Só restam quatro míseros episódios de Grey’s Anatomy e se tudo
correr bem, essa poderá ser considerada uma das poucas temporadas bacanas do
eixo 2012/2013, que veio recheada de novas porcarias e de quedas absurdas na
qualidade da maioria das produções, especialmente as consagradas.
No meio disso tudo, Grey’s se destaca com boas histórias e
bom desenvolvimento de sua proposta, mas é claro, ainda vivemos sob a sombra
maligna da showrunner que não deve ser nomeada, então, como fizemos a cada
semana, vamos pagar para ver, mas as expectativas são promissoras. Tanto é que
até fortes personagens há muito tempo esquecidos voltaram ao centro da ação e
essa era uma das poucas reclamações dos fãs até aqui.
O engraçado do destaque dado para Bailey é que o caso gerou
respostas divididas. Teve gente que odiou a história e gente (e me incluo nesse
segundo grupo) que gostou muito da proposta. Pois é. Estava cansada de ver
Bailey só em comentários pontuais ou como a “noiva em fuga”. A atriz provou que
sabe fazer comédia e drama e, portanto, merecia mais atenção e até respeito
dentro de sua trajetória.
Vale lembrar que o caso da infecção nos pacientes de Bailey
está só começando e ainda não sabemos muitos detalhes sobre a causa de tudo
isso ou quais as possíveis consequências, mas desde já, acho que não é preciso
surtar ou entrar em pânico achando que ela será demitida do hospital ou coisa
assim. Não que não seja possível, mas convenhamos, o roteiro fez mil e uma
manobras para trazer Cristina de volta, para manter Karev por perto, Meredith e
Derek na equipe... Enfim. Até Kepner foi resgatada de um curral, então esse é o
menor dos problemas.
O principal aqui é a tensão, o desenvolvimento e o foco no
perfeccionismo profissional de Bailey. Reparem que ela, há alguns episódios,
vem criticando o trabalho de colegas e dos internos. Bailey reconhece o próprio
talento e é uma mulher orgulhosa de seus métodos, o que é apenas justo. Só que
essa espécie de “arrogância” às vezes recebe uma lição de moral e a infecção em
três pacientes (com o saldo de uma vítima até o momento) é o ponto de reflexão
para ela rever conceitos e questionar a si mesma. O que será que Bailey fez de errado? Ou
melhor, levando em conta o alto risco de infecções que qualquer área hospitalar
oferece, será que ela fez algo de errado? A trama é interessante justamente
porque conhecemos o “padrão Bailey de qualidade”.
Ao mesmo tempo, Meredith recebe a notícia de que possui
muitos genes relacionados ao Alzheimer e insiste em providenciar o futuro da
família. Uma mãe para Zolinha e o “feto”, uma morte rápida e longe da inconsciência
total para ela. Pensamentos práticos de quem não quer ser pega de surpresa e de
quem já viu o que essa doença é capaz de fazer. Só que Derek vem como excelente
contraponto, porque o futuro, afinal, ninguém pode prever. Fiquei imaginando-o
careca e viciado em crack, com uma esposa que não lembra onde deixou as chaves
do carro. A situação é risível até, mas desconfio que os dois personagens não descartem
as desgraças totalmente porque sabem que suas vidas são escritas por gente
instável. Aliás, fica a dica: se sua vida estiver cheia de contratempos, ela
pode estar sendo direcionada pela tal showrunner cujo nome não aparece mais por
aqui por questões de total pavor.
Outra coisa que fica clara é que Cristina não quer ser mãe.
Entedemos bem esse recado e a informação é reiterada. Com isso, fica óbvio que
ela e Owen terão outra quebra no relacionamento, porque ele vai adotar uma
criança. A relação dele com o garotinho que ainda aguarda os pais melhorarem é
a dica. Owen está solteiro, afinal, e tem o direito de realizar seu sonho de
ser pai. Do mesmo modo, Cristina tem o direito de ser a tia bacanuda que leva o
afilhado pra fazer tatuagem. A separação pode ter sido uma resposta boa para os
dois e, quem sabe, Cristina leve numa boa a decisão de Owen (já assumi que vai
acontecer mesmo) e consiga ter uma relação com ele, sem ter que assumir o papel
de mãe de alguém, que é exatamente o ponto em que ela mais toca.
A presença dos médicos sírios levanta bem o assunto das
condições cirúrgicas em campo de guerra, mas em alguns hospitais brasileiros a
coisa não deve ser muito diferente, temo dizer. Fiquei com a sensação de que
April pode sim, ser demitida por “doar” material hospitalar daquele modo, só
porque surtou ao perder um namorado que ela NEM QUERIA, para começo de
conversa. Meu apreço pela personagem cresceu, confesso, mas já chega desse papo
de virgindade. Ninguém atura mais e era isso que ferrava nossa empatia com
Kepner desde o inicio.
Também é legal ver como Avery tem se encaixado em sua nova
função e como Richard tem sido um bom mentor para ele. Com paciência, ele
mostra para Avery como é a realidade, o que reforça a ideia de que em breve,
vai ter mais casamento nesse hospital, com Richard “adotando” Avery de uma vez
por todas.
E falando nesse assunto, parece que quem perdeu uma figura
paterna foi Ross, dispensado por não ter habilidades manuais (e a inteligência)
de Brooks. Confesso que fiquei com peninha ao ver a cara de decepção dele, mas
esse golpe pode servir como motivador para que Ross busque seus objetivos com
mais vontade, porque Brooks, afinal, só se preocupa em escolher o sabor certo
de chiclete e hortelã não está fazendo sucesso.
Camis
ResponderExcluirFaltam 4 episódios para acabar a temporada, Camis.
ResponderExcluirAHHHH, tô com medo de acontecer algo com a Bailey...diria que meu medo é exagero se não fosse GA, série daquela pessoa... I mean.... foi só Lexie e Mark ensaiarem uma reconciliação que morreram. Nesta temporada, vimos que é Bailey pode ser considerada o "coração do hospital", logo... entende?
ps: Adoro a Yang, me se eu estivesse no lugar do Owen já tinha desistido dela e ido procurar alguém que compartilhasse dos mesmos interesses que eu.
É que pelo IMDB só vai até o 22, dae achei que era isso mesmo.
ResponderExcluir:) hoje "aquela que não deve ser mencionada" twittou que seriam 24
ExcluirVerdade. Grey's Anatomy é um das poucas séries dessa Fall Seson que podem acabar com saldo positivo. Faltam 4 episódios e meu medo aumenta cada vez mais, porque estamos falando Dela que não vamos mencionar. Eu gostei muito dessa trama da Bailey, até porque, vê-la numa trama de respeito vai ser épico, e temo muito por ela, assim como todos porque Bailey, é a Bailey. Ela pode tudo, menos ser demitida
ResponderExcluirE meu medo de que a Bailey esteja com uma doença incurável e contagiosa?? A showrunner maldita já avisou que algumas decisões chocantes foram tomadas pra Finale.
ResponderExcluirEsse episódio me deixou com a sensação de que a Meredita vai morrer na Series Finale. A pergunta é: quando vai ser? Será que a próxima temporada é a última?
Gostei de terem dado uma trama decente para a Bailey, só tenho medo de acontecer algo de ruim com ela, ainda quero ver a personagem liderando esse hospital. Ela nasceu para ser Chief!
ResponderExcluirMeredita não fez tanto mimimi com a possibilidade de ter Alzheimer o q já é muito bom e também concordo com vc, o Owen vai acabar adotando alguma criança. Será que Cristina vai gostar disso?
Quanto estava começando a gostar da April ela vem com essa conversa de virgindade novamente. Espero que tenham acabado com esse plot insuportável. O pior de td foi a atitude dela em roubar o hospital. É muita vontade de ser demitida novamente pelo hospital, na verdade eu nem sei como ela consegui ficar lá já que reprovou nos exames...
Sem contar que a atitude dela pode até prejudicar os médicos, pois provavelmente os Sirios vão ser barrados no aeroporto por conta dos inúmeros materiais que estão levando...
Tá todo mundo com medo da roteirista-satã matar alguém de novo nessa finale. Aliás, estamos tão traumatizados que já temos quase certeza que aquela quenga vai exterminar um personagem querido. Quem será? Bailey, Mer, Derek, Feto??? Tomara que a bruaca mude de ideia. Sobre a Miranda, estou suspeitando que essa infecção tem algo a ver com aquela “pereba” que ela pegou lá na lua de mel dela nas Bahamas. De repente, ela contraiu algum micróbio tropical bizarro. É doideira, eu sei, mas foi algo que me ocorreu!
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