quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Alcatraz 1x01x02: Pilot/ Ernest Cobb


Maldito seja J. J. Abrams.

Por mais que eu me prenda a promessas de nunca mais ver nada criado por J. J. Abrams, na hora a história é sempre a mesma. Eu passo por cima da regra que eu mesma inventei e, geralmente ganho um novo vício televisivo. Acho que vai ser assim com Alcatraz, que estreou pela FOX, com Premiere em dose dupla.

Quem ainda não assistiu e está curioso deve saber desde já que não precisa ver os dois episódios de uma vez. Caso queira penas conferir a qualidade da série, saiba que os dois funcionam independentemente, já revelando o estilo que Alcatraz deve seguir, com uma estrutura bastante parecida com a de Fringe.

Esse jeitão de procedural com muita mitologia embutida faz meu estilo, não nego e talvez, eu tenha gostado dos episódios justamente por isso. Identifiquei muitos elementos conhecidos – o que não é estranho em séries que têm o mesmo criador – e comecei a conjecturar sobre o futuro da trama proposta por Alcatraz, cheia de mistérios e muita ação.

O mistério que envolve um dos presídios mais famosos do mundo começou há cerca de 50 anos, quando o prédio teria sido desativado e os presos transferidos. O que poucos sabem é que a história não é bem essa. Em março de 1963, os 302 prisioneiros mantidos ali, além de alguns funcionários, simplesmente desapareceram, sem deixar rastros.

Nos dias atuais, porém, esses homens começam a voltar e praticar crimes, aparentemente com um objetivo muito específico e desconhecido, sem que tenham envelhecido um só dia. A ideia que fica, depois de ver os dois episódios, é a de que eles se transformaram em cobaias de alguma experiência científica que agora é uma ameaça à segurança nacional.

Isso, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. Nossa companheira de descobertas será a Detetive Rebecca Madsen (Sarah Jones), que está mais envolvida na história do que tem consciência. Logo ela se junta a uma divisão do FBI, que atua investigando somente o retorno dos presos de Alcatraz e tem sua base exatamente no subsolo da ilha.

Rebecca também tem uma forte ligação com Alcatraz. Seu tio (que a criou quando os pais morreram) era um dos guardas da prisão e seu avô, Tommy Madsen, é um dos desaparecidos que está de volta, sendo ele o responsável pela morte do parceiro de trabalho de Rebecca, durante uma perseguição.

Não consigo evitar o pensamento de que Rebecca é uma nova versão de Olivia Dunham, porque, apesar de poucas diferenças nas linhas gerais da personagem, a trajetória de ambas é praticamente a mesma. Desde o lance da divisão secreta do FBI até a conexão com os elementos que passará a investigar.

O novo parceiro de Rebecca é Diego ‘Doc’ Soto (Jorge Garcia), um expert em Alcatraz, autor de livros sobre o tema e um grande entusiasta de histórias em quadrinhos. Doc é aquele personagem fanfarrão, que traz dose de humor para a série e é fonte de informações, sempre que necessário.

O agente Emerson Hauser (Sam Neill) é o chefe desse braço secreto do FBI, que sabe muito mais do que revela e faz o tipo em quem não se deve confiar. Emerson tem imenso interesse em capturar todos os prisioneiros para colocá-los na nova versão de Alcatraz, além de ter armado toda a situação que trouxe Rebecca e Doc para dentro da divisão e de estar literalmente esperando pelo retorno desses presos.

Lucy Banerjee (Parmider Nagra) é o braço direito de Emerson nessa operação e parece ser o tipo de moça boazinha e inteligente, não fosse pelo fato de que ela já passeava por Alcatraz nos idos de 1960, continuando jovem até hoje. Lucy provavelmente é uma das grandes envolvidas nesse evento e outra pessoa em quem devemos ficar de olho.

No episódio Piloto conhecemos a história do preso Jack Sylvane (Jeffrey Pierce), que deixa um rastro de morte por onde passa, vitimando, inclusive, E.B. Tiller (Jason Butler Harner), o homem que comandava Alcatraz e se responsabilizava pessoalmente por infernizar a vida de Jack. Apesar da violência, Jack parece não saber muito bem o motivo de suas ações, lembrando apenas de sua redenção pessoal, em relação à ex-esposa, que acabou casada com seu irmão.

No episódio seguinte é a vez de encontrarmos Ernest Cobb, preso por assassinar muitas pessoas, sempre em trios. Cobb tem uma história bem interessante de adoção e vingança contra a irmã que descobriu ter, anos mais tarde, além do fato de sempre perseguir a paz e a solidão. Ao contrário de Jack, os crimes cometidos por ele na atualidade não parecem ter um objetivo muito claro ou uma ligação maior com o futuro da série, mas acho que é apenas uma questão de tempo para encaixar todas as informações liberadas nesse comecinho.

Na produção executiva de Alcatraz temos, além de J.J. Abrams , Bryan Burk (“Lost,” “Fringe” and “Mission: Impossible – Ghost Protocol”), Jennifer Johnson (“Cold Case”), Daniel Pyne (“Fracture”), e Jack Bender (“Lost”),que também dirige a série. Elizabeth Sarnoff (“Lost”), Steven Lilien (“Kyle XY”) e Bryan Wynbrandt (“Kyle XY”) são co-criadores. Danny Cannon (“CSI: Crime Scene Investigation,” “CSI: Miami”) dirigiu e produziu o episódio Piloto.

P.S* Quaisquer semelhanças com Fringe e Lost (Alcatraz é ILHA, meu povo!) não são meras coincidências.

Comentários
11 Comentários

11 comentários:

GustavoEder disse...

Assisti o piloto e considero um mix de muitas séries. Só acho que eles não vão poder ficar nessa de cada episódio um cara pra prender, afinal, por mais grande que seja a lista de detentos.. ou ex-detentos.. sei lá, tem um fim, e além disso, enjoa fácil. Espero que a série consiga se aprofundar bastante na mitologia e tornar este procedural um segundo plano.

Gabriel Rodrigues Maia disse...

cara, isso é MUITO fringe, até os trejeitos da protagonista,são parecidos com os da livinha. Parece ter uma mitologia legal. Gostei muito

Yasmin disse...

J.J. Abrams pode até ser um gênio, mas é um gênio repetitivo. Me parece que depois do fracasso de Fringe com a audiência, ele quer emplacar umasérie semelhante com mitologia mais leve que dê pro povo acompanhar. Eu gostei da série, mas não acho que vá durar muito tempo, pelo menos não pra mim.

Paula Nunes disse...

óbvio que não vai durar muito tempo, tenho uma teoria de que a fox é contra séries de ficção..

Renato Teixeira disse...

O Jacob tocou todo mundo, por isso não envelheçem! kkkk

Sério agora, gostei da série, pretendo seguir em frente, acho que vou viciar!

Marilia disse...

Gostei da série, embora, ao assisti-la lembre de Fringe....então tenho mais um motivo pra acompanhar Alcatraz...os dois primeiros eps são meio lentos e até que previsíveis, mas quando se fala de J.J tudo que parece não é....o jeito é esperar e torcer pra ser Alcatraz ser tão boa quanto o inicio de Lost e as 4 temporadas de Fringe....

Ricardo Santana ✔ disse...

Baita série, pelos menos nesses dois primeiros episódios, e a Lucy no final foi um cliffhanger e tanto hein? Mal posso esperar o próximo.

Arlane Gonçalves disse...

Camis, você vai continuar fazendo reviews de Alcatraz?

Nana disse...

Eu gostei bastante da série
Me falaram que a série já está toda pronta, com final e tals e que deve durar no mínimo duas temporadas.. Não sei se é verdade.
Até porque 2 seasons para todos esses presos, meio difícil HAHA

Claro que lembrei de Lost, a trilha ajuda muito nisso.. e também lembrei daquele file A Ilha do Medo rs

Luiz André disse...

Difícil não fugir do estigma de Fringe, afinal tudo remete a produção de FC anterior de J.J. Abrams e cia. ilimitada. Daqui a alguns episódios, poderemos ter certeza se a Fox vai dar outro tiro no pé ao tentar encontrar uma nova "Lost".

Victor Hugo disse...

Fringe com um toque de lost naquelas horas em que dá o Flashback, tipo o piloto foi muito bom e talz, tem tudo pra ser um sucesso, mas não sei, a série simplesmente não me empolgou e é por isso q não assisti o segundo episodio até agora, talvez pelo fato de q a série é mais procedural do q eu gostaria! Gostei mas foi abaixo das minhas expectativas!