domingo, 22 de maio de 2016

Grey's Anatomy 12x23/24 (Season Finale): At Last/Family Affair



Bacon é amor.

O tempo voou, é verdade e num piscar de olhos chegamos ao final da 12ª temporada de Grey’s Anatomy. A série completa mais essa jornada com ares de renovação, com boas tramas, com aprofundamento de personagens e também com despedidas. Foi um ano intenso para todos nós, fieis seguidores do maior sucesso do maravilhoso mundo de Shondaland.

Antes de começar os comentários de fato, no entanto, cabem minhas desculpas a todos que acompanham as críticas de Grey’s Anatomy. Nas duas últimas semanas minha vida virou uma revolução e por conta de diversos plots twist, tive que esperar até agora para poder ver, apreciar com a devida dedicação e comentar com calma os últimos acontecimentos. Estava ansiosíssima por esse momento e ele finalmente chegou.

Não pude evitar começar esse texto sem falar sobre bacon. Aparentemente, oferecer bacon a outrem, pode ser interpretado como amor, paixão e até aquele crushzinho para matar o tempo. Esse foi um dos plots mais engraçadinhos desses dois episódios finais, primeiro por ter sido absurdamente fofo e depois pelo potencial desastroso. Nunca fatias de bacon causaram tantos problemas relacionados ao coração, se é que vocês me entendem.

O grande lance é que Riggs saiu da geladeira. Depois de ser massacrado durante a temporada todinha numa história idiota com Owen, ele finalmente cumpriu o papel que esperávamos que cumprisse: ser o novo mozão da Meredith. Mas não sem trazer confusão, pois seria fácil demais. Maggie, que é uma fofa e uma linda, está naquele momento da vida em que busca um grande amor e sua carência acaba direcionado ao homem que lhe alimentou com bacon. Acho normal, inclusive porque Rigss não é nada dispensável, mas enquanto Maggie come bacon, Meredith está dando quatro numa noite, então aqui fica a reflexão: Seria bacon melhor que sexo? Quem puder responda.

Já que estamos falando em Meredith e a jornada dela tem sido extraordinária, vale notar o quão humana ela se tornou. Meredith é hoje tão real, que mesmo quando ela é meio filha da mãe com as pessoas a vejo positivamente. É mais pela identificação, claro. Ninguém é bondades e sorrisos o tempo todo, embora os protagonistas tenham essa tendência. Meredith carrega hoje o peso de suas experiências e o conhecimento que adquiriu nesses anos todos. Ela é absolutamente sincera o que a torna, por vezes, desagradável, mas aquilo é de verdade. E o mais importante é que ela pode ser sim, capaz de magoar, mas também sabe ser amiga, companheira.

Entendi perfeitamente a posição dela diante do casamento de Owen e Amelia. Mesmo tendo achado o comentário sobre a cunhada precisar ter vida própria bem escroto, a situação explicava e ela se redimiu. Mais sacanagem só a família da noiva não aparecer no casamento por pura idiotice. No final, apesar da fuga e de um copázio de frozen, o casamento aconteceu. Foi bonita e bem realista a ideia de que existem muitos e diferentes amores.

Bonita também foi a atitude de Arizona. Ela foi sublime. Agiu por amor (a Sophia e Callie) e mostrou que é possível resolver as coisas sem batalhas, sem ofensas. Houve sim, um momento de raiva e rancor por parte, natural depois do julgamento que testemunhamos há três semanas, mas a personagem, que passei a não admirar, ganhou meu respeito de volta. Só fico triste, de fato, pela despedida de Sara Ramirez. Sou declaradamente #TeamCallie, mas já acostumei a ser maltratada por Grey’s Anatomy. A essa altura da série, também é normal que atores sigam em frente, então mesmo chateada, também seguirei assim.

Dentre as cenas de maior impacto emocional, coloco o parto de April. Estou farta dessa mulher quase morrer junto com o bebê, mas a sequência foi desesperadora. A atriz esteve ótima e mostrou toda dor, todo medo possíveis. Warren acabou aprendendo bem sua lição e imagino que agora ele entenda o ponto de Bailey, assim como ela enxerga esse ato de coragem (é preciso muita para abrir um ser humano sem estrutura) dele não apenas como um grave defeito, mas como uma qualidade que pode ser necessária em situações extremas.

Outra sequência dolorosa foi com Stephanie assistindo a morte de Kyle. Não me pegou de surpresa, estava na cara que o personagem entrou na série pra morrer, mas ainda assim, acho que trouxe alguns ensinamentos importantes para Stephanie em seu futuro na trama. Também foi bem vindo o novo desdobramento sobre Jo, que é casada e sofria violência doméstica. Só por aí já sabemos que a próxima temporada continua seu belo trabalho de conscientizar e cutucar a ferida do feminicidio e da violência contra a mulher, em seus mais variados graus.


Aliás, vale dizer que o foco nesse tema é um dos fatores fundamentais na melhora da qualidade de Grey’s Anatomy. Com isso (e com todos os assuntos tratados e aqui combatidos, como o preconceito racial e de gênero) a série se eleva do patamar de entretenimento para o de conteúdo. Quando essas duas coisas se juntam temos um produto televisivo imbatível como foi todo esse 12º ano. É claro que ano que vem estaremos juntos para muito mais.
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