Para amar e para odiar.
Não tem o que discutir: Grey’s
Anatomy está apresentando uma excelente sequência de episódios nessa 12ª
temporada e, dessa vez, os internos voltam a ser destaque, numa evidente
tentativa de trazer mais esse elemento de volta, com força total. Num ano em
que muitos recursos de roteiro estão retornando, o foco nos alunos do hospital
não poderia faltar.
Com isso, é claro, as “veteranas”
Stephanie e Jo ganham a chance de brilhar, o que é apenas justo. Desde que
entraram para a trama, convenhamos, nenhuma delas teve uma boa história ou um
desenvolvimento profundo. Stephanie ficou numa sinuca de bico como personagem
quando foi colocada entre Kepner e Avery, logo de cara, num momento em que
torcíamos por esse casal. Jo é um caso à parte, porque ficou naquela ladainha
de “moro no meu carro”, rapidamente esquecida, para se cumprir o papel mais
ingrato de toda a série: namorada de Karev. Tirando Izzie, esse cargo nunca
vingou, nunca foi bom e nunca levou ninguém a lugar nenhum.
A questão é que, agora, Stephanie
desponta com personalidade enquanto Jo se transforma na criatura mais odiada da
série. É óbvio que a falta de carisma da atriz conta, mas desconfio que os
roteiristas sentem prazer em fazê-la ser desprezível. Depois do episódio
passado ela já ganhava mais haters, mas hoje, tenho certeza absoluta de que o
número triplicou. Ela se mostra como uma criatura invejosa e com atitudes
baixas e assim, amiga Jo, fica difícil te defender. Não que eu fosse capaz de
fazê-lo. Não gosto dela desde sempre, mas em vez de ignorar a presença em cena,
já reviro os olhos e torço pra que acabe logo.
Stephanie, por outro lado, se
humaniza. O caso da terapia proposta por Amelia vem para levantar de vez a
personagem e para nos emocionar. Quem já passou um tempo no hospital sabe o que
é ser cutucado, incomodado e ferido “para o próprio bem”. Edwards conseguiu
trazer esse sentimento bem à tona ao contar sua infância de menina doente.
Fortes emoções vieram também com
o pessoal da Melhor Idade (usando o termo certo aqui para não chamarem meu
supervisor). A história de Abe e Gabby foi linda e comovente. Mesmo que eu já
previsse a morte de um deles, foi duro de ver o momento em que Arizona encontra
seu novo amigo já sem vida.
Toda a temática amorosa acaba com
o choro histérico de April e reflexões de Meredith. Aliás, a aula sobre como
contar para as pessoas uma das piores notícias de suas vidas é de fazer chorar.
Principalmente porque Meredith começa a lidar com sua perda, com a viuvez, com
suas perspectivas de vida. O timing parece certo.
O assunto teria que aparecer e
veio na hora certa, do jeito certo. Quero acreditar que a presença de Penny, a
namorada de Callie e médica responsável por esse momento dramático da vida de
Meredith seja útil. Não sei isso era muito necessário, mas vejo que é hora de
trazer a personagem de volta à vida. Sim, Meredith trabalha, cuida dos filhos e
socializa, mas e todas as outras partes? O amor, o sexo, o prazer, sua
individualidade? Ela não pode se resumir a mãe e profissional. A vida é mais.
E quem percebe isso também é
Maggie, sempre tão contida e tão certinha. É hora dela se permitir viver
também. E errar. E ser feliz. O interno de olhos bonitos, poderá ajudá-la nessa
tarefa.
Jo cada vez mais insuportável, nunca tinha ligado muito pra Stephanie mas agora acredito que ela vai ter bastante destaque, amei a cena dela com a Amelia. Maggie estava tão linda nesse episódio, estou me apaixonando por ela, mas queria ver uma aproximação com o Richard, pelo menos uma amizade sendo desenvolvida.
ResponderExcluirGostei da review, mas discordo da sua opinião sobre a Jo, ela e a Stephanie sempre tiveram uma disputa entre para ganhar atenção dos seus chefes, a inveja é mútua ali disfarçada de amizade, mas amizade normalmente prevalece. A Jo ainda está se encaixando no enredo, na minha opinião o ponto forte dela é o relacionamento dela com Karev, o que torna mais humana, enquanto explorarem os dois tá tudo certo. Sobre o caso da Stephanie fiquei surpreso com a revelação, mas depois achei idiota o roteiro sugerir que era mentira na cena dela com a Wilson no elevador, achei que perdeu impacto depois que o Webber confirmou que o problema era verdade, achei que poderiam tratar isso de uma forma diferente, no final quem saiu como vilã da história foi a Jo (de uma forma não intencional), que pensou que a história era mentira. Eu sou uma pessoa que não gosta de meias verdades, Stephanie queria esconder de todos o passado tudo bem, mas no momento que ela revelou isso para Jo e para Amelia, ela deveria ter agido de forma diferente e não fingir que se tratava de uma jogada para tirar vantagem da situação. Eu gostei da atuação da atriz durante a revelação para Amelia e a Jo, mas não gostei do jeito que a história se desenvolveu depois, tirando a cena final dela ajudando a paciente.
ResponderExcluirO resto do episódio eu curti bastante, Maggie está cada vez melhor no seriado, gosto da espontaneidade dela.
Outro elogio vai prá Bailey, que na minha opinião tá evoluindo para ser a melhor chefe que o hospital já teve.
Episódio maravilhoso. Só não digo perfeito porque não entendo essa insistência em manter a Jo na série :/. Please, já passou da hora da shonda bolar um atentado terrorista ou qualquer coisa do tipo...
ResponderExcluirDepois desse episódio eu fiquei com a impressão que a meggie é a encarnação da Lexie. Me pareceu que elas têm a mesma personalidades, e que se a nossa querida little grey tivesse sobrevivido a queda do avião esse piloto do interno seria dela, exatamente da mesma forma. RSrs...
Não que eu não tenha gostado, é só algo que percebi mesmo.