Aproveitando a entresafra dos meus capítulos, vamos ao momento reflexão: Série brasileira presta?
Nos últimos tempos eu tenho me perguntado muito isso, especialmente quando surge algo como Caros Amigos, que deveria impressionar o público, mas consegue, quando muito, matá-lo de tédio.
Tem sido assim há algum tempo. Minis e micros séries cabeça demais, lúdicas demais e portanto, chatas demais.
As séries em si, aquelas que tem temporadas, num formato meio que similar ao das importadas, são parcas...porcas até.
A mais resistente é Malhação, entra ano e sai ano no esquema menina boa ama menino bom, mas menina má atrapalha em conjunto com o menino mau. Primário.
A grande família, meu deus: a alegria de ser suburbano. Não aguento aquilo, desculpe quem gosta, mas esse tipo de humor bonachão não é pra mim. O mesmo vale para qualquer outra série brasileira metida a engraçalhada. Piadas prontas, bobas, sem um mínimo de inteligência.
Acho que hoje em dia não tem nada de atrativo nesses termos na Tv brasileira. Mas a coisa já foi diferente.
Quando eu era criança assistia uma série chamada Mundo da Lua. Adorava. Adoro. Talvez por nostalgia eu ainda ache genial. Sempre que eu estou zapeando e vejo, paro pra ver nem que seja um pedaço.
Mais tarde veio a febre Confissões de Adolescente. Outra boa produção que infelizmente acabou degringolando no final. Essas duas eram exibidas e produzidas pela TV Cultura e TVE.
Na Globo, ainda lembro da série Mulher. Foi boa enquanto durou. Os Normais também se salva da minha lista negra.
E até o SBT não deixava a desejar com O grande Pai, série da qual pouquíssima gente lembra.
A diferença crucial, creio, vem do roteiro. Não posso falar da produção por que nesses termos até que a coisa vai bem. Mas o roteiro: essencial!
Não sei se eu já estou tão enlatada quanto os enlatados americanos, mas não gosto do texto brasileiro, muito bom pra novela, mas pouco útil para as séries.
E você, acha que série brasileira presta?
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