Orphan Black 2x06: To Hound Nature in Her Wanderings

Jessie’s girl.

Rick Springfield sabia das coisas e, ao cantar o eterno hit “Jessie’s Girl” já imaginava que um dia poderíamos fazer a ligação com Helena e seu namoradinho de boteco. Pois é, minha gente. Você aí encalhado e encalhada, enquanto Helena já conseguiu um marido e um namorado. O fetiche com Shakira nunca foi tão forte.

Isto posto, vale lembrar que esse é, provavelmente o melhor e mais intrigante episódio da segunda temporada de Orphan Black. Um episódio que traz novas pistas e joga dezenas de informações no nosso colo, mas que acima de tudo é um episódio engraçado. O tempo todo eu pude gargalhar com os diálogos, o que é um excelente sinal. Houve desenvolvimento da trama, mas se preocuparam em não nos afogar num mar de ciência e bizarrice.

Mais uma vez, Helena foi destaque total. Aos poucos estão transformando-a em uma pessoa mais “normal”. Até agora olhávamos para ela como uma criatura que apenas guardava a forma humana, mas que de humana nada tinha. Helena nunca esteve tão próxima de todos nós. Ela come miojo cru, tem tara por baconzitos, curte uma música cafona durante a viagem de carro com a família e detona qualquer um na queda de braço. E na briga de bar. Ou seja, completamente normal e comum.

Devo dizer que fiquei ofendida por Sarah não ter ido tirar a sestra da cadeia. Achei que foi uma traição imensa e que, mesmo depois de as duas compartilharem peidos numa barraca de camping, ela só queria se livrar da irmã sem, de fato, ser a culpada por isso. Como agora Helena cismou que é ótima com crianças e que quer ter sua própria Kira, ficou fácil para os Proletheans levarem-na de volta.  Parece que Paul não contava com esse fator para que o trabalho de Mark e Gracie fosse facilitado.

Aliás, tenho me preocupado com o destino de Paul, mas no sentido da trama mesmo. Tenho a sensação de que simplesmente não sabem o que fazer com ele, então ficam brincando com coisas dúbias, até que finalmente decidam de que lado ele estará. Paul é, de fato, o mais obscuro dos personagens. Está metido em absolutamente tudo, mas não sabemos como ou por que.  Até Shioban é mais fácil de prever, apesar de sua índole esquisita. 

Esse pequeno problema de definição se estende para a própria trama. Até agora vimos uma montanha de informações desencontradas e é quase impossível linkar tudo e ver sentido nas. Ainda confio na equipe de roteiristas, mas existem elementos demais na mistura e não sei se eles farão algum sentido no futuro.

Sobre Leekie, acho que era meio óbvio. O cientista cheio de teorias que é cheio de prestígio e age feito um “pau mandado”? Não poderia ser, mas foi um belo caminho de enganação, com Rachel e a DYAD no meio da história. Algo realmente interessante é que estão colocando em pauta uma longa jornada cientifica. Testes em bebês ainda não nascidos, consequências genéticas terríveis e o “triunfo” com as clones. Ainda não dá pra sacar a motivação, no entanto. Fazer garotinhas a troco de quê? Criar um exército? Se os militares estão no meio, como insinuam, há algo bélico na história. Criação de uma arma humana ou algo assim. Só espero que o Dr. Duncan possa explicar mais antes de morrer. Porque é óbvio que ele vai morrer e é isso que pode colocar Rachel ao lado das irmãs e contra Leekie.

Comecei a shippar dois novos casais também. O primeiro é FART (Felix e Art) e o outro é ALISTOR (Alisson e Victor). Duas dinâmicas muito boas que surgiram no episódio e que ajudaram no quesito humor. Felix e o detetive sabichão formaram uma dupla super romântica, tanto que Art já prepara café da manhã e já se mudou para o galpão, onde a montagem do quebra-cabeças segue a todo o vapor, depois que Sarah investigou arquivos científicos guardados no porão de uma igreja. A lógica sempre falando super alto em Orphan Black, porque é claro que iriam permitir que uma avulsa ficasse estudando documentos com aquela facilidade.

Só chateia mesmo é saber que Alisson vai se apegar a Victor quando ele está trabalhando com Angie, para se livrar de seu histórico criminal, mas ainda confio nesse amor que surge entre Budah e o basquete, numa clínica de rehab. Como não rir quando ela revela ter clones e ele simplesmente acha que é uma piada? Fico na expectativa de Victor dar uma sova bem dada em Donnie, que é o guardião mais babaca de todos os tempos.

P.S* E se Paul também vier de uma linhagem de clones? Posso encomendar um exemplar?