O Natal mais sem graça do subúrbio americano.
Depois de passar muito tempo decidindo sobre continuar ou não com Suburgatory, consegui chegar à conclusão de que para mim, não vale mais a pena. Gostei bastante dos dois primeiros episódios e a série, verdade seja dita, não é ruim. Só que falta muito para sair da mediocridade.
Esse episódio demonstrou isso perfeitamente. Não foi engraçado em nenhum dos 20 minutos de duração. Nenhum. Só teve mesmo um momento fofurinha estrelado por Dallas, porque essa personagem é tão boa e tão querida, que ficaria difícil errar a mão. O que me choca é que raramente as séries erram em episódios natalinos, o que complica ainda mais a situação.
Fiquei tentando encontrar o humor escondido nesse plot estilo “As namoradas do papai”, mas não achei até agora. Fico surpresa em ver que o potencial cômico de Suburgatory vai se perdendo em banalidades, especialmente porque essa foi a única comédia da Fall Season em que apostei, segura de que não me decepcionaria.
Vim empurrando até aqui porque acho o elenco muito bom e os personagens têm carisma. O que fica devendo mesmo é o texto, que soube ser pontual nos primeiros episódios, fazendo sátira engraçada e inteligente, mas que está à deriva no momento.
Não é possível que alguém ache genial George usar a filha como desculpa para terminar relacionamentos. Muito menos que Tessa, tão esperta e descolada, tenha caído naquele golpe barato de que o pai estava em depressão. Para mim é contraditório até.
Outra coisa completamente surreal de tão idiota foi o DRAMA da comida coreana. Aquilo não fez sentido algum dentro do episódio e não. Não se justifica só porque o diretor da escola é coreano. A nacionalidade dele não abre precedentes e não deixa tudo amarradinho. Resolveram colocar um monte de coreanos brigando por comida e pronto.
Isso sem falar em Noah, que é casado, mas passa mais tempo com George do que com a família. Cadê a esposa dessa criatura nas festas natalinas? Acho que ela só confraterniza no Thanksgiving.
Lisa é a mais sofrida das personagens, sempre sendo humilhada em plots envolvendo roupas estranhas ou a completa falta delas. Quando ela não está vestida de forma bizarra, corre pelada pelo bairro ou congela sem agasalho, brincando de espiã com Tessa.
Mais uma vez, a parte bacana e que merece elogios fica por conta de Dallas. Ok. Também dou crédito a Dalia por berrar com o pobre Yakult. O momento em que Dallas beija George e fala sobre a história da luva vermelha foi uma graça. Super bonitinho mesmo.
Comecei a torcer por eles na mesma hora, desejando que a professora de artes sumisse e que o marido mala fosse engolido numa tempestade de gelo, só que isso não é o suficiente para que eu continue assistindo Suburgatory.
Ultimamente tenho lutado contra a frustração que me domina quando termino um episódio e como eu não consigo superar essa barreira, para por aqui. O mínimo que espero de uma comédia é que ela seja divertida de assistir e para mim, pessoalmente, Suburgatory falha nessa função.
Caso alguém ainda não saiba, esse foi o último episódio de 2011. A série retorna no dia 04/01 e eu espero de verdade que, para quem continua assistindo, Suburgatory valha cada minuto.
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