domingo, 2 de outubro de 2011

Fringe 4x02: One Night In October


“Correndo o risco de soar sentimental... Eu sempre achei que havia pessoas que deixam uma marca indelével na sua alma. Uma marca que nunca pode ser apagada”.

Broyles, Philip: Dando a grande dica da temporada.

É o amor, minha gente! Por mais cafona que isso possa parecer numa série de Ficção Científica, estamos entrando por esse caminho em Fringe e nem podemos dizer que a coisa toda não é cabível.

Faz tanto sentido que eu, que jurei odiar outra resolução desse tipo, estou aqui, feliz da vida e bastante satisfeita com a forma que as coisas estão tomando, simplesmente porque quem escreve os episódios e planeja os detalhes da temporada sabe dosar com perfeição esses elementos “estranhos” numa produção como essa.

Uma coisa que Fringe me ensinou é que ser cética demais não leva a nada. A partir do momento em que a série conseguiu me envolver “sentimentalmente” é que virei uma fã alucinada, logo, vocês não lerão qualquer reclamação minha nesse sentido.Pelo contrário.

Quero mais é elogiar o episódio dessa semana, bem mais interessante que a Season Premiere, seja pela ação ou pelos novos detalhes agregados à realidade sem Peter Bishop. Aliás, vale dizer que esses dois episódios iniciais são muito importantes. Sem a base que eles estão criando, acredito, seria difícil levar a temporada. Cada cena e cada trama têm sido usadas estrategicamente para plantar as intenções dos roteiristas e requerem nossa atenção. Depois de rever a 1ª temporada percebi que tudo o que achamos bobagem se torna essencial em algum momento.

Como ainda estamos em fase de reconhecimento dessa nova ordem, ganhamos a chance de espiar um pouco do mudou no Lado B, já que B-Broyles, morre no episódio 3x08-Entrada, mas agora está ‘Vivinho da Silva’. Isso faz com que Lee não seja mais o chefe da Fringe Division B, obviamente, mas também implica em que Walternativo e B-Brandon podem nunca ter descoberto sobre Olivia e suas capacidades com cortexiphan, já que a morte de B-Broyles acontece bem no momento em que as Olívias voltam a seus respectivos mundos (e justo por esse motivo). Há ainda a possibilidade de que Olivia tenha escapado do lado B sem a ajuda de B-Broyles.

Outras mudanças citadas são o casamento de Charlie com a Bug Girl e o fato de que Bolivia ainda namora Frank. Isso também confirma a não-existência do filho dela com Peter. Bolivia também não sofreu nas mãos do padrasto e talvez nunca tenha tido um, assim como o não encontro com Peter no campo de tulipas pode ter determinado o assassinato do padrasto, que antes havia apenas se ferido. Ufa!É muita coisa. Isso tudo, só para começar.

Além de todas essas pequenas coisas, o caso da semana foi bem interessante e prendeu completamente minha atenção, mesmo antes que eu soubesse qual era a intenção final daquilo tudo. As semelhanças entre os acontecimentos na vida do professor John McClennan com os da vida de Olivia são muitos. Os dois sofreram abusos na infância, encontrando “salvação” durante a fuga. Ele encontra Marjorie em um campado e Olivia encontra Peter no campo de tulipas. Ambos não podem se lembrar dessas pessoas, mas seguindo a lógica, se Marjorie, mesmo esquecida ainda causa impacto na vida de John, o mesmo deve acontecer com Olivia.

Fiquei com a impressão de que o retorno de Peter será em breve, porque o “vazamento” de sua presença está bastante intenso. Isso, sem contar com as frases jogadas o tempo para introduzir o assunto. Até a piadinha de Astrid para Olivia serviu para isso: “Talvez seu tipo não exista”.

Outra piadinha não relacionada está em Walter ganhando uma nova vítima para a troca de nomes. Lincoln virou Kennedy. Aposto que muitos presidentes americanos ainda serão citados, mas preferia mais ouvir coisas como Asterix e Aspirina.

Dessa vez, não precisamos de flashs, porque a voz de Peter apareceu no final para assombrar a cabeça já perturbada de Walter. Não adianta cobrir tudo o que gere reflexo. Peter ainda existe em algum lugar e precisa de ajuda. Só espero que Walter não volte ao hospício por causa disso.

O Observador aparece mais para o final do episódio, nos corredores do hospital, depois de Olivia ter sua conversa com John McClennan.


 
Desde a Season Premiere, vale registrar que há diversos símbolos dos Glyph Codes aparecendo em cena. Semana passada tivemos a folha, dessa vez a maçã e a margarida. Aparentemente não há nenhum significado maior por trás disso, além da tentativa de nos enlouquecer com mais teorias e possibilidades.



Falando nisso, o código da vez é LIMBUS. Muita gente está relacionando o termo á parte médica, o que significaria o limite entre a córnea e a esclera (o popular branco do olho), uma área de transição com células desses dois elementos. Apesar de a palavra estar mais para LIMBO (limbus seria a palavra em latim), do que para estrutura ocular, acho que os significados não diferem muito. O limbo seria um lugar fora dos limites conhecidos e a provável morada de Peter Bishop.



P.S*A audiência desse episódio em relação à Premiere teve queda de 20%. O que já não é bom está piorando. Será que é inútil recomeçar agora nosso #SaveFringe?

Comentários
8 Comentários

8 comentários:

rafaela disse...

a única coisa que estraga fringe é essa preocupação constante com sua renovação ou melhor com seu cancelamento né...é uma tensão desgraçada... mas quer saber? se a fox não cancelou ainda, acho que até o final de temporada estamos garantidos... (espero).;

Guilherme de Paula disse...

Camis, me sinto exatamente como você sobre a série. Tô adorando tudo!
Ótima review, realmente acho que Fringe está tomando um caminho que foi traçado desde a abordagem dos dois mundos: o relacionamento e amor entre as pessoas. Sim, é o amor! HAHAHAHA. Eu não tô nem ligando para a audiência, desde o ano passado com a renovação de 22 episódios, eu já sabia que seria a ultima temporada da série. Só espero que a FOX anuncie o cancelamento o antes possível (mas por favor FOX, renove essa maravilhosa série!!!), para que os produtores consigam dar um final digno para a melhor série da atualidade.

Novamente: ótima review!

Brunequilda disse...

Camis, amei sua review. Eu já tinha gostado da season premiere, mas o episódio dessa semana foi MUITO MAIS CROCANTE!
Fiquei muito triste quando vi que a audiência caiu. Acho que a gente tem que começar a campanha do #SaveFringe o quanto antes!
Torcendo por notícias melhores na próxima semana.

Beijos

Ataide Neto disse...

Já não bastava Fringe mexer com viagens pelo espaço tridimensional, o que envolve a manipulação de equações diferenciais parciais de ordem superior nas coordenadas cartesianas, agora introduz, também, a variável independente "tempo", aumentando significamente a complexidade do processo, que antes estava em pleno estado permanente, para um de caráter transiente!
Por sorte temos o Walter Bishop pra lidar com tudo isso!

Fernando Miaise disse...

Nossa achei mt foda como os roteristas estão introduzindo discretamente os fatos q mudaram/não mudaram quando a linha temporal foi reescrita. Tipo ficamos sabendo que a Bolivia não teve o filho do Peter e nem terminou com o namorado simplesmente quando ela poe a peruca loira e fala "Sorte que o Frank gosta de ruiva, não é?". Confesso que parei alguns segundos para absorver tudo isso. hehehhe
e muito mais coisas. Gostei bem mais desse episodio que da Premiere, e sem falar que quando Olivia e Bolivia tao juntas é mt legal, pq Olivia é toda travada, e Bolivia toda expontanea. mt legal

Juliany Uchôa disse...

Gostei muito o episódio o/
Os roteiristas encontraram uma maneira toda especial para mostrar que por mais que Peter tenha sido apagado da lembrança de todos, ele permanece ali com os ensinamentos e emoções que viveu com cada personagem.

Deu um nó na minha cabeça qnd vi o B-Boyles. Parei e refleti que era isso mesmo que vc escreveu na review, muito minuciosa por sinal. Imaginei também que se Bolívia ainda está com Frank, ela não teria gerado o filho de Peter.

Astrid já está dando uma de alcoviteira, querendo empurrar Olívia para o Lincoln. Mas, óbvio que ele não faria o tipo de Olívia. Agora faz todo sentido os Lincolns dos dois lados amarem suas respectivas Olívias.

Quero ver o Walternate. Acho que ele anda aprontando alguma coisa, tipo vingança a cara dele...

Nada do September interferir nos atuais acontecimentos. Isso é bom, senão Peter não apareceria nunca. 

O episódio mostrou também uma possível aproximação das Olívias, mas não dos Walters. Acho que a Bolívia vai se unir aos mocinhos do Lado A pra destruir Walternativo.

LIMBO me remete ao locus atemporal onde Peter está. Creio que em breve, ele dará o ar de sua graça. 


P.S. -> IMPOSSÍVEL NÃO SE EMOCIONAR COM PETER, OLIVIA E AS TULIPAS BRANCAS. 

P.S. ² -> quero logo assistir o epi de Community que faz referências a Fringe.

Fernando Miaise disse...

Acho q se a fox cancelar a CW devia comprar a série e continuar, pq a CW nunca cancela as coisas, mesmo com audiencia bosta ahuahuuhauhahua. E as series se estendem por mts e mts temporadas

Wagner disse...

Poxa também gostei muito de tudo...acho interessante o modo como as coisas estão sendo encaminhadas e este episódio me deixou mais curioso ainda sobre a condição de Peter, pois até então eu tinha dúvida se as visões do Walter eram algum tipo de lembrança ou se eram reais, mas este episódio deixou claro, ao menos para mim, que Peter está em "algum lugar" e já tô louco para saber onde...A pergunta "Where Is Peter Bishop?" se tornou muito mais interessante para mim depois deste episódio...