Tem gente que sonha em poder comparecer ao próprio funeral. Cathy conseguiu ir ao dela.
Toda a história de baby Cathy não poderia acabar de outra maneira em The Big C, a série que se especializou em fazer rir diante das mais trágicas circunstâncias. Por trás da piada existe, no entanto, a verdadeira dor escondida, mesmo que tenha sido difícil perceber tudo isso por trás dos detalhes bizarros desse funeral sem defunto.
Já seria muito excêntrico alguém comprar um caixão e enterrá-lo vazio depois de um aborto, mas afinal, cada um lida com a perda do jeito que acha melhor. O problema maior é que Rebecca transformou o aborto numa festa com sushi-bar e cabine para fotos. Eu sei que nos Estados Unidos a morte é tratada de forma diferente, mas até mesmo para os padrões americanos Rebecca estava além dos limites.
Lógico que foi justamente esse exagero que tornou tudo tão engraçado. Ainda dou risada ao lembrar das fotos de Sean e Rebecca unidas em programas de computador duvidosos, que juntam o rosto das pessoa e mostram como seria um filho delas.
Nesse momento, dou parabéns para uma dupla já muito amada, Mykail e Andrea que, sem possuírem muito filtro social, falam tudo o que pensam, doa a quem doer. É por isso que não quero que estraguem o casal tão cedo. Tudo bem que eles já estão por aí, fazendo estragos em estacionamentos, mas ainda acho que os roubos trarão problemas.
Paul é outro que não vai escapar. Imagino até que ele pode ir para a cadeia. Por enquanto, ele aproveita sua parte na ladroagem para comprar terrenos em cemitérios. Ainda não consegui entender bem porque Cathy quereria reservar espaço desde já, mas é isso aí. Quem quer um terreninho onde bata sol o dia todo tem de se precaver. Aliás, Cathy continua sendo ótima, seja no discurso sobre o efeito de sua sobrinha na vida das pessoas ou encurralando a vagabunda do rúgbi perto do bar.
De certo modo, gostei da volta do Sean tresloucado. Minha única pergunta é onde ele conseguiu fazer uma tatuagem “reciclada”, já que uma num estúdio seria contra seus princípios. Espero também que Rebecca não suma de vez. A personagem é tão imprevisível e pirada quanto Sean e pode render muitos momentos bizarros ainda.
Sobre Adam, nem sei o que dizer. Por mim, ele morreria de câncer e usaria desde já o caixão de baby Cathy. Vamos ver se a dobradinha com Parker Posey, a famigerada Poppy17, melhora um pouco as coisas.
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