Por um mundo mais justo, onde os sem-teto tenham acesso a delícias de delicatessen.
Continuando seu lindo trabalho de conscientização, Suburgatory continua denunciando problemas sociais gravíssimos e claro, apontando soluções práticas para resolvê-los. Aquecimento global, extinção de animais selvagens, violência e fome não entram na pauta, é claro, afinal de contas, há assuntos mais urgentes e o povo da Flórida sofre há séculos com problemas de pele e cabelo.
Nesse clima de completa gozação, eis que a série consegue recuperar minha atenção, um pouco dispersa depois do episódio anterior. Verdade seja dita, gostei muito mesmo dos dois episódios iniciais, vi pontos positivos nos outros já exibidos, mas Suburgatory peca em alguma coisa, que eu nem sei ao certo o que é, e impede que eu me transforme numa completa fã da produção.
Mesmo assim eu ainda vejo mais prós do que contras na série e continuo firme. Gosto muito de Tessa, George e Dallas e é por eles que acho que vale a pena acompanhar o que vem por aí. Nem sei descrever o nível de cretinice nas cenas de George no chuveiro alheio, tirando a prova sobre a limpeza eficaz dos jatos estrategicamente instalados para as partes íntimas. Também vi alguma graça em Noah, pela primeira vez, mas talvez seja meu medo de dentista, dizendo que eu devo rir do que ele diz para não acabar banguela.
Toda a campanha de Tessa na escola foi bem legal. O orientador, Mr.Wolf, me soou mais interessante também, provando que a falta de noção é algo realmente generalizado ali naquele pedaço. Dalia faz a Barbie nojenta como ninguém. Adoro notar o detalhe do abraço coletivo na Tessa Necessitada, com Dalia encostando dois dedinhos para mostrar seu apoio ao sofrimento da colega.
Porém, nenhuma dessas pessoas brilhou tanto quanto a convidada especial. Destaque para Gladys, que chocou toda a comunidade subúrbia, mas não por não ter o que comer e onde viver, mas por esconder tão bem seu “pacote”. Além do mais, provou toda a malemolência de quem vive nas ruas ao fazer uma venda de garagem (sem garagem) e adquirir sua primeira moradia e seu primeiro telefone para aplicar golpes e vender o corpo. Há notícias, porém, de que ela manteve o jogo de bocha que brilha no escuro. Artigo indispensável para qualquer esportista moderno e de hábitos noturnos.
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