Se eu não lembro, eu não fiz e se eu não fiz, não sei do que você está falando. Entendeu como funciona, Brooke?
Loucuras, bebedeiras e muita memória fraca para esquecer que a dignidade foi embora, foram os recheios desse retorno de One Tree Hill, que, para mim, vem fazendo uma oitava temporada excelente e muito rica em detalhes.
É lógico que se você, como eu, chegou até aqui, oito anos depois, é porque é fã da série e adora o estilo Mark Schwahn de fazer TV. Por isso mesmo, adorei esse episódio que é sim, filler, mas que foi delicioso de assistir, numa versão menininha de “Se Beber, Não Case” (The Hangover), filme do qual ele obviamente copiou todo o enredo e fez suas adaptações para o universo de One Tree Hill.
Como não poderia deixar de ser, as mulheres comandaram o episódio, com poucas aparições de Nathan e Julian, além do professor August Kellerman, para quebrar um pouco a rotina e para servir de escada para os grandes acontecimentos dessa noite para ficar na história. Quer dizer, isso se alguém realmente conseguir religar os neurônios depois de tanto sangue no álcool. E eu quis dizer exatamente isso.
Infelizmente, Haley está grávida e perdemos de vê-la dando vexames homéricos, coisa que sempre acontece quando ela bebe demais. Mas como precisávamos de alguém sóbrio na história sobrou para ela, que se tornou a dama de honra de Brooke com muito mérito. É claro, que, não vou negar, acho muito bizarro não termos Peyton no casamento da melhor amiga e esse assunto não poderia escapar de ser abordado.
Não tenho o costume de ler spoilers e coisas assim, então, se o episódio do casamento tiver a presença de Hilarie Burton ficarei completamente surpresa. Essa desculpa do filho doente não cola, especialmente para quem acompanha a série e sabe como era a relação entre Brooke e Peyton.
Falando em amizades, não sei exatamente onde vai dar essa entre Alex e Quinn, mas é uma coisa nova e um rumo interessante para Alex, principalmente, que está à deriva na trama. Não posso deixar de elogiar a atuação de Shantel VanSanten, que não deixa as pequenas características de Quinn passarem despercebidas. Ela deu show dançando como um bonecão do posto e interagindo com Dogust, o cachorro skatista.
Impossível não gostar de cada pedacinho dessa despedida de solteira, que só pode ser reconstituída por meio de fotos muito comprometedoras e recibos do tatuador. Graças a essas pequenas coisas, a noite com Dave Navarro não é apenas fruto da imaginação, Boots jamais será esquecida e a glória de Sylvia, como a maior comedora de asinhas da cidade ficará para sempre nas paredes do bar.
Mas é claro que também tivemos nossa dose de drama. As brigas entre Brooke e Sylvia não poderiam ficar de lado e as acusações logo apareceram. Para compensar tudo isso, a igreja perfeitamente decorada transforma a sogra do mal em amiga potencial para Brooke, o que, convenhamos, é muito mais do que ela pode dizer sobre a própria mãe.