sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Hot in Cleveland: Season 1


O falatório é tanto que eu não podia deixar de conferir a despretensiosa Hot in Cleveland.

Ok. Eu confesso. Não botava a menor fé em Hot in Cleveland. Geralmente eu abomino esse tipo de sitcom, mas diante dos elogios efusivos por toda a blogosfera, twitter e afins, lá fui eu, assistir aos 10 episódios dessa primeira temporada. O resultado, é que acabei gostando.

Não foi amor à primeira vista. Nem à segunda. Muito menos à terceira. Nessa brincadeira, já deixei claro que não aproveitei quase 25% da série, mas começos são assim, fracos, forçados e sem muita graça, no caso das comédias.

Porém, havia algo (ou alguém), que sempre fazia valer o episódio, mesmo que no finalzinho. O nome da responsável pelas melhores tiradas é a diva Betty White, a Dercy Gonçalves dos States, salvo pela quantidade de palavrões e impropérios e pela falta de histórico em mostrar muchibas em rede nacional.

Como Elka, Betty é a alma de Hot in Cleveland. Na verdade, eu poderia assisti-la por horas a fio, fazendo piadas sobre senilidade, maconha, sexo e afins. É simplesmente genial. A atriz é tão carismática e tem aquele rostinho de vovó, que qualquer fala mais apimentada soa como uma gigantesca piada. Não quero desmerecer as demais idosas (ops, mulheres) do elenco, mas é isso aí. Para mim, elas não passam de escada para Betty White e eu salvaria muito poucos diálogos de Melanie (Valerie Bertinelli), Joy (Jane Leeves) e Victoria (Wendie Malick). Admito, ao observar o todo, elas tem seu valor. Afinal, com quem Elka iria implicar?

A trama, para quem ainda não conhece, é simples. Três amigas já com na casa do “enta” (não é possível definir com precisão entre 40 e 50) sofrem um acidente de avião e em vez de chegar à Paris, aterrissam em Cleveland, onde, estranhamente, há homens em abundância, fontes da juventude e árvores de dinheiro. Ou seja, o negócio é alugar logo uma casa e ficar ali mesmo, desfrutando das maravilhas locais. De brinde, elas ganham Elka, a caseira com mais 80 anos, que embarca com elas nessa busca pelo homem perfeito.

Com um tema desses, você já pode imaginar o nível do roteiro, que brinca o tempo todo com as diferenças de geração e produz lindas pérolas, como aquela em que Elka se mostra fã de Justin Bieber, mas jura que não sei deixa enganar pela mídia, que tenta convencer o mundo de aquilo não é uma menina. Honestamente, esse diálogo, proferido para Joe Jonas (sim, aquele do Jonas Brothers, mas quem se importa?) é algo sublime e vale a temporada.

Já no final, as quatro mulheres estão muito mais afiadas e encontram o timing de comédia, perdido entre as centenas de cremes para rugas e tudo melhora. E melhora muito, chegando ao ponto de arrancar de mim um “bom” na classificação.

Sem dúvida, vale a pena conferir esse hit da Summer Season. Senão pela comédia, para ver Betty White, a última Golden Girl. Se não por Betty White, para ver Justin Bieber ser zoado. Com essa última, aposto que te convenci de uma vez por todas.



Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Lenon disse...

Eu me diverti demais com Hot in Cleveland. Tb naum dava nada pela série, mas quando assisti o primeiro episódio viciei.

E a melhor com certeza é a Elka. Ela consegue fazer piada com tudo e sempre zoa das outras...

Lenon disse...

Eu me diverti demais com Hot in Cleveland. Tb naum dava nada pela série, mas quando assisti o primeiro episódio viciei.

E a melhor com certeza é a Elka. Ela consegue fazer piada com tudo e sempre zoa das outras...