segunda-feira, 6 de junho de 2011

Parks and Recreation: Seasons 2 and 3



Foi fácil assistir duas temporadas em três dias. Difícil é esperar por mais.

Quando uma comédia te fisga, não tem jeito. Se for numa maratona, a probabilidade de você não sossegar até chegar ao final é muito grande e foi exatamente assim que vi duas temporadas de Parks and Recreation. Eu pretendi escrever um texto para cada uma, mas quem disse que eu fui capaz de parar cinco minutos para escrever antes de ver mais um episódio? Não fui, confesso.

Devorei os quarenta episódios, simplesmente. A série tem tudo a ver comigo e como eu previ após assistir a 1ª temporada, todos os elementos que me chamaram a atenção se desenvolveram. O serviço público é mesmo um caldeirão de piadas prontas e situações bizarras. O mais engraçado é que vendo a série você começa a notar que por mais absurdas que aquelas situações possam parecer, elas cabem muitas vezes na vida real.

Começou timidamente, mas conforme a comédia foi se desenrolando e ganhando novas motivações além do BURACO, a coisa ganhou um gás impressionante. Não é só o desenvolvimento da história como um todo (o que é muito bom também). Quando menos se espera já existe uma conexão bizarra entre você e os personagens e aí, você já fica esperando determinadas piadas que sempre funcionam ou tentando prever as reações de cada um. Sou fã dos olhares para as câmeras, revelando aquele clima de bastidor que somado aos depoimentos sempre inteligentes e apropriados, dão excelente ritmo à Parks and Recreation.

A 2ª temporada tem bons momentos. Adoro a participação boçal de Louie C.K como o policial com quem Leslie namora. Mais ainda, amo a participação de Fred Armisen no episódio genial ‘Sister City’, em que Parks and Recreation alopra Hugo Chávez de forma fenomenal.

No entanto, minha favorita mesmo é a 3ª temporada, afiadíssima e feita para que gargalhemos em alto e bom som. Fiquei frustrada com apenas 16 episódios e gostaria de ter visto muito, muito mais. Ao dizer isso eu pretendo diminuir as qualidades da temporada anterior. Ela é ótima, especialmente na metade final, mas não é perfeita como o que vêm depois.

Com a entrada de Adam Scott e Rob Lowe para o elenco, a série ganhou muito. Os dois tiveram conexão imediata com os demais personagens e se encaixaram muito bem na loucura que é Pawnee e o Departamento de Parques. As loucuras de Chris Traeger são além da imaginação e dão vontade de comer linhaça e correr pelo menos 15 km para perder as calorias ganhas com o episódio. Benjamin não ganha tanto material em termos de texto, mas ele é tão loser e tão deslocado no mundo que eu gosto dele.

Aliás, vale lembrar que Donna (Retta) e Jerry (Jim O’Heir) mesmo aparecendo menos que os demais, são excelentes. Adoro ver Jerry sofrendo bullying diário do pessoal e Donna sensualizando com sua Mercedez Benz ou dando dicas de “como segurar seu homem”. Leslie é ótima e dispensa comentários, mas mesmo assim, é preciso louvar uma mulher que casa pingüins gays e mostra a bunda na TV sem fazer esforço. Não consigo parar de rir das imbecilidades de Tom no Snakehole, empurrando snakejuice na galera e muito menos de Andy e April, roubando papel higiênico na balada e casando de última hora. A única que não me importa muito é Ann, mas não sou capaz de falar mal da personagem.



No entanto existe alguém que supera tudo. Ron Swanson é aquele que sempre me surpreende e por isso merece um troféu de “Mais cretino entre os cretinos”. Esse homem sorri quando ninguém imagina e chora quando você menos espera. Ron é meu ídolo e quando eu crescer quero fazer ainda menos do que ele e deixá-lo orgulhoso. Sigo à risca os mandamentos da Pirâmide de Grandiosidade Swanson (exceto pelo lance do cabelo facial, não fico bem de bigode). Não aguento ver a relação dele com Tammy, perdendo tufos do cultivado e precioso bigode por causa da fricção, fazendo rastafári ou ficando sem sobrancelhas ao acender o Fogo Eterno em homenagem a Li’l Sebastian, o mini-cavalo (NÃO OUSEM CHAMÁ-LO DE PÔNEI) mais especial do mundo.

Falando no nosso astro, não tem como não amar a Season Finale da temporada, que é um dos roteiros mais calhordas já escritos no mundo das comédias, se bem que os textos de Parks and Recreation são um verdadeiro desafio de superação nesse quesito.

Infelizmente, agora que acabei com a série toda, sou obrigada a me juntar à massa de fãs e esperar por mais. Se você aí está lendo esse texto e ainda não viu essas temporadas de Parks and Recreation, deveria fazer como eu e começar o mais rápido possível. Depois da primeira temporada (que continuo afirmando, é mediana, mas não ruim) a comédia decola e só fica melhor a cada vez. Vale a pena começar agora, mesmo que depois tudo você fique como eu, resmungando por não a 4ª temporada para ontem.

Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Paulo André Cardoso disse...

camis obrigaduuuuu!!! Só o que faltava no seu blog era Parks! 

Sérgio Marcon disse...

Essa ultima temporada de Parks and Rec, fez a série pular para primeiro lugar no meu top 3 de comédias. 

Eu quero a Tammy aparecendo mais na proxima temporada, ela e o Ron sempre rendem os melhores episódios. Eles são casados na vida real...

Ainda bem que decidiu assistir!

Obs: já conseguiu dar uma olhada em After Lately?

NaTHY disse...

agora vc tem que fazer maratona de HIMYM :)

mdreamer disse...

Agora me fala se o próximo Emmy não TEM QUE ser da Amy Poehler?! Pior que a probabilidade de ela ganhar não é das maiores..Ainda mais concorrendo com as protagonistas de dramédia do Showtime..

Fico feliz que você tenha gostado Parks, merece muito esse espaço aqui.

Alex disse...

Li’l Sebastian é  SHOW!!!!  Preciso arrumar uma camisa desse mini-cavalo

Diego disse...

Camiss, ri litros com essa review... Obrigado por me convencer a assistir....
Vc é FODA....