Sem meias palavras. Sem meias medidas. Assim foi a temporada de Breaking Bad.
Já estou acostumada aos grandes finais de Breaking Bad. Até agora, cada um deles foi exemplar e revelador, mas esse, foi definitivamente angustiante. A antecipação dos fatos era óbvia. Chegamos naquele determinado momento em que não há mais como Walter fugir da pessoa que se tornou. Impossível fazer parte da cadeia de tráfico de drogas e não pagar cara por isso.
Essa Season Finale pode ser encarada como a hora da verdade. É o exato momento em que Walter deixa de ser um professor de química que produz metanfetamina nas horas vagas, para ser, de fato, uma mente criminosa que prima pelo instinto de sobrevivência.
O episódio, que acontece em ritmo lento, cria uma tensão impressionante. É a terrível espera pelo que está para acontecer e o medo das consequências.
Não poso deixar de elogiar as atuações de Bryan Cranston e Aaron Paul. Os dois estiveram afiadíssimos, conectados e impecavelmente dramáticos na temporada. Eu seria até capaz de dizer que Aaron Paul esteve melhor, pelo menos nesses dois últimos episódios, em que a carga psicológica de seu personagem fez a diferença.
Todos os demais plots foram praticamente esquecidos no episódio e, de fato, não havia lugar para eles. O foco em Walter e Pinkman é imprescindível para que comecemos imaginar o que vem por aí, na próxima temporada de Breaking Bad. Para quem não sabe, a boa notícia é que a AMC já renovou a produção e portanto, só teremos de esperar até o ano que vem para conhecer o incerto destino de Walter e Jesse. Boa sorte para lidar com toda a expectativa. Até lá.