Mais uma semana, mais um episódio de Fringe e mais elogios da minha parte. Podem ficar tranqüilos. Semana que vem será a última em que vocês terão de aturar minha empolgação, pelo menos por algum tempo.
Fui tomada por uma dessas questões do óbvio ululante: ver ou não as duas metades dessa finale de uma só vez. Cogitei esperar, mas é impossível. Fringe é minha grande série da semana e a expectativa era imensa. Pois bem. Eu vi a primeira parte e não me arrependo. O problema é lidar com a espera pelo resto da história.
A primeira coisa que deve ser comentada é a incrível abertura em tons de vermelho, como se estivemos vendo um episódio do universo paralelo. Fringe tem nos trazido detalhes deliciosos como esse, que embora simples, mostram o empenho na construção da trama e a vontade de transportar o público para dentro dela.
Chegamos a um momento crucial. Os dois universos se encontram e pudemos apreciar um pouco mais do outro lado. Tecnologia muito avançada, outra equipe na Fringe Division, Charlie vivo e sobrevivendo a uma infestação de aracnídeos e Olívia numa peruca acaju inesquecível. Como era de se esperar, Walternativo é um homem poderoso e diferente de sua outra versão, mantém um olhar maligno e um discurso que guarda intenções perigosas.
De certa forma é como se os pedaços de cérebro retirados de Walter o tornassem mais humano e sensível. O único problema é que ele pode esquecer detalhes bobos, como o fato de que Peter nunca poderia voltar ao seu verdadeiro lar, sob o risco da extinção da humanidade.
É diante desse cenário crítico que as histórias contadas desde a temporada passada começam a se unir. Crianças tratadas com Cortexiphan são as únicas capazes de fazer a viagem sem causar danos irreversíveis ao universo. Ao ver que todos tinham poderes especiais, como cura, pirocinese e controle de emoções, senti uma vibe estranha, meio Quarteto Fantástico, mas isso logo desapareceu. Interessante notar que seus poderes adquiridos sofrem danos do outro lado e isso leva todos à morte, com exceção de Olívia, que observa a vida de seu outro eu e é a única a encontrar William Bell.
Nesse ínterim, Peter tem momentos com a mãe e nem imagina que está prestes a se tornar peça fundamental nessa guerra entre dois gênios. Como Walter está ferido, algo leva a crer que Peter vá se compadecer e quem sabe, decida sozinho ficar ao lado do pai que realmente precisa dele.
No final das contas, Fringe não é apenas uma série científica, mas sim, uma série sobre pessoas, seus problemas, seus erros e acertos. Tudo isso, vem envolto num universo maravilhoso, criado sob a ótica da ciência e que veremos em convergência total, dentro de alguns dias.