Novos desafios e as múltiplas personalidades de sempre.
United States Of Tara voltou e a impressão que dá é a de que a temporada anterior acabou ontem. É só impressão. O tempo passou. Charmaine está de barrigão (muito falso, aliás) e Tara continua sem controlar a situação, que nunca para de ficar mais e mais complexa.
Foram tantas revelações para Tara e Charmaine que é difícil colocar tudo em perspectiva. Ainda não conseguimos entender como os traumas de infância afetaram a vida de Tara e o mais interessante é que ela está na mesma situação em que nós estamos nessa história.
O que fica aparente é que ela não quer ficar na zona confortável. Tara quer ir à origem da questão e resolver pendências do passado, como terminar a faculdade, por exemplo. Porém, o que nós aprendemos bem ao longo da série é que cada escolha de Tara traz efeitos para sua vida e isso já começou novamente.
A cena final, em que ela “tenta suicídio” mais uma vez está aí para provar. Chegamos a um ponto em que muitas vezes é impossível dizer o que é real e o que é nossa observação xereta da mente de Tara. Esse, afinal, é o aspecto mais interessante que se apresenta para a temporada e talvez nós sejamos capazes de entender por que Buck, T., Alice e Shoshana (Shoshana, Shoshana, Shoshana...) precisam existir. Talvez eles não sejam intrusos. Talvez eles sejam a rede de proteção, que evita que Tara caia num abismo. Vamos ver.
Outros assuntos também prometem tornar a temporada mais interessante. A começar pela continua adaptação de Marshall em sua homossexualidade. Agora que ele se descobriu e não esconde mais quem é, o difícil é lidar com o namorado, ou qualquer que seja a palavra que os defina.
Já Charmaine... Precisa de uma boa surra. Neil pode ser o avesso do que um “príncipe encantado” deve ser, mas Charmaine não merece nem metade da atenção que recebe dele, que é uma pessoa milhões de vezes melhor do que ela jamais será. Fico com raiva ao vê-la humilhar o coitado o tempo todo.
Kate, para mim, continua sendo tão aleatória que chega a ser incompreensível. As tramas dela nunca fazem sentido de verdade. Max continua a ser uma rocha, firme haja o que o houver, mesmo que não saibamos até quando ele poderá agüentar.