Pois é Sookita. Também fiz essa cara quando descobri que Bill traiu o movimento Punk.
Dois episódios de True Blood na mesma semana e temos mesmo que agradecer ao Tio Sam. Não fosse pelo feriado de quatro de Julho, teríamos de esperar mais uns dias, mas parece que a sorte está do nosso lado. Será?
Apesar dos pesares eu ainda considero True Blood uma coisa boa. Tem lá seus muitos defeitos, mas a gente gosta do mesmo jeito. Eu reclamo, mas gosto. Fazer o quê? A boa notícia é que esse episódio nos poupou daquelas sequências ridículas dentro do Lustre do Castelo Rá-Tim-Bum e de forma mais lúcida nos mostrou os verdadeiros rumos da temporada.
Aqueles efeitos toscos destruíram minha boa vontade com a Premiere e como dessa vez começamos com uma cena sensualíssima de Jason ganhando um banho de língua, acho que fiquei mais animada. Como não ficar feliz diante da audácia de colocarem o garanhão da série sendo lambido por um moleque imundo do núcleo das Panteras Cor-de-rosa?
A partir disso eu já sabia que meu estômago seria testado ao longo do episódio e me preparei para agüentar o tranco. Mesmo assim, ainda fiquei enojada ao ver Jason, mais uma vez servindo de caixa de areia para os gatos pretos gigantes e mais: prestes a se transformar em Juma Marruá durante um ‘três é par’. Não gosto da ideia de Jason Marruá. O personagem sempre funcionou melhor sendo o anti-herói sem poderes, mas enfim, é só minha opinião.
No entanto, o que chocou a sociedade roqueira dos anos 80 foi o fato de que Mr. Bill Compton, o novo Rei da Louisiana, TRAIU O MOVIMENTO PUNK. E a troco de quê, eu lhes pergunto? Para virar político, corrupto e ladrão? Se Dado Dolabella ficar sabendo desse desaforo, Bill estará encrencado.
No meio de todas aquelas cenas sui generis no Pub Punk, True Blood escondeu o grande tema da temporada e da série, por assim dizer. A politicagem que envolve humanos e vampiros é latente desde o inicio da série e mesmo que às vezes a gente não perceba, estamos sempre rodeando o assunto. A única coisa que ainda não conseguimos decifrar é quem, afinal, são os mocinhos dessa história, porque nessa guerra de poder entre os vampiros, fica difícil julgar as intenções.
Outro exemplo disso está naqueles protestos constantes em frente ao Fangtasia, diante dos olhares de desprezo de Pam, a grande musa da temporada. Estamos vivendo numa Era pós Rei Ronaldo Ésper e o ódio entre humanos e vampiros nunca foi tão alimentado.
Só que agora temos uma novidade que pode mudar tudo isso e devemos agradecer unicamente ao núcleo de Hogwarts. Não fosse pela Tia Petúnia querer ressuscitar a periquita Minerva (olha só quantas referências a Harry Potter!), não saberíamos que as bruxas e bruxos (que são as bruxas com pipi) podem controlar os mortos e conseqüentemente, os vampiros. Só acho sacanagem esse preconceito todo com o Lafayette, dizendo que o que ele faz é magia negra. Isso não se diz. O correto é magia afro-descendente.
E justamente por causa dessa magia afro-descendente Eric - que acha que comprou a casa da Sookita com tudo dentro, mas não consegue permissão para brincar no playground - teve sua memória deletada e se tornou o novo membro da Família Restart. Fiquei completamente fula com a destruição daquela personalidade maravilhosa, se bem que o Eric Restart acha que precisa andar sem camisa para demonstrar que perdeu a memória, então, acho que já saímos ganhando.
Além do mais, sem aquela atitude toda, Sookita pode se compadecer e deixá-lo entrar no play para brincar de balanço ou escorregador, mas eu tenho poucas esperanças, porque Alcidão está para voltar e a pegação vai rolar com ele daqui para frente.
Também não podemos esquecer que o núcleo Secretariat continua treinando firme para o Campeonato Mundial de Corrida de Cavalos e que Sam já está quase traçando Luna, a eguinha pocotó, que matou a mãe durante o parto. Falando nisso, a coisa é até interessante e nos entrega de bandeja um fato futuro da temporada. Quando Luna afirma que para se transformar em outros humanos um shapeshifter precisa matar um membro de sua família ficou óbvio que Sam matará Tommy em algum momento. Ficarei surpresa se isso não acontecer.
Outro que promete matar muito ainda é o pequeno Dexter, que não é apenas matador de Barbies, mas também o filho do demônio. Lembrei dessa informação valiosa dada na temporada anterior e agora que ele explode veias de Arlene com olhares doces e pueris, podem esperar que a coisa vai piorar muito.
Jessica e Hoyt meio que ficaram parados no mesmo lugar, mas com essa crise no relacionamento, não sei quanto tempo mais o casamento dura. Ele quer uma esposa, ela quer liberar os instintos de vampira jovem que sensualiza na pista do Fangtasia. Acho que Hoyt vai sair perdendo.
Tara (da), que mudou o nome para Tony, achando que pegaria mais mulher com apelido másculo, não serviu para nada no episódio. De alguma forma, estou sempre esperando que ela tenha alguma função, mas até aqui, ela poderia nem existir em True Blood. Não faria a menor diferença.
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