terça-feira, 6 de julho de 2010

Huge 1x02: Letters Home

Huge não é guilty pleasure.

Até agora não entendi o porquê de tanta gente definir Huge assim: guilty pleasure. Definitivamente está não é uma série ‘vergonha alheia’. Não é tosca, não é mal feita, não tem beijo gay nem participação da Lady Gaga, então, pelo menos para mim, essa alcunha não faz o menor sentido.

Huge é mais drama que comédia.Mas como botaram um monte de gordos num acampamento as pessoas acham que deve ter alguma piada escondida aí. Se algum de vocês está esperando por isso, sinto desapontar. O roteiro não vai seguir essa linha.

Aliás, isso fica bem claro no segundo episódio. Tão bem produzido quanto o primeiro, de maneira simples, mas bem amarrada. Huge é uma série sobre auto-estima e aceitação, sobre saúde, acima de tudo e no meio disso, temos romance e todos os problemas recorrentes na vida de adolescentes acima (muito acima) do peso.

Dessa vez, por exemplo, tivemos novos focos. As relações com a família foram muito bem exploradas com o lance das cartas, mostrando que há os que não recebem nenhum apoio, os que têm relações de dependência, os que têm vergonha, os que recebem apoio demais, os que são esquecidos...

Will aprende com a família da nova campista que há sim, família que estão dispostas a amar seus filhos e estar ao lado deles, não importa quem eles sejam. Bastou que ela recebesse alguns minutos de atenção para mudar a atitude agressiva, que afasta a todos. Achei o máximo do absurdo que Chloe finja não conhecer o próprio irmão. No começo até achei que estava rolando um clima entre eles, por causa de tantos olhares furtivos.
Amber mostra que sofre com uma mãe depressiva e parece estar ganhando o coração de George. Ian, por enquanto nem percebe que Will existe, mas acho que é só uma questão de ela pentear aquele cabelo, que, sejamos honestos, está um ninho de rato morto.
As cenas de esportes são até engraçadas, mas acredito que retratem a realidade (experiência própria falando). A treinadora é uma figura ditatorial medonha e confesso um medo indescritível daquela mulher.

E até mesmo a diretora tem seus problemas com a comida. Martiriza-se por comer um mini muffin e também precisa superar questões familiares com a mãe, que sequer imagina que o ex-marido está no acampamento com a filha, trabalhando como chef diet/light e pronto para conhecer melhor a filha.

Comentários
1 Comentários

Um comentário:

Rodolfo Lobo disse...

Huge também tem me surpreendido positivamente nesses dois episódios.
No segundo, principalmente, percebi a criação de dramas bastante interessantes.
Espero que toda a temporada mantenha esse nível.