sábado, 24 de setembro de 2016

Grey’s Anatomy 13x01: Undo


Segredos e lealdades.

O tempo voa. Parece que foi ontem que nos despedimos da excelente 12ª temporada de Grey’s Anatomy e cá estamos nós, para o cabalístico (oi?) ano 13, com a expectativa de que as coisas continuem muito bem, obrigada. A julgar por esse comecinho de temporada, parece que o ritmo continua intenso e que o aprimoramento dos personagens guiará cada história.

Eu ia começar a falar do que não senti falta (pelo menos não tanto) só no final, mas decidi fazê-lo agora. Assisti ao episódio, fiquei tensa durante todo o tempo com os desdobramentos e, como geralmente faço uma pausa para pensar sobre o que escrever, acabei notando, como uma das últimas coisas na lista, que não tivemos a presença de duas figurinhas: Callie e Arizona. Pois é. Eu esqueci, simplesmente, que Callie estaria fora de qualquer forma. Bateu aqui uma ponta de saudade e pesar, porque eu continuo amando essa personagem. Arizona deixei de fazer questão há algum tempo e, verdade seja dita, só notei a ausência após o pensamento “Cadê Callie?”, mas enfim, registro que não fez falta.

Esse sentimento vem do fato de que a história com Alex e Meredith foi tão envolvente que não ver Arizona, Amelia e Hunt não fez diferença. Aliás, sejamos justos e digamos que as presenças de Wilson, Maggie e Riggs também foram marcantes e essenciais para o episódio, que nos trouxe questões importantes sobre responsabilidade e amizade.

Primeiro, vamos dizer que comecei a sentir alguma empatia por Wilson. Não sei de onde veio e se ficará, mas a fragilidade dela, os medos e a falta de família me pegaram. Nem chegamos ainda na parte em que o marido maluco reaparece para atormentar, mas já consigo entender bem melhor a motivação da personagem desde que surgiu na série. Nada disso apaga o fato de que ela ficou aí, sendo chata por anos e sem muita função além de namorada de Karev, mas em Grey’s geralmente as coisas se desenrolam assim. Lembremos-nos de Callie, quase o mesmo caso.

O desespero de Wilson, sua necessidade de fugir e buscar alguma proteção são compreensíveis e finalmente a tornam humana. O que Richard oferece a ela em forma de conselhos é real. Os problemas sempre diminuem. Talvez não hoje. Talvez não amanhã. Mas diminuem.

A situação no apartamento evoluiu para um drama maior do que eu imaginava. Juro. Não passou pela minha cabeça que Karev iria quase matar DeLuca daquele jeito, talvez porque, como observou Meredith, ele já foi um “bad guy” e agora é um dos melhores. Dessa vez, no entanto, Karev reviveu seus dias explosivos e é sim culpado e responsável pelos seus atos. Essa violência e qualquer violência não têm justificativa. “Ah, mas ele estava em cima da minha mulher”; “Ah, mas ele transou com a minha mulher”; “Ah, mas ele olhou pra minha mulher”. Tanto faz, está errado, é crime. Controle-se ou, nesse caso, encare as consequências.

Claro que, ao mesmo tempo, eu não quero que Alex se dê mal. E é aí que Meredith nos representa bastante. Identifiquei-me por completo com as dúvidas e com o modo dela agir, com o sentimento de querer resolver as coisas e estar num beco sem saída. Meredith não tinha escolha. Era impossível, como dizem, tapar o sol com a peneira. Foi um pouco decepcionante quando ela inventa que Alex machucou a mão por ter escorregado na chuva, mas é assim quando queremos proteger alguém querido. Logo depois, ela percebe que não pode ser conivente, mas sua lealdade ao amigo é impressionante. Antes de tudo, ela foi atrás de informações, embora tenha mantido a mentira por um tempo, levar isso mais a fundo nunca pareceu ser uma opção para ela. Resta agora estar lá para ajudar Alex nesse momento em que ele deve perder tudo o que já conquistou.

Ao mesmo tempo, ela precisa estar lá para Maggie também e é cobrada por isso. Maggie merece mais, devo dizer. Se Meredith é leal a Karev e era incrivelmente leal à Cristina, Maggie não fica em outro patamar em relação à irmã. Confesso que sinto desconforto com esse lance de Riggs ser estopim para algum desentendimento entre elas, porque, convenhamos, Meredith se afastou dele agora, mas isso não vai durar. Acho medonho colocar irmãs para brigar por causa de homem, então resta a mim esperar que não passe disso, inclusive pela possibilidade de reaproximação de Maggie e DeLuca, algo que todo mundo deve querer, já que o casal era só fofura.

Agora, no meio de espancamento, risco de cegueira, mentiras e lágrimas, o que mais me assustou, de verdade verdadeira, sem exageros, foi a situação paralela no quarto de April, recém-rasgada pós-parto. Eu fiquei apavorada com a presença de Catherine ali. A mulher se escondeu nas sombras com o bebê e ficou o tempo todo segurando a criança como se fosse fugir dali com ela. Não sei como April não surtou enormemente porque eu tava dando piruetas aqui.


Como assim, Catherine? Como você diz para April que ela precisa dormir e se recuperar e que tudo que baby Harriet precisa é da vovó megaevil? Quem dorme diante de tal afirmação? Eu já pulava da cama e gritava “MIN DÁ MINHA FILHA RALA SUA MANDADA”. Senti como se Nazaré Tedesco estivesse ali, roubando a cria de Susaninha Vieira, pronta pra atirar todo mundo da escada. Não sei se é proposital, mas Catherine parece cada dia mais louca e insuportável. Vamos rever isso aí, Shonda? Vamos? Estamos combinadas, então.
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