sábado, 19 de março de 2011

Skins 5x08 (Season Finale): Everyone


“Nós somos uma bagunça. Nós somos fracassados. E adoramos”! (Glockenspiel Song-Dog is Dead)

Uma salva de palmas para a temporada que nos devolveu o verdadeiro espírito de Skins.

Dizem que tudo o que é bom dura pouco e é essa a exata sensação que eu tenho agora que chegamos ao final dessa temporada. Chega a ser estranho. Ano passado eu estava tão insatisfeita com a série que prometi a mim mesma não chegar mais perto de nenhum episódio. Para minha própria sorte, sou teimosa e insistente. Resolvi assistir apenas à Season Premiere, mas não pude parar por ali. O episódio mostrou que as coisas estavam diferentes e que havia potencial para desenvolver.

Foi assim que eu continuei, semana após semana, esperando ansiosa pelo que vinha em seguida, até agora. Não consigo descrever essa temporada com outra palavra senão excelente, em todos os sentidos. Roteiro, atuação, construção dos personagens. Tudo muito bom e mais “pé no chão”, sem deixar que a série perdesse seu estilo de sempre.

Aliás, arrisco a dizer que essa geração recuperou o estilo de Skins. Sei que há fãs das duas temporadas anteriores, mas para mim, elas são apenas desastrosas e completamente fora da realidade. Uma espécie de “Malhação Psicótica”, como gosto de chamar. Mas por favor, se você é fã de Cook, Fred e Cia, não se ofenda, afinal, todos temos opiniões diferentes sobre as coisas e do mesmo jeito que achei ruim, outras pessoas tem todo o direito de gostar.

Ainda fazendo comparações, preciso declarar que essa é, oficialmente, minha temporada preferida da série. Eu sempre vou amar a 1ª geração, não me entendam mal. Tony, Sid, Cassie (Oh, UAU) são inesquecíveis, mas de forma geral, quando coloco diversos fatores na balança, vejo que me envolvi bem mais com a história dessa vez e isso é algo inestimável.

O pequeno trecho que abre esse texto- e foi retirado do refrão da música que toca na cena final- é um resumo perfeito para Skins. Todos os personagens da temporada são uma bagunça emocional completa. Suas vidas estão fracassando de alguma forma e ainda assim, eles seguem em frente, se divertindo, fazendo loucuras, apoiando uns aos outros. É engraçado ver como trabalham bem os roteiristas ingleses. Pensem que oito semanas atrás essas pessoas não se conheciam (e nós não as conhecíamos). Em dois meses é como se soubéssemos quem cada um deles é em profundidade e a quantidade de coisas que aconteceram impressiona.

É fato que Skins evoluiu bastante nesse curto espaço de tempo e vimos o reflexo disso nessa Season Finale. Todos os dramas tiveram seu desfecho ali, interligados. O (não) casamento de Grace e Rich foi quase uma aventura no estilo Sessão da Tarde. Começou com Mr. David (FUCKING) Blood, bugando, digo, grampeando a própria filha. Digno de comédia romântica, assim como todo o trajeto até a igreja, o corte de cabelo de Rich (que ele deve manter, por favor) e o final na festa. Grace finalmente assumiu quem realmente é. Tomou as rédeas de sua vida e não vai mais ficar à mercê da boa opinião da família.

Importante notar o quanto Nick e Alo funcionaram bem como alívio cômico. As cenas deles balancearam muito bem o problema maior do episódio, que envolveu quatro personagens e não acaba por aqui. Todas essas questões devem ser retomadas no próximo ano, porque as descobertas apenas começaram.

Mini, por exemplo, ainda vai ter que aprender a lidar melhor com sua própria sexualidade. Engraçado é que no começo – aposto – muita gente achou que Franky seria uma lésbica potencial. No final das contas, Mini é quem estava tentando mudar quem ela realmente é. O problema aqui é que Franky, apesar da óbvia preferência por Matty, ainda não se definiu e nem penso que se definirá. Ela é o que é e está ótimo exatamente assim. Liv acabou se mostrando aberta a experiências. Ela sabe do que gosta, é claro, mas está disposta a abrir exceções se a situação pedir. Não sei se isso é bom ou ruim, mas pelo menos ela, em algum momento, percebeu que tentar dominar as coisas desse modo não seria nada bom para si mesma.

Aqui, farei uma pequena ressalva. Senti falta de um episódio só de Matty. Ele foi o personagem que menos apareceu e desde o inicio se mostrou muito complexo. Acho que até para manter essa “aura” de mistério, os produtores optaram por não dedicar 45 minutos a ele, mas ainda acho que foi uma perda para nós.

No mais, não há criticas a fazer e não preciso mais repetir meus elogios. No entanto, para quem desistiu de Skins ou ainda não se permitiu conhecer a série, a dica é válida: a 5ª temporada será um fantástico (re) começo. Por enquanto é só, mas estejam mais do que certos, nos encontramos para falar novamente de Skins no próximo ano. Difícil é esperar até lá.



P.S¹ O que foi a trilha sonora dessa temporada? Sensacional.

P.S² Não poderia me furtar em comentar a fantástica piada com Justin Bieber, que já invadiu até a boa e velha Inglaterra. Toda série de tema adolescente faz isso e Skins não deixou por menos. Piada repetitiva? Pode ser. Mas continua tendo graça.

Comentários
7 Comentários

7 comentários:

jorge! disse...

eu amei a primeira geração e nunca vou me esquecer da Cassie, mas realmente me envolvi mto mais com essa geração de skins. tudo mundo bom! a trilha sonora, o desenvolvimento dos personagens, o roteiro... TUDO!

Gustavo disse...

Ótima review, Camis, parabéns e obrigado pelo maravilhoso trabalho ^-^

Quando o Nick chama Rich de Justin Bieber vim notar que começa a tocar Somebody to Love no fundo, nunca tinha ouvido antes sem ser a versão de Glee, que ficou infinitamente melhor. Gentém, que voz fofa a da Justine, hein? Lol. Realmente a piada não perde a graça rs

Gostei muito do fim, e devo dizer que essa geração é a minha preferida. Gostei muito do desenvolvimento de tudo, e essas histórias são bem mais reais do que as antigas gerações. Claro que todas elas tinham problemas típicos de adolescentes, mas alguém REALMENTE vivia daquele jeito? Com drogas e sexo 24h por dia 7 dias por semana?

Essa foi bem mais pé no chão, e por isso gostei mesmo

Na primeira geração gostei muito de Maxxie e Cassie, detestava a Michelle, mas hoje sinto saudades de todos. Na segunda geração comecei gostando de todo mundo, mas tudo foi ficando sem noção, muito viajado e com exageros ridículos, no fim só suportava a Emily e o JJ, e olhe lá

Nessa gosto de todos, consigo me identificar com cada um. As dúvidas da Franky, o jeito corajoso de ser quem é do Rich, mesmo que isso afaste ele das pessoas, a insegurança da Mini, a vontade de agradar o pai do Nick, o jeito passivo com relação à família do Alo e principalmente, o jeito de agir da Grace, atuando e se adaptando às situações, foram tramas que envolveram demais e conseguiram trazer realidade pra série, porque é impossível que pelo menos UM desses personagens não lembre um pouquinho de você mesmo, né?

Matty continua misterioso, e pra mim isso é muito chato, talvez por achar que ele atrapalha Mini-Franky, e quero as duas juntas, porque acho que é bem mais produtivo e vai fazê-las evoluir mais. Quem sabe, quando eu conhecer mais o Matty, eu não goste?

Só não tenho um pingo de simpatia ainda pela Liv, se ela explodir de repente não dou a mínima...

Enfim, a temporada foi ótima, mal posso esperar a próxima, o que é triste, se pensarmos que precisamos esperar tanto x-x

Anônimo disse...

ainda considero a primeira geração a melhor, mas a terceira realmente conseguiu trazer o que há de bom em skins, trouxe a essência da série, reviveu as sensações desse passado que parecia tão distante depois da turminha da effy que, na minha opinião, foi um fiasco (infelizmente! já que eles poderiam ter dado um caminho muito diferente pra segunda geração, pois tratava-se de um elenco bacana, com potencial pra trazer nossas emoções à flor da pele). então, pra mim, foi um desafio começar a assistir a quinta temporada. eu me recusei até o último minuto, por medo de voltar a me decepcionar, como aconteceu antes, mas por sorte, esta temporada me surpreendeu e valeu tanto a pena que o término até me dói agora, haha.
ótimo post!

Unknown disse...

Também adorei essa temporada inteirinha. Asvezes ficava meio assim ao saber que era o foco do episódio, porque depois do primeiro, por mim a série poderia ser sobre a Frankie, mas fui aos poucos gostando de cada um.

Obrigada Camis, por me convencer na review do primeiro episódio.

A OST a quem interessar:
http://marckwirechronicles.blogspot.com/2011/03/skins-series-5-ost-track-list.html

Léo disse...

Sabe o que eu mais odeio em séries Britanicas, elas sacaneiam com os fãs. São poucos episódios, mas episódios tão bons que qualquer impressão diferente do excelente não é cabível, e essa qualidade faz com que os fãns fiquem com aquele gostinho de quero mais, sendo torturados por logos intermináveis meses, esperando a próxima temporada. E com Skins não é diferente.
Já arrisco dizer que essa geração ganhou minha preferência, foi dificil escolher entre essa e a primeira geração (Oh, uau) - pra mim a segunda geração é vergonhosa -, mas essa foi tão completa e bem trabalhada, me identifiquei com todos os personagens, exceto como o Matty.
Destaque para a Mini que era a personagem mais caricaturizada da série, mas subiu muito no meu conceito com toda essa descoberta dela. A Grace é sem comentários, desde da geration premiere que ela é minha personagem preferida. Aprendi a gostar do Alo e do Nick no decorrer dos episódios, o Alo é uma figura, e o Nick estava sensacionalmente hilário nesse episódio, acho que os roteristas devem inverstir nessa amizade dos dois, foi muito legal. A Liv, eu tenho pena dela, coitada, mas mesmo assim ela não se entrega. A Franky é ótima!

Camila Antonioli disse...

Essa geração foi demais! O season finale foi sensacional! É realmente incrível como os roteiristas ingleses conseguem nos fazer gostar e se envolver na história dos personagens em tão pouco tempo.

Putz...agora só em 2012. Se o mundo acabar antes da próxima temporada de Skins eu vou ficar puta.

Laura disse...

Comecei a assistir Skins agora. Me diverti demais com a primeira geração. Depois de assistir a segunda, quase desisti, mas, por teimosia, fui lá ver. AMEEEEEI a terceira geração!