Chegamos ao final de mais uma temporada de Friday Night Lights e o que vimos foi um retrato dessa temporada cheia de falhas e clichês. Sim, eu cheguei a me emocionar no jogo entre Panthers e Lions, mas não foi o suficiente. Alguma coisa está em falta na série e o nome dela é criatividade.
Não é novidade para ninguém que a série anda passando por maus momentos, tanto é que a 5ª temporada deve ser a última em que veremos Eric Taylor em ação. Para mim, que assisti tudo numa maratona recentemente e consegui alcançar a temporada atual, as diferenças de qualidade são notáveis. Eu já havia falado de alguns erros de roteiro e continuidade, mas como Friday Night Lights sempre foi mais sobre emoção eu deixava passar. Tramas arrastadas, personagens sem função e pouco futebol foram os grandes erros dessa temporada. Digo isso porque, se o objetivo era dar maior destaque ao drama pessoal, nem isso conseguiram fazer direito. Devo também, eximir o episódio 4x05, ‘The Son’, de qualquer crítica aqui citada. Foi o melhor episódio da temporada e um dos melhores de toda Friday Night Lights.
Em resumo, essa Season Finale foi mais do mesmo. Sem grandes novidades, Tim Riggins foi preso e se despede da série. Não poderia ter sido mais óbvio. Primeiro porque divulgaram esse final há semanas, depois porque estava mais do que na cara que Tim ia dar uma de mártir, liberar Billy da prisão e assumir a culpa pelo desmanche de automóveis. Apesar disso, me compadeci do personagem, afinal de contas. Infelizmente, eu gostaria de ter aquele final feliz de sempre, onde Tim reencontra Lyla e vira um jogador de futebol famoso e esperto o suficiente para não beber todo o estoque de cerveja do Texas. Mas claro, essa é apenas minha terra da fantasia e Friday Night Lights não segue o estilo. Ainda falando em Tim, ele toma um esbrega da menina miss e pede uma chance de se redimir no futuro, coisa que jamais veremos, pois o ator vai seguir carreira no cinema.
Aliás, aproveito para perguntar que diabos faz a menina miss na série? Além de ficar grávida, abortar e pegar o mesmo macho que a mãe ela não teve nenhuma serventia. Outra que foi de pouca valia é a menina dançarina sensual. Pegou Landry, ensinou ele a chutar e depois ela mesma deu-lhe um belo chute e o trocou por Vince. É inegável que as novas personagens femininas têm pouco carisma e não tiveram papel decisivo na temporada.
Vince, que viveu o dilema de ser ou não criminoso não teve um gancho que prestasse ou nos deixasse curiosos para a próxima temporada. Isso porque ele e Luke supostamente são os novos protagonistas da história. Ficou tudo por isso mesmo, sem emoção e sem amarração.
A história de Tami, pelo menos, teve um desfecho mais decente. Ela não se curva diante da pressão da sociedade e mantém sua posição. Num acordo com o conselho escolar, desiste da direção de Dillon High e agora será a conselheira em East Dillon, passando definitivamente para o lado do marido, em termos profissionais.
Eric Taylor, que passou a temporada perdendo e tirando sujeira do campo dos Lions, conseguiu sentir o gostinho doce da vingança. Após ser humilhado de todas as formas possíveis, os Lions conseguem vencer o jogo contra os Panthers, com alguns momentos de alguma emoção, mas sem, no entanto, me fazer torcer loucamente, como se aquilo fosse um jogo de verdade. Fiquei feliz e satisfeita com o desfecho, mas ainda não foi o bastante.
Completando o cenário, Matt Saracen retorna a Dillon e apesar de querer continuar com Julie, acaba escutando que é hora de cada um correr atrás de seus próprios sonhos e deixar todo esse amor adolescente para outra hora, quem sabe. Matt também faz as pazes com Landry e os dois amigos viajam para Chicago, onde poderão curtir a fossa e reclamar de terem sido, ambos, chutados.
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