daria a trama com a aparição de mais dois universos, eis que surge David Robert Jones, um VILÃO com toda a pompa que Fringe merece.
O diálogo entre Peter e David Jones foi muito coerente em todos os seus aspectos e mostrou que Peter é que está um passo à frente, já que conhece a metodologia do vilão e sabe como pode impedi-lo de destruir os universos.
E Droyles hein? Estava mesmo com cara de quem poderia ser o infiltrado. Ainda esperava que alguém suspeitasse dele já nesse episódio, mas muita informação foi trazida e será melhor que seja desvendado aos poucos.
Lee se encaixou muito bem à trama, não sendo somente um mero coadjuvante, ajudando no raciocínio de que existe um traidor e acho que ele que vai descobrir a verdade sobre Droyles.
Nina Sharp que vaca!!!! Matando Dolivia com doses de cortexiphan >( Nina deve ter sido a peça fundamental que ajudou Davi Jones com as descobertas sobre os experimentos de William Bell e agora tudo se encaixou mais ainda. Certamente Dolivia deve ser a chave pra ativar a energia das pedras colhidas pra destruir os universos.
Muita teoria que faz minha cabeça esfumaçar e pirar  Isso que me faz AMAR FRINGE e não me sentir abandonada com tramas sem sentido. AOS POUCOS, TUDO FAZ SENTIDO!!
Astrid é muito bizarra viu?! eu ri com ela assustada com Peter.
Gene tão fofa balançando o rabinho pro Walter, e este por sua vez, jurando que cada direção do rabo tem um significado. Tava com saudade dessa interação, que me fez sentir falta de Astrid 
A cereja do meu bolo nesse episódio foi que EU VI O OBSERVADOR!!!! Demorou muuuito, mas eu vi nesse epi e voltei a cena 5 vezes me perguntando: “ONDE ESTÁ SEPTEMBER????” Cadê nosso Observador favorito, GEMT? Morrer tenho certeza que ele não morreu :S
Já que Fringe agora está com status de “EM CIMA DO MURO” na grade de séries, nossas esperanças de 5ª temporada aumentaram. Fringies nunca desistem!!!

Ricardo Santana disse...

To achando também que Nina e Broyles são metamorfos.