Mais um bom episódio de Grey’s! E vamos ficar por aqui com os elogios para evitar mau olhado e praga dos odiadores da série. Fato é que a temporada segue muito sólida e muito divertida de acompanhar, ainda mais quando os roteiristas apostam nesse lado cômico potencial no trio formado por Callie, Arizona e Mark.
Porém, é preciso destacar que a cretinice rolou solta em praticamente todas as tramas desenvolvidas no episódio. Todo mundo ganhou seu momento de fazer piadinha idiota ou de estar num plot cheio de sensualidade bruta.
Bacana notar que a série não funciona só quando é feita de dramas e lágrimas. Para ser bem sincera eu até gosto mais de episódios leves e bem humorados, mesmo que a especialidade de Grey’s Anatomy seja a emoção mais contundente.
Um dos personagens que conseguiu marcar muita presença dessa vez foi Richard – que eu não consigo me acostumar a não chamar de Chief- todo malandro espionando Bailey e tramando exames com Meredith, ao mesmo tempo em que caiu numa espécie de maldição, sendo obrigado a trombar com “as intimidades” de Owen e Cristina em cada canto do hospital.
Os dois deram risadas nesses momentos de grande azar, mas a situação esconde a crise no casamento deles. Quando falta assunto (ou quando conversar é algo a se evitar), sexo é um ótimo “cala a boca”. Owen e Cristina estão assim, fugindo de seus problemas reais e adiando o enfrentamento inevitável.
Por outro lado, a falta de conversa (pelo menos sobre trabalho) entre Meredith e Derek resolveu o impasse do casal. Ganhamos uma folga daquele mimimi interminável (obrigada senhor, pela graça alcançada!) e ainda vimos Meredith ganhando a confiança de todos novamente, pouco a pouco.
Fiquei abismada com o desabafo de Bailey, mas entendo que aquilo é só mágoa ou desapontamento, porque ela devia enxergar muito potencial em Meredith, até que aconteceu o aconteceu com o estudo clínico de Alzheimer.
Na mesma linha estava Kepner, tentando mudar a voz irritante. Foi quase (quase, quase) engraçado. Gostei mesmo de Karev falando para ela tudo o que eu mesma penso e de ver o deboche nos olhos e risadinhas de Meredith e Cristina.
Aliás, gostei de ver o modo como exploraram essa questão das precauções e dos desafios com os residentes. Karev e Cristina zombaram de Meredith na obstetrícia pela falta de desafio que isso oferecia, mas os dois estavam simplesmente fugindo de qualquer movimento arriscado.
Callie, ao contrário, queria mais emoção na sala de cirurgia e na vida. Ela nunca imaginou que teria de mandar Sloan (justo ele!) arrumar uma mulher para si, liberando Arizona e a cozinha para outras atividades. O pior é que, notando bem, Arizona estava bem empolgada em cozinhar ao lado dele, pulando de alegria com costeletas e frango ao vinho.
Para quem, assim como eu, estava esperando o retorno de Lexie, a coisa foi meio decepcionante. Colocaram a coitada para ser empregadinha de Derek, sem nenhuma história maior sendo desenvolvida. Acho que é isso o que acontece quando um ator pede uma folguinha aos roteiristas e produtores no maravilhoso mundo de Shondaland.
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