quarta-feira, 22 de junho de 2011

United States Of Tara 3x12 (Series Finale): The Good Parts


O final que todos desejaram que nunca chegasse.

Quando vi a proposta de United States Of Tara pela primeira vez, lembro de ter ficado extremamente curiosa. Era um tema diferente que eu nunca tinha visto antes na TV e tinha Toni Colletti no papel principal, o que foi um grande atrativo.

Fiquei encantada com o primeiro episódio, com a primeira temporada e com a capacidade dessa atriz em captar e traduzir personalidades tão diferentes sem aparentar precisar do mínimo esforço. Foram três anos muito bons, cheios de non-sense e momentos inesquecíveis e por isso mesmo, eu não queria que a série acabasse justo agora. Por mim, United States Of Tara, poderia ir além. Material para explorar nunca foi problema para os roteiristas, que souberam levar muito bem a história, criando camadas de complexidade a cada episódio e nos guiando até aqui, quando somos obrigados a nos despedir de Tara, Buck, Alice e T, além de toda a família Gregson.

Foi um ótimo desfecho. Os medos de cliffhanger e pendências que jamais seriam resolvidas foram deixados para trás. Entregaram-nos uma série redondinha, mesmo que o futuro tenha ficado em aberto. Isso, aliás, não é um problema. Do jeito que as coisas terminaram, cada personagem ganhou seu final, mas ainda haveria possibilidades para continuar. Infelizmente, ficamos por aqui.

Uma das coisas de que mais gostei foi a resolução simples e objetiva para que Tara finalmente se livrasse de Bryce. Logo de cara, ela afoga seu alter pentelho e sádico numa sessão de tortura e se liberta de uma vez por todas. Era óbvio que somente Tara poderia dar fim àquilo. E era mais óbvio ainda que o melhor jeito era usar o veneno de Bryce contra ele. Do mesmo jeito que ele matou Chicken, Gimme e Shoshana (Shoshana, Shoshana... Pela última vez!), o modo de acabar com o domínio de Bryce seria matando-o. Sobreviveram apenas Buck, Alice e T, todos estropiados, mas ainda firmes, dentro da cabeça de Tara. Gosto de pensar que mesmo com o tratamento que ela fará em Boston, jamais irá se desligar desses três, que podem ter causado mil problemas, confusões e traumas familiares, mas são as partes boas, como bem lembrou Marshall e não devem desaparecer.

Foi bom ver Max liberando a frustração pela primeira vez. Pelas cenas de falso piti eu já esperava a explosão final e foi lindo de ver aquele pato pagando o pato, literalmente. Para mim, Max foi o grande destaque dessa Finale. Ele me fez rir e me assustou ao mento tempo, e quando o vizinho gay tem um ataque de proporções parecida em pleno jardim, foi ainda melhor.

Kate, que nunca entendi muito bem, pelo menos encontrou um rumo na vida. É uma pena que ela nunca mais sentará em bolos ou se fantasiará de deusas aladas. Marshall sempre foi meu queridinho, um dos personagens mais crescentes da série, que ganhou bastante profundidade emocional. A relação dele com a mãe, com seus amores, suas descobertas... Foi tudo muito interessante de acompanhar.

Charmaine conseguiu se redimir. Foi talvez a personagem mais criticada por suas ações imbecis e polêmicas e mesmo que ela ainda tenha aquele potencial para estragar tudo, me ganhou ao pedir Neil em casamento. Ele, por sua vez, me ganhou por dizer não e por depois dizer sim.

Apesar do lamento geral pelo cancelamento de United States Of Tara, não posso dizer que essa Series Finale não tenha me deixado feliz. Gostei muito do que fizeram com a produção até aqui e é bom ver que a série termina no auge, deixando lembranças agradáveis e aquela saudade que a gente só sente quando se lembra de coisa bacana.



P.S* Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana...

Comentários
10 Comentários

10 comentários:

W Silveira40 disse...

Vai fazer muita falta.
Ps: pq vc sempre diz "Shoshana, Shoshana, Shoshana..." quando se refere a Shoshana? rs

Leo disse...

quero maisssssssssssss naooooooooooooo ahhhhhhhhhhh

Raul Ribeiro disse...

Shoshana era meu alter preferido, ela me lembra minha tia hipponga! Idêntica!
Porrã, nem faria sentido USoT continuar... Por que senão haveria boatos de que a série terminou na peor.

E eu que comecei a ver isso há um ano achando que seria uma sitcom bem louca, ledo engano...

Paulo André Cardoso disse...

Nossa foi lindo esse episódio.... olhos marejados! 

Leonardo disse...

Uma coisa é certa, nunca mais teremos uma série como Tara! Fico triste por dizer adeus a essa série. Comecei a vê-la faz pouco tempo, fiz maratona, e isso faz com que o cancelamento seja mais doloroso pra mim.

@SoliTony disse...

O que mais me agradou no Series Finale é que realmente teve cara de Series Finale. Todo mundo teve, de certa forma, o seu final "feliz". Na verdade, não acho que tenha deixado algo a resolver, pq o final mostrou que a vida dos personagens não acaba ali, que sempre terá algo a resolver. Pra mim, a situação da Tara era incurável, então nada melhor do que encerrar a série com ela iniciando mais um tipo de tratamento, que no final não dará certo, como todos os outros.

A série tinha gás para outras temp, mas foi ótimo acompanhar Tara e seus alters até aqui. Fará falta... Muita falta.

Gustavo Monteiro disse...

Chorei com esse final, adeus Tara!

Junno Barbosa disse...

Eu também peguei sua mania... de repetir Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana.... é uma delicia... rsrs... esse seu p.s. eu li interio..rapidoo, devagar, cantandooo rsrs.... é muito bom huauhauha

Junno Barbosa disse...

Então... Camis, devo comentar esse post, porque a pouco menos de uma semana, United States of Tara era apenas uma série que eu esbarrava por aí às vezes na net... lia alguma sinopse ou review e pensava... deve ser legal....um dia talvez eu veja. Quando a série foi cancelada precocemente, eu me surpreendi, também pelo fato de ver tanta gente lamentar o acontecido... me  lembro de ter lido uma review sua até e então mais uma vez pensei, deve ser legal, interessante, uma hora vou ver. 

até que no dia que vc postou essa review da series finale, eu entrei no blog comecei a lê-la como faço de vez enquanto com textos seus de séries que eu não vejo nem almejo ver simplesmente porque seus textos são massa mesmo assim..mesmo sem entender o contexto...eu me divirto rsrs daí li os primeiro 2 parágrafos e meio, então parei e sei lá... foi muito convidativo o que você escreveu fiquei com muita vontade de ver na hora..e então devorei a série... degustei cada episódio aproveitando o feriadão... e a cada um eu me perguntava porque demorei tanto a me render a UST... vi e lia sua review, foi um experiencia interessante tbm fazer uma maratona de reviews e ir vendo vc tbm se apaixonar pela série...no fim, em menos de 48 horas eu já estava na terceira temporada, ja com uma sensação nostálgica de saber q tava acabando, fui desacelerando e terminei agora.

E o que tenho a dizer sobre UST é que a série é apaixonante, envolvente, acho que de séries familiares... rsrs só perde pra SFU, (pra mim). A família de Tara poderia ser qualquer uma, sabe... cada um com seus problemas..suas descobertas, frustrações, caminhos, bizarrices..que família não passa por tudo isso... me identifiquei com cada trama sabe.. a busca de identidade de Marshall, os devaneios profissionais e sociais de Kate, as frustrações da sempre preterida Charm, Neil e seu não enquadramento num modelo de homem que desperte interesse, mas ao mesmo tempo sendo fofo e sim despertando interesse, em Max e toda sua paciência adquirida em anos de experiencia de convivência com as loucuras da esposa, e depois descobrimos também da mãe (menção mega honrosa para Frances, só por matar nossa saudade dela, UST ja valeria a pena) sempre tentando achar uma forma de não pirar, de achar uma solução pra seguir em frente no meio daquele caos e também me identifiquei com Tara e todos os seus ALter's... quantas vezes na vida não quisemos ser outras pessoas, pra não ter que enfrentar uma realidade desgradável? Pois Tara levou isso ao extremo... e eu me apaixonei por cada um de suas facetas. De Buck a Alice, de Gimme a T, passando por Chiquen e pela inesquecial Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, Shoshana, ...

Apesar de estar com uma dorzinha no coração por ter que me despedir tão prematuramente de Tara, eu gostei muito do episódio final e das possibilidades abertas por ele... gosto de finais assim onde vimos que as coisas se resolvem mas não acabam, pq a vida é assim... segue, prossegue.. nem mesmo coma morte termina para aqueles que assim o creêm...
 bjs @ Junno_

Junno Barbosa disse...

Ps. como sempre quando me empolgo...escrevi um livro... rsrs ..e o pior que eu mesmo não tenho paciência pra ler comentários enormes... uhauhauhuahuha... ok eu me perdoo . kkk