sexta-feira, 24 de junho de 2011

Combat Hospital 1x01: Welcome to Kandahar


Depois da selva amazônica, nada como um hospital no Afeganistão.

Sempre em busca do “novo Grey’s Anatomy”, a ABC aposta com insistência em séries médicas. Ou quase isso. Não sou capaz de dizer que Off The Map (a melhor série da CW fora da CW) tenha sido algo para se levar a sério e enquanto eu não assistir pelo menos uns quatro ou cinco episódios de Combat Hospital, não darei meu veredicto final.

A produção parece um pouco mais acertada e mais pé no chão, por assim dizer, mas honestamente, a ideia de Combat Hospital é basicamente a mesma de Off The Map. Ambas as séries querem mostrar o trabalho de médicos em situações extremas e com escassez de recursos, por isso, fica aquele receio depois do fiasco da predecessora.

A história de Combat Hospital se passa em 2006, em Kandahar, no sul do Afeganistão, tomando lugar na única unidade cirúrgico-hospitalar daquela região, a Role 3. Todo o espaço que vemos em cena foi construído com base no verdadeiro Role 3 e é descrito pela emissora como “recriação meticulosa” do hospital, campo de pouso e decolagem de aviões e helicópteros, rampa de acesso e dormitórios, que serviram de abrigo para mais de 15 mil militares e profissionais civis.

Nesse caso, vamos ter que acreditar na palavra da ABC, pois acredito que nenhum de nós foi passear num hospital de guerra no sul do Afeganistão em 2006 e isso já é um ponto a favor. No caso de Off The Map, o fator ridículo saltava a nossos olhos diante de cada bobagem e ideia preconceituosa sobre a vida, o ambiente e as pessoas que vivem na América do Sul.

A Season Premiere de Combat Hospital não foge muito à regra das séries médicas, que sempre começam com gente nova chegando para fazer parte da equipe e quebrar a cara diante dos primeiros desafios. Assim, conhecemos a Major Rebecca Gordon (Michelle Borth), cirurgiã competente e louca para impressionar, ao mesmo tempo em que sofre com a possibilidade de estar grávida, podendo ser dispensada do serviço imediatamente.

Logo em sua chegada, Rebecca encontra o Capitão Bobby Trang (Terry Chen), que precisa superar seus medos e limitações psicológicas para se transformar no líder da equipe de Trauma. O único médico não militar é Simon Hill (Luke Mably), neurocirurgião britânico e metido a engraçadinho nas horas vagas.

Há ainda a psiquiatra australiana, Major Grace Pederson (Deborah Kara Unger) e o chefe da unidade, o medico canadense Xavier Marks (Elias Koteas), que faz as vezes de professor e guia dos novos membros da equipe, que ainda estão se acostumando a enfrentar cobras na sala de operações e salvar a vida de integrantes da alta cúpula do Talibã.

O episódio piloto tenta impor ao espectador um clima de tensão e de exaustão. Não sei se, de fato, conseguiram fazer isso com sucesso e com toda a força necessária. Apesar de eu não ter achado a Premiere ruim, não consegui me conectar com nenhum personagem por enquanto e acredito mesmo que seja necessário ver um pouco mais da série para decidir.

Sem dúvida, a ABC fez uma tentativa arriscada com Combat Hospital, mesmo que o tema pareça oportuno (ou oportunista) para fisgar o público americano nesses tempos pós morte de Osama Bin Laden.

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