quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Glee 3x01: The Purple Piano Project


A hora de saber se Glee vai em frente ou fica onde já estava.

Desde a controversa Season Finale de Glee muita coisa aconteceu. Alguns abandonaram a série, outros não ligam mais e assistem só por assistir e claro, há aqueles que, independente de críticas e às vezes até da qualidade dos episódios, ainda afirmam que a série é o melhor programa teen atualmente no ar.

Eu não estou em nenhum desses grupos. Para mim Glee ainda é uma série com potencial, gosto do estilo, amo alguns personagens, mas tem seus altos e baixos. Assim, vou levando. Há episódios que me deixam feliz, uns que me aborrecem e outros que, como essa Premiere, não causam efeito nenhum.

Não sou capaz de dizer que tenha sido ruim. Não foi. Mas para um episódio inicial de temporada, bom também não foi. Para mim, faltou aquele elemento emocionante, que te faz pular ou bater palmas durante a execução de uma música. Para mim, faltou a irreverência (crocância e adstringência) de The Glee Project. Aliás, se você aí não viu, veja agora. The Glee Project é uma mostra de que Glee pode ser muito melhor do se apresenta e é por isso que me sinto menos inclinada a perdoar os errinhos de percurso.

Dessa vez, no entanto, nem vou reclamar de roteiro. A apresentação dos rumos dessa temporada foi feita direitinho. Ficou bem óbvio que Rachel, Kurt e Finn serão os focos principais, afinal, há meses circulam noticias de que os três deixam o elenco ao final da temporada. O futuro, as ambições, os sonhos e claro, o choque deles com a realidade devem dar o tom dos episódios e da despedida dos personagens.

Como já é tradição o New Directions enfrenta o grande desafio de recrutar membros e sobreviver às artimanhas de Sue Sylvester, que agora quer destruir programas de arte pela cidade, estado e país, se puder. Obama que se cuide. Se Sue tentar a presidência, (e SIM, ELA PODE!) a casa (branca) vai cair. Agora, a relação de Will e Emma está a coisa mais patética. Lancheirinhas de Super-Homem e Mulher-Maravilha brocham qualquer um. Não me espanta que Emma use seu TOC como desculpa para evitar maiores contatos.

Achei muito estranho o sumiço de Chord Overstreet e, confesso, Sam nunca foi muito importante para mim. O problema é que foi um desaparecimento do nada. Mercedes largou dele para ficar com o grandalhão do time de futebol e tudo bem. Ninguém acha estranho? A situação de Quinn, transformada numa rebelde sem causa (que quase não apareceu no episódio) foi muito melhor resolvida.

A rivalidade entre Santana e Clarinha Evil é algo que me fez rir genuinamente, assim com a performance de Blaine na escadaria.Tentei evitar mas não pude. A roupa dele era muito bizarra e a dancinha muito ridícula. Mesmo assim, estou muito contente por termos Darren Criss no elenco fixo, afinal de contas, o talento dele é inegável.

Também não gostei muito das escolhas musicais para o episódio. Na verdade, acho que esse tem sido um problema recorrente. Eu aprovo o uso de clássicos dos musicais, mas tudo tem limite. Quando começa aquela cantoria estilo Broadway eu já fico entediada (tá, nem sempre). Não sei é por causa do meu amor incondicional por The Glee Project, mas eu adorei a canção de Lindsay Pearce, que se chama Harmony na série, mas que eu só consigo nomear de Lindsão.

Adorei o modo como titio Ryan Murphy “se inspirou” nela para escrever o arco de quatro episódios. Na competição Lindsão era a Rachel Berry da vida real e foi legal ver que aproveitaram esse viés para colocá-la como personagem. O número musical dela foi lindo e cheio de energia, coisa que só quem ainda precisa conquistar seu espaço e provar suas habilidades é capaz de fazer. Harmony literalmente sapateou na cara de Rachel e Kurt, que saíram chorando ao realizar que no mundo existem mais talentos além deles dois.

É por causa de The Glee Project e das pessoinhas deliciosas que vem de lá para dar uma temperada nos episódios de Glee, que andam sem muito sabor, que eu continuo acreditando na coisa toda. Para mim, essa Season Premiere com sangue novo foi um passinho miúdo e tímido de Glee em busca de um novo caminho. Entretanto, vale lembrar: ainda falta muito para a série pegar aquela trilha tão empolgante que vimos apenas na primeira temporada.

Músicas no episódio

"We Got The Beat" - The Go-Go’s: New Directions

"You Can't Stop the Beat" - Hairspray: New Directions

"Ding Dong The Witch Is Dead" - The Wizard of Oz: Rachel Berry (Lea Michele) e Kurt Hummel (Chris Colfer)

"It's Not Unusual" - Tom Jones: Blaine Anderson (Darren Criss) and the Cheerios

"Anything Goes / Anything You Can Do"- Anything Goes / Annie Get Your Gun: Harmony (Lindsay Pearce)

"Big Spender" - Sweet Charity: Sugar Motta (Vanessa Lengies)

Comentários
18 Comentários

18 comentários:

hidrojeanio disse...

Eu achei Glee muito diferente nessa season premiere. Na 2ª temporada, eles investiam basicamente em arcos sobre relacionamentos e bullying. Nessa, Sue quer investir na política, Emma namorando o Will e ligando o sinal vermelho, Quinn revoltada... criaram história, pensaram em um roteiro que vai além do que acontece na vida do Ryan Murphy. Parecia que estava tudo ótimo, mas pra equilibrar, as músicas foram chatas e fora do contexto. As únicas apresentações, que eu realmente entendi o porquê de estarem acontecendo, foi We Got The Beat e a da Lindsay, o resto foi tudo... perdido. Glee é uma série musical, não adianta só escrever um bom roteiro, tem que fazer algo com sentido e faltou isso |:

Ótima review Camis, estamos aí no time "Cansei da Broadway" :P

Thais disse...

Eu gostei muito do episódio. Dei risada da cara da Sue com o Sr. Will (patético como sempre) jogando glitter nela. Das tiradas da Brittany, como sempre. Da Rachel voltando ser a Rachel maluca dos bons tempos. Da Santana com a Clarinha. Mas das bolas foras a que me deixou mais "intrigada" foi a Mercedes com o cara do futebol. Até outro dia ele não era odiado pelo pessoal do coral devido ao bullying contra o Kurt, juntamente com o Karosfikyskuy (não sei), ou to maluca?

E Will finalmente tomando uma atitude inesperada e corajosa (Will bundão), expulsando Santana do coral.

João Paulo C F Longo disse...

Kurt boca-de-pano e Rachel testa-de-lata com essa conversa mole de Broadway conseguiram me irritar profundamente. Finn ao menos teve a dignidade de se rebaixar a baterista do New Directions, nem ouvimos sua voz encardida.

Algumas coisas me assustaram... O japonês Yudi (nome genérico, nem me lembro o nome original) começou a falar só pra pra provar que deveria continuar mudo. Quinn entrou em modo Rebelde e não entendi até agora o motivo real disso. Até o Schue parecia ter virado homem pra minutos depois jogar PURPURINA na Sue... Sério isso? Fadas...

Clarinha Evil, Sue, Lindsay e o "Gleeatch" salvaram esse episódio. Só faltou aparecer Nikki como professora da Harmony pra ficar perfeito.

P.S.: Conseguiram cagar a única música prestável de Hairspray. Fantástico.

P.S.2: Na torcida pra série afundar de vez e se livrarem de todos os personagens. Tragam o elenco de The Glee Project pra salvar essa bostinha que virou Glee.

Fernanda disse...

Como assim You can't stop the beat foi perdida Hidrojeanio!? Acho que foi a música que mais teve a ver com a história do episódio em si...

Fernanda disse...

Vi esse episódio como um passaporte do que vamos
acompanhar no decorrer da temporada com um Finn que não sabe o que
fazer, uma Quinn perdida, Rachel e Kurt vendo que precisam dar duro pra
conseguir seus objetivos de Broadway e etc. E olha que a Shelby nem
apareceu ainda e é um personagem que pode movimentar vários dos
personagens se for bem trabalhada.
No mais gostei, muito da
performance da Lindsay, apesar de achar que ela é a CARA do Vocal
Adrenaline e também foi muito ver a Sue sendo Sue e a Becky como sua
seguidora maligna iniciando uma guerra de comida... huauhahu

Acabias Marques Luiz disse...

Já pra mim, quando começa mini-musical embutido, como a apresentação "Ding Dong The Witch Is Dead", a versalidade dos atores fica tão a mostra e me agrada muito... Não há como negar como é gracioso ver Lea Michele a vontade nesses momentos, fazendo suas caras e bocas, correndo pelo palco e mostrando liberdade. Em verdade, Lea e Chris sempre renderam ótimas apresentações, "Defying Gravity" e "Get Happy/Happy Days Are Here Again" estão aí para comprovar.
 
"We Got The Beat" me causou o mesmo efeito que "Empire State of Mind" de divulgação de início de temporada. A música é tão executada dias antes da season premiere que a empolgação no momento de exibição do episódio não é tanta quanto poderia ser. Ao contrário de Don't Stop Believing, que como divulgação de temporada, acabou por se tornar a "cara do glee".
 
"You Can't Stop The Beat" - a letra, o ritmo... Como diria Ryan Murphy sobre Matheus (TGP), "é totalmente sobre o que o show se trata" (risos), só que ainda prefiro a versão original, com toda a coreografia e personagens de Hairspray (Musical 2002).
 
Por fim, a "rixa" entre Santana e Becky. O QUE FOI AQUILO? lol
 
Não deixo de passar por aqui, Camis. Seus reviews inspiram pessoas que, assim como você, não conseguem conter os comentários dentro si. Quem sabe fazer um The Purple Keyboard Project, eim? kkkkkk
 
[]s.

Stefani disse...

O que foi essa performance de lindsay eu ri muito na hora que ela olha com sinismo e sua voz muda ao dizer enjoy pro kurt e pra rachel harmony tem que virar regular para ver se glee melhora e sugar que menina podre mas eu gostei dela achei engraçada
o episodio valeu mais pelas participações que pelo elenco regular

Eduardo Castro disse...

episodio muito fraco mesmo, concordo com essa "critica"

Juliana Marques disse...

O namorado da Mercedes não é o mesmo ator/personagem que era amigo do Karofsky.

Juliana Marques disse...

Achei que essa premiere foi melhor do que a da 2ª temporada, como o hidrojeanio falou eles pensaram em um roteiro pra cada personagem e apresentaram pelo menos uma base nesse episódio. Eu não era muito fã da Lindsay em TGP mas ela arrasou acho q o RM devia tirar os episódios do Alex (q me irrita só de pensar q ele vai aparecer) e dar pra ela. 
E sobre o Sam ele nunca foi um personagem interessante pra mim então não vou sentir falta mas a Mercedes deu uma breve explicação do sumiço dele dizendo que o pai dele arrumou um emprego em outra cidade e ele foi embora. 
You can't stop the beat foi a música q mais gostei do episódio adorei a versão :)

João Paulo disse...

Empolgante na primeira temporada e no começo da segunda, que teve uma premiere bem melhor que essa. Mas vou confessar foi bom o episódio, como eu te disse no twitter camis, faltou um pouco de sal. E concordo contigo, exagerar nos musicais da Broadway é um saco nem todo mundo gosta. Adorei a participação da Lindsay e prá mim a melhor música foi You Can't Stop The Beat que fechou o episódio.

Tá faltando empolgação essa é a palavra certa, mas uma coisa me preocupa, por exemplo no próximo episódio só vai ter 3 músicas e com foco na história, legal blz, focar na história é bom e tudo mais, mas se ficar muito massante a galera vai desistir, pq mesmo com uma boa história se as músicas não empolgarem o público vai desistir e Glee vai se tornar uma série mais que comum.

Rayssa disse...

Lindsay arrazou hein, Camis?
Era o que eu mais queria ver nessa season premiere, traí Glee com The Glee Project and i regret nothing...rs Esperando o Damian no ep 4 e a confusão da Brittany com o sotaque dele, aliás, fiquei surpresa de vc n comentar nada dela, ela tava mt bem nesse ep, como sempre...
Otima review concordo em tudo e estou no msm grupo que vc...

luis disse...

ola acc parceria de link tenho pr2 http://www.verseriados.co.cc/

Thais disse...

então viajei mesmo, obrigada Juliana

Ana disse...

A Mercedes explicou que o pai do Sam arranjou emprego em outra cidade ou estado.

Adri_cereja disse...

HARMONY(nunca vi tanta ironia num único nome KK') e Sugar swaggy resumem esse Ep. ;) Quero Harmony no New Directionc A.GO.RA.

Riique disse...

A melhor parte do episódio foi ver a Lindsay dando vida a Harmony *-*

hidrojeanio disse...

Tem a ver com a história, só achei que não fez sentido com o que estava acontecendo no episódio. Glee não coloca seus personagens pra dançar ou cantar sem nenhum motivo, como se fosse um dos textos do personagem, como em filmes musicais (em sua maioria). Conectam a música com a história. Mas nesse episódio, tanto em "It's Not Unusual", "Ding Dong The Witch Is Dead" ou "You Can't Stop The Beat", a música fazia foi colocada na história com pretextos bobos. Por mais que complemente o que o episódio quer passar, não fez sentido o porquê de serem cantadas em determinado momento.