Outra crise com Jesse que promete dar o que falar.
Desde a primeira temporada vemos Pinkman entrar e sair de muitas crises existenciais. Ele é assim. Às vezes age no oito. Às vezes age no oitenta. Sempre em extremos. Apenas em um momento ele foi estável, na temporada passada, mas durou pouco.
Agora estamos diante de outros desses momentos, com um diferencial: Jesse não se importa mais. Virou suicida mesmo. Para ele, um dia a mais de vida é apenas uma inconveniência e é nessas horas em que tudo pode acontecer.
Espero que algo aconteça para mudar esse quadro, porque essas sucessivas depressões não podem acabar num bom lugar para o personagem. Como Breaking Bad é cheia de reviravoltas, é nisso que aposto. Walter deve encontrar um modo de transformar a vida de Jesse ou, mais uma vez, um lance de sorte deve salvá-lo de Gus e de Mike.
Continuo feliz com o andamento da temporada. Skyler cresce a cada dia e sua tenacidade assusta. Ela já é quase uma “mama Soprano”, porque aquela velha era o Cão na Terra. Skyler planeja, calcula, faz script e até chora na frente dos parentes para vender sua história familiar triste.
Muito diferente do que todos nós pensávamos que seria em Breaking Bad, já que a maioria das apostas era para que ela sumisse da série e se afastasse de Walter para sempre depois da grande descoberta.
A relação de Walter com Hank também sempre trás elementos curiosos. Se Hank soubesse que tem sido sustentado pelo criminoso que quer tanto pegar e que, não fosse por Walter, ele jamais teria ido para uma cadeira de rodas... Esse é o tipo de revelação que nunca pode aparecer, e provavelmente nunca irá, mas gosto dessa rotina dos dois, sempre em perigo, sempre caminhando na fina camada de gelo.
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