Close.
Foram 100 episódios de Fringe e
ainda assim, não parece o bastante.
Cinco anos e ainda assim, parece que foi ontem que começamos nossa
jornada ao lado de personagens incríveis e inesquecíveis. Cem episódios e cinco
anos de incertezas, medos. Mas também 100 episódios e cinco anos com uma das
séries mais bem produzidas, corajosas e elaboradas da TV, que proporcionou aos
fãs um nível absurdo de envolvimento e participação.
Ser fã de Fringe não se trata
apenas de assistir a um episódio. Ser fã de Fringe é questionar, procurar
detalhes, esmiuçar as possibilidades desse complexo universo criado como pano
de fundo para uma linda história de amor. Essa é a palavra chave. Essa é a
palavra que todo mundo que aprecia ficção científica abomina, porque, via de
regra, ela resolve tudo de modo fácil e anticlimático.
Ao longo desses cinco anos, mudei
radicalmente de opinião a respeito desse recurso, talvez porque, nesse caso
específico, essa emoção tenha sido perfeitamente utilizada. Em Fringe o amor
serviu como guia e não como solução. Ou talvez, minha opinião tenha mudado
porque eu ame também. Afinal, quem sou eu para reclamar de amor, quando eu amo
tanto Fringe?
Esse último texto (pois é, nunca
pensei que esse dia chegaria) não é apenas para falar do amor que todos nós
compartilhamos por Fringe. Isso também faz parte do pacote, mas como sempre,
vou tentar trazer o máximo possível de questões pertinentes para a compreensão
maior da história da série. Lembrando que “o máximo possível” não representa
tudo, inclusive porque algumas questões ficam para nossa imaginação resolver.
De forma geral, é possível dizer
que Fringe conseguiu cumprir sua proposta na íntegra. Apesar da mudança de
narrativa que acontece a partir do final da 4ª temporada (mais exatamente em
Letters Of Transit), o início e o final da série são amplamente conectados. Já
elogiei em outras ocasiões a capacidade miraculosa desses roteiristas em
costurar os retalhos deixados no caminho dos mistérios e insinuações. Cada
temporada conseguiu manter sua importância e praticamente todos os episódios
exibidos encontraram ou criaram algum link que merece destaque. Para “visualizar” esse fato muito melhor, só
fazendo uma maratona da série, exercício esse, que vai melhorar muito a
percepção de cada elemento plantado nesses anos, mostrando como eles compactuam
para a história central e como Fringe é mestre em utilizar a própria mitologia.
Nessa hora da despedida, vale destacar
como Fringe evoluiu. O twist decisivo foi a entrada de J.H. Wyman para a equipe
de produção, entre o fim da primeira e o inicio da segunda temporada. A dupla
que ele formou com Jeff Pinkner salvou a série, podem estar certos disso. Sem
eles, Fringe não teria durado além da Season 2, até porque, a maioria do
público estava completamente perdida na trama, vivia reclamando da falta de
ritmo e da aleatoriedade das coisas na Season 1.
Não é pecado dizer que era (ou
parecia) tudo nebuloso no começo e que o texto não mostrava a que vinha, porque
Fringe conseguiu amadurecer sua proposta de forma quase mágica. Com o que viria
a se tornar nossa dupla favorita de showrunners, o quebra cabeças começou a se
construir e pudemos finalmente apreciar o que a história tinha a oferecer. Não
pretendo, com isso, desvalorizar o trabalho do trio de criadores, encabeçado
por J.J.Abrams, com Roberto Orci e Alex Kurtzman, afinal, a base de Fringe vêm
deles. Só é preciso deixar bem claro para todos quem realmente colocou a mão na
massa e quem deve ter passado longas horas desenvolvendo o miolo da série,
porque é isso o que realmente interessa, não apenas o Piloto ou a Finale (que
foi escrita pelos criadores e por Wyman, já que Pinkner deixou a produção há
pouco tempo).
Hoje em dia, com o poder de olhar
tudo em perspectiva, considero a 1ª temporada como ótima e essencial para tudo
o que vimos acontecer. Ela planta cada conceito com a maior calma do mundo,
cria uma base sólida para a ciência de Fringe e para os relacionamentos entre
os personagens. Foi revendo a série que eu aprendi a não julgar nada como
‘casinho da semana’ ou a dizer que algo não funciona antes de chegar até o
final de cada arco. Aprendi que nada em Fringe era feito por acaso e que se eu
quisesse aproveitar a viagem, deveria apreciar as miudezas, sem deixar de lado
o quadro maior.
O segundo ano da série veio para
trazer fôlego e fez isso com primor. É uma temporada cheia de ação, novidades e
mistérios, que permitiu que a 3ª ousasse como poucas vezes se viu na
teledramaturgia. Acredito que esse ‘meio’ da série seja o ano favorito de 90%
dos fãs e é incontestável que Fringe fez uma temporada absolutamente perfeita,
em todos os sentidos. Foi aí que as expectativas subiram a novos níveis e mesmo
assim, quando entramos na quarta temporada, o medo do cancelamento rondava.
Muita gente começou a se decepcionar com o rumo das coisas - creio que alguns
até desistiram de Fringe – mas mesmo começando devagar, acho que houve uma boa
recuperação, da metade para o fim. Desse modo é que a linha da série mudou um
pouco e entramos na reta final.
Ainda sou incapaz de entender as
pessoas que acham/acharam que a invasão dos Observadores não fazia sentido
algum, estando essa história presente desde o Piloto. O veredicto é de que essa
5ª temporada foi um desafio cumprido. O tempo era extremamente curto para a
quantidade de informações que precisam chegar até nós, mas Fringe conseguiu
completar sua saga sem deixar de lado suas características principais.
A 5ª e última temporada pode até
estar longe da genialidade e da ousadia vistas na terceira, mas honra e faz
justiça à proposta maior de Fringe: fazer ficção cientifica de qualidade. Eu até
usaria a expressão “pé no chão” para descrever grande parte do texto
apresentado até aqui, apesar de termos visto a “doideira” tradicional da série
em alguns momentos.
Com apenas 13 episódios,
conseguiram cobrir muito da trama, planejada para sete temporadas,
inicialmente. Foi quase um milagre ver todo o desenvolvimento a respeito dos
Observadores ganhar lugar e respostas adequadas. Estava na cara que esse arco
seria desenvolvido com muito mais calma, mas com audiência tão ruim e altos
custos de produção, Fringe se transformou num alvo da Fox. E nem acho que a
decisão de cancelar seja sacanagem por parte dos executivos da emissora, que
afinal de contas é um negócio e precisa obter lucros. Só que a Fox já estava
escolada no assunto, porque Firefly, cancelada antes de poder completar seu
primeiro ano, virou um símbolo para os cancelamentos precoces na área de
sci-fi. Se Fringe chegou a completar os 100 episódios, podem ter certeza de que
esse histórico nada agradável ajudou. Ficou bem claro que a emissora não
pretendia queimar sua imagem novamente.
Como fã, eu gostaria que Fringe tivesse mais temporadas,
mas já agradeço pela chance de um desfecho planejado, na medida do possível. Poderia
ser melhor se houvesse mais tempo? Sem dúvida. Mas não podemos esquecer que,
assim como na relação entre Walter e Peter, muito do nosso tempo com Fringe foi
roubado. Sofremos tanto com as ameaças de cancelamento e fizemos tantas
campanhas para que isso não acontecesse que não consigo deixar de lado a ideia
de que essa é nossa maior e mais bela metáfora. Roubamos nosso tempo extra com
Fringe e sei que, assim como eu, vocês também não trocariam essa oportunidade
por mais nada.
Falando assim, uma coisa fica bastante
clara: a Series Finale de Fringe é perfeita quando o quesito emocional entra em
cena. Souberam usar direitinho nosso apego com os personagens e o resultado (pelo
menos para mim) foi um chororô sem fim, com direito a soluços, olhos inchados,
lencinhos se acumulando aos montes e uma baita dor de cabeça para completar.
Mesmo que eu não pretendesse ver os episódios pelo menos duas vezes antes de
escrever essa review, eu seria obrigada a fazê-lo. Na segunda tentativa, um
pouco mais controlada, foi possível apreciar o trabalho cuidadoso dos
roteiristas, que deixaram alguns mimos espalhados para o público. Foi uma
Series Finale como todo fã gosta, que resgatou fatos marcantes, mostrou
personagens queridos e que não pecou pela falta de consequências, num desfecho
que, apesar de muito bonito, é de cortar o coração.
A respeito da trilha sonora,
efeitos especiais, fotografia e tudo o que contribui para que Fringe seja o que
é, não há reclamações, mas tenho uma pequena ressalva quanto ao ritmo. Em
alguns momentos senti que a coisa poderia ser levada de modo mais ágil, talvez
porque eu quisesse ficar sem fôlego enquanto assistia. Em contrapartida, sou
capaz de compreender a proposta e as escolhas feitas pela produção, que optou
por terminar tudo sem pressa e sem afobação. Foram duas horas para aproveitar,
para degustar.
Essa sensação foi mais constante
até a metade de “Liberty”, focada na preparação para o resgate de Michael.
Depois disso, com Olivia revisitando o saudoso Lado B, o episódio ganha vida e
já imprime bom timing. Essa chance de ver novamente Bolivia e Lincoln foi um
verdadeiro presente. Confesso que senti desejo de ver Walternativo também, com
90 anos, ainda na ativa, ensinando, mas tudo bem. A perspectiva de que ali,
naquele universo, a história seguiu mais feliz, foi uma injeção de esperança.
Uma grande surpresa veio do
abraço sincero entre Olivia e Bolivia. Não esperava essa aproximação das duas,
mas fiquei satisfeita com o resultado e principalmente pela chance de saber que
Bolivia e Lincoln são casados, tem um filho e comandam a ainda existente Fringe
Division. Foi bom rever o Zeppelin (eu nunca saberia de que lado estamos sem
ele!), a Estátua da Liberdade em bronze e saber que no lado B, Chelsea Clinton lidera
as campanhas para a presidência dos EUA, o dólar está em alta, Detroit é cidade
mais segura do país e que, principalmente e mais importante do que tudo, a
Warner preparará um remake de Harry Potter, lá por 2036. Nessa imagem não dá
para ler a frase toda, mas repassem a cena e verão que a mensagem de rodapé é
essa, exatamente.
Toda a sequência no lado B foi
bem rápida, mas absolutamente valorosa. Só possível pelo retorno triunfal do
cortexiphan (que dura 127 anos!) injetado em Olivia, o que permitiu que ela se
tornasse aquela criatura fodástica de outros tempos, com habilidades
maravilhosas de um ser humano, potencializadas pela substância que a permite
usar a mente para controlar diversas situações.
O plano de resgate de Michael foi
muito bem pensado e inserido, mas o tal “grande plano” que guiou a temporada
encontrou problemas. Um tanto frustrante ver toda a preparação porque passamos
ser substituída por um insight de Asgard, porque convenhamos, a ideia de usar
as linhas de transporte dos Observadores como ‘whormhole’ é bastante fácil, já
que servem justamente para levar objetos através do tempo/espaço.
Não é nem que não seja uma boa
proposta, porque se encaixa perfeitamente, mas é por pensar em alguns episódios
dedicados a recolher os itens necessários para que tudo desse certo, que ficam
meio que invalidados. Também fico com pena de September, que passou um tempão
montando tudo aquilo para não poder utilizar o maravilhoso dispositivo do
futuro que resetaria o tempo. Os pequenos problemas técnicos também nos guiam a
um velho conhecido, December, e à revelação de que os 12 cientistas originais (e
não apenas August e September) ganharam sentimentos após a convivência com
humanos comuns. Vale lembrar ainda que os 12 cientistas não faziam ideia de que
estavam colhendo as informações que determinariam um ponto na história da
humanidade em que uma invasão seria mais bem sucedida e por isso, é natural que
alguns deles ajudem na Resistência.
Nesses episódios, a mitologia dos
Observadores se completa muito bem e, em pequenos detalhes percebemos que a
tentativa de suprimir emoções em nome de maior inteligência foi um erro de
proporções épicas. Primeiro pelo resultado gerado para o planeta com a
consequente eliminação da raça humana. No futuro, a Terra fica perto do fim, já
que a própria necessidade genética dos Observadores exige que eles destruam
recursos naturais em troca de ar poluído. Podem reparar que nos vislumbres do
futuro não há vegetação, apenas florestas de concreto, o que leva a crer que os
Observadores causaram um colapso ambiental. É como se eles estivessem movendo o
problema no espaço/tempo. Tenho a teoria de que eles continuariam invadindo um
universo paralelo atrás do outro, causando estragos e extinção em todos os
lugares.
Pensando nisso, chego à conclusão
de que a única pessoa a saber dessa grande verdade é Michael e por isso ele é
tão importante e deve permanecer vivo. Suas habilidades foram reveladas parcialmente,
mostrando que ele possui uma espécie de blindagem refletora em seu cérebro,
sendo capaz de evitar as “invasões” de Windmark e fazer com ele sentisse os
efeitos que pretendia causar. Tudo isso foi sutilmente colocado, assim como a ideia
de que Michael tem um cérebro capaz de reter informações de
presente/passado/futuro, não sendo sua memória atingida por qualquer alteração
nas timelines. Só isso explica o fato de ele saber sobre a história de Peter e
Walter, além de lembrar-se de sua relação com Olivia na timeline que foi
apagada.
Michael seria uma espécie de
oráculo, com acesso a todas as informações, de qualquer pessoa, em qualquer
época e capacidade de calcular futuros prováveis com generosas chances de
acerto e, por generosas, quero dizer que ele é mais acurado que um Observador,
por exemplo. Por isso é que ele sabia que deveria saltar do trem e se deixar
capturar. Sem isso todos os seus guardiões seriam presos e o plano estaria
destruído. Ele também sabia que Olivia viria para resgatá-lo (o sorrisinho no
rosto entrega tudo) e que isso seria essencial para o andamento das coisas.
Pelo alto nível de atividade
cerebral que possui, ele sequer consegue se comunicar do modo tradicional, e é
por esse motivo que dá até para acreditar que ele poderia mudar os planos do
tal cientista em Oslo, Noruega, com um simples toque em sua mão, usando a
transferência de pensamentos (sendo essa uma das palavras que vimos na abertura
da série). Assim como Walter se arrependeu do resultado que seu trabalho
avançado causou para a humanidade, o vislumbre dessa possibilidade poderia
mudar a opinião do homem que criou os Observadores.
Quando Windmark percebe esse fato
e revela a seu superior que Michael é uma criatura muito mais habilidosa e
diferente do que eles jamais poderiam imaginar, é óbvio o pedido para que ele
seja destruído e para que suas partes sejam estudadas, embora nem mesmo toda a
tecnologia a que os Observadores têm acesso seja capaz de compreendê-lo na
íntegra.
Depois de recebermos essa dose
maciça de informações, entramos em “An Enemy Of Faith” sabendo que o grosso da
carga emocional da Series Finale está prestes a nos atingir. Enquanto a
preparação para o plano continua e confirmamos que Broyles é “A Pomba”, embora
ele faça a brincadeira sobre ser “O Corvo”, somos presenteados com muitas
despedidas. A primeira delas pautada pela exibição da fita que contém o destino
de Walter e boa parte da explicação de como funcionaria a nova timeline
resetada. Essa é, definitivamente, uma cena para rever. Texto belíssimo, que
contém explicações simples sobre o destino dessas pessoas, e de fazer chorar
até o dono do coração mais peludo.
A história do tempo emprestado e
dos motivos pelos quais Walter precisa se afastar daqueles a quem mais ama é triste
ao mesmo tempo em que é absolutamente justa com a trajetória do personagem. Sem
dúvidas, Michael mostra a ele a antiga timeline para que Walter pudesse partir
sabendo o que significou sua relação com Peter. Nessa cena, senti como se John
Noble e Joshua Jackson fossem pai e filho de verdade, encarando o que precisa
acontecer para que outros possam ser felizes. O grande inimigo do destino é, de
fato, Walter. O homem que foi capaz de tudo para salvar o filho que nem era
dele e que agora, depois de muitas aventuras, precisa encarar, justamente, seu
próprio destino para que Peter, Olivia e Etta possam ser uma família de novo.
Um pouco depois é a vez de Astrid
e Gene. E aqui, até os Observadores que ainda não desenvolveram emoções,
choraram. Os roteiristas sabem exatamente como nos comover e deixar Gene de
lado (mesmo no âmbar, porque ela muge muito alto) seria um tremendo e
irreparável erro. Apesar de eu ainda achar que Astrid foi pouco explorada e
teria muito mais potencial, o reconhecimento e a lembrança de que ela foi a
pessoa mais paciente do multiverso ao lidar com as maluquices de Walter era
merecido. Fiquei com um sorriso besta no rosto quando Walter fala que Astrid é
um belo nome. Estava na hora.
Sem deixar de lado o emocional
(porque sou apegada aos casos de Fringe), o episódio proporciona uma espécie de
‘festival das bizarrices’, trazendo de volta algumas das mais icônicas
situações, na ofensiva ativada por Peter e Olivia para conseguir o
estabilizador de doca, que reverteria o fluxo de passagem na linha de
transporte, permitindo a ida de Michael e seu acompanhante para o futuro.
Dessas bizarrices, minha favorita
sempre foi a do ataque das borboletas “invisíveis”, vista no episódio ‘The
Dreamscape’ (1x09), mas havia muitas outras em curso durante o ataque. A “lula”
que aparece em ‘Snakehead’ (2x09) e durante o arco de William Bell na 4ª
temporada, o vírus da gripe em tamanho gigante de ‘Bound’ (1x11), a toxina que
fechava todos os orifícios do corpo, utilizada em ‘Ability’ (1x14) e ‘The Bullet
That Saved The World’ (5x04), as micro-ondas que explodem cabeças de ‘The Cure’
(1x06).
O último corpo pelo qual Peter e
Olivia passam pode remeter a dois casos. O da toxina que dissolve carne, vista
no Piloto, ou uma semelhante, que dissolve ossos, citada no episódio
‘Concentrate and Ask Again’ (3x12). De fato, Broyles teve uma sorte imensa por
estar numa sala sem circulação de ar, embora eu realmente não entenda como
aquelas máscaras, sem nenhuma outra proteção especial (nem luvas) possa ter
excluído Peter e Olivia da lista de vítimas.
Outra citação interessante vem
das balas de ósmio antigravidade, que fazem as vítimas flutuarem. O caso foi
visto no episódio ‘Os’ (3x16) e só teria efeito, na época, por causa do choque
causado pelos universos, já que a ideia era criar algo mais leve que o ar com
elementos químicos que, em verdade, eram bastante densos. O funcionamento
dessas balas em 2036 não faz lá muito sentido, pois elas deveriam perder suas
propriedades a partir do momento em que a ponte entre os lados A e B é criada,
mas estou relevando esse fato com a citação de Walter: “Porque é muito
legal”. Gostei de ver aquele Observador
voando durante a batalha final, então, vale a justificativa.
Além dos episódios já citados, há uma lista bem grande de
conexões nessa Series Finale dupla e embora eu não pretenda falar de cada uma
delas por questão de espaço (o texto está imenso e ainda faltam muitas
informações), acho que vale listá-las, a título de curiosidade. Eis os episódios relacionados: Fracture(2x03),
Peter (2x16), Olivia (3x01), Entrada (3x09), The Transformation (1x13), A New Day
in The Old Town (2x01), There’s More Than One Of Everything (1x20), Over There
(2x22), Transilience Thought Unifier Model-11 (5x01), A Better Human Being
(4x13), The Road Not Taken (1x19), Anomaly XB-6783746 (5x10), The Recordist
(5x03), The Day We Died (3x22), Worlds Apart (4x20), An Origin Story (5x05), The
No Brainer (1x12), Brave New World (4x21x22) e White Tulip (2x18).
Durante
a batalha muitas coisas entram em curso paralelamente e é preciso ficar de
olho, no meio do tiroteio, para não perder nada. Junto do pessoal da
Resistência, Walter começa a preparar a viagem no tempo, enviando um dos
beacons para o futuro e cuidando para que September possa atravessar com
Michael. Ao mesmo tempo, Windmark chega para eliminar o menino e testemunhamos
o momento da vingança de Olivia. Ela não queria que Peter sujasse as mãos com
Windmark, mas naquele momento, ela revê a corrente com a bala que a deveria ter
matado. É a lembrança de Etta que ativa
a grande reviravolta. Com ajuda das injeções de cortexiphan, Olivia esmaga
Windmark por milésimos de segundo, antes de ele se transportar dali. Aqui, mora
uma das reclamações dos fãs, que queriam ver o vilão da temporada sofrendo um
pouco mais, em vez de ser tão rapidamente eliminado. Pessoalmente, fiquei
satisfeita com esse desfecho, mas entendo o que os reclamantes desejam pontuar.
A
morte que achei realmente fraca foi a de September. Acho que esperava algo mais
intenso da despedida dele, apesar de achar a menção à caixinha de música
absolutamente tocante. Essa caixinha é o símbolo maior do amor entre Michael e
September, lembrando que os Observadores não são capazes de entender e produzir
música, já que Fringe se apoia na premissa de que a música vem do coração, ou
algo assim.
É tudo tão veloz que, em segundos,
Walter já está olhando para Peter, Olivia e Astrid pela última vez, tendo tempo
apenas de ouvir aquele “I love you dad” sussurrado por Peter. Quem teve a
pachorra de olhar o relógio do player se desesperou, porque faltava muito pouco
para acabar e ainda tanto para dizer. É partir dessa sequência que Fringe
mostra o trabalho fabuloso de construção dessa Finale, porque em poucas cenas,
é possível apreciar um dos mais belos encerramentos da TV.
O tempo fora resetado para 2015
e, dessa vez, Peter, Olivia e Etta podem aproveitar o dia de verão no parque.
Eles obviamente não lembram de nada do que se passou em 2036 (acho que Olivia, talvez
lembre, por causa do cortexiphan), porque o plano funcionou e mais tarde,
quando Peter recebe a tulipa branca pelo correio, a previsão de Water se
confirma. Vi um número considerável de fãs reclamando que não entendem como a
carta chegou e porque não mostraram a reação de Peter um pouco mais. Melhor
ainda, porque não mostraram Walter com Michael no futuro e coisas assim.
A respeito da carta, tudo se
explica pelo vídeo de Walter. A reação de Peter fica por conta da imaginação.
Walter diz que enviou uma carta contendo uma coisa dele, o que resultará em
Peter indo procurá-lo no laboratório, sem jamais encontrá-lo, porque afinal,
Walter se tornou um paradoxo e foi apagado de 2015, mas está vivendo bem, no
futuro, ao lado de Michael, que também se torna um paradoxo.
E essa história do paradoxo é bem
confusa e não sou a maior apoiadora desse recurso para justificar o modo como
as coisas se encaixaram. Acho muito fácil jogar um “ah, é um paradoxo” e
pronto, tudo resolvido, sem questionamentos. Dentro desse final, porém, há uma possibilidade
plausível, que não é 100% aceitável (mas é quase), embora coerente em grande
parte.
E qual é, afinal, o grande paradoxo
em que Fringe se apoia? A natureza teria de se corrigir e apagar Walter e
Michael de 2015, porque naquele exato momento eles estariam vivendo também no
futuro e seria impossível que eles tivessem essa “existência dupla”, com dois “presentes”
acontecendo e continuassem em 2015 e 2167, simultaneamente. Digamos que
presente e futuro estivessem perfeitamente alinhados, como uma única coisa,
nesse caso. É complicadinho e não é perfeito, mas faz sentido, se a gente parar
para pensar. É por isso que, a meu ver, Fringe cumpriu seu objetivo e entregou
para os fãs uma Finale que alcança alto nível de plausibilidade, sem deixar de
lado as grandes doses de emoção.
Para que tudo continue fazendo
sentido, a possibilidade é a de que os Observadores existam, mas não como os
conhecemos. Eles não teriam os dispositivos no córtex cerebral e seriam
parecidos com Michael, com inteligência e sentimentos, o que anularia a invasão,
já que esses seres seriam superiores e não destruíram o planeta e nem à humanidade
que lhes deu origem. Essa é minha teoria preferida, embora o grande paradoxo
mesmo esteja em Michael existir sem que September (que seria seu pai biológico)
tenha algum dia existido.
Um questionamento levantado na
review anterior seria sobre a permanência de Peter na história, diante da
timeline resetada. Eu achava que não faria sentido, mas uma semana faz muita
diferença para alinhar nossos pensamentos e foi assim que cheguei à conclusão
de que Peter continuaria existindo, mesmo com a extinção total dos
Observadores, pelo simples fato de que ele é uma anomalia. Lembrem que Peter foi
apagado na Finale da Season 3 e ressurgiu no Reiden Lake no começo da Season 4.
A timeline original foi apagada e por isso, as regras não se aplicam a Peter,
porque ele já não deveria estar aqui, em primeiro lugar. Por furar a lógica de
seu desaparecimento, ele continua existindo sem qualquer erro de continuidade
na história de Fringe. Nosso problema está em esquecer desses detalhes e julgar
tudo de forma linear.
A ideia central da timeline
resetada é que a história recomeça do ponto onde sofreu a intervenção por parte
dos Observadores. Tudo o que aconteceu antes, permanece inalterado (ou com
alterações insignificantes para mudar o curso dos fatos), porque o importante é
transformar a história somente a partir daquele ponto especifico, que é o dia
do Expurgo. Ou seja, tudo o que vimos em Fringe não foi apagado ou esquecido. Os
únicos fatos que “não aconteceram” são os relacionados em Letters Of Transit (4x19)
e durante a 5ª temporada, porque esse período está sendo reescrito, dessa vez
sem Walter, sem Observadores e sem Michael. Tudo isso faz com que a Finale da
Season 3 seja muito importante, não só por Peter, mas para entender como alguém
pode ser apagado sem que a timeline sofra drasticamente com isso. O termo ‘apagado’, no entanto, se refere
somente aos Observadores. Walter e Michael não foram deletados, apenas reposicionados
na linha temporal.
Acredito que muitos fãs podem
estar realmente insatisfeitos com o modo como a série se encerra, mas digerir
os fatos é essencial. À primeira vista as justificativas parecem muito mais
frágeis do que realmente são e a verdade é que Fringe consegue se explicar de
muitas maneiras. A série fez isso em todas as temporadas, se prestarmos atenção,
e credito muito desse contentamento com o a quantidade de respostas que nos foi
oferecida pela constante ameaça de cancelamento. Se as coisas fossem mais tranquilas
não sei se estaríamos tão bem servidos de fatos concretos.
É claro que algumas coisas
ficaram de lado, mas nenhuma é significante o suficiente para alguém poder
dizer que a série perdeu seu sentido. Por exemplo, no caso de William Bell (que
foi um dos mais citados por quem se diz insatisfeito), acho que as reclamações
são feitas por quem está com a barriga cheia. A Season 4 foi praticamente focada
nele e seu complexo de Deus. Na quinta, ele está preso no âmbar por motivos
óbvios, já que representa uma grande ameaça. Não vejo motivos para voltar numa
trama que foi bem encerrada, quando havia tanto sobre os Observadores para
colocar em pauta. Com a timeline resetada em 2015, Bell ficaria livre do âmbar e
solto para fazer suas estripulias. Basta parar e raciocinar para perceber. O
mesmo vale para Broyles, Nina (que estaria viva), Astrid, Gene e todo o resto.
Seria complicado revisitar cada um, mas a ideia geral é de que estão
continuando com suas vidas normalmente.
Outra reclamação é sobre o
significado do padrão de luzes piscantes GGGR (verde, verde, verde, vermelho).
Sério? Alguém estava mesmo se prendendo numa bobagem dessas com tanta coisa mais
interessante rolando? Como nunca dei muito crédito ao aclamado uso de cores
(apesar de sempre citar nas reviews para não deixar faltar nada) acho uma baita
bobagem se incomodar com isso. Para completar a listinha, tem gente aborrecida
com a falta de desenvolvimento sobre Robert Bishop (o pai de Walter que foi
citado umas duas vezes e nunca teve real importância para o desenvolvimento da
trama) e John Mosley, personagem que aparece no episódio ‘The Arrival’ (1x04)
tentando roubar um dos beacons, que inclusive estava no túmulo de Robert
Bishop. John Mosley é morto por Olivia nesse mesmo episódio e nunca mais foi
citado. Como esse é um episódio de grande importância para a base da mitologia
dos Observadores, até entendo a curiosidade, mas não o descontentamento. Com ou
sem John Mosley, Fringe continua fazendo sentido.
Como não poderia deixar de ser,
essa Series Finale proporciona nossa última caçada aos easter eggs. Já falei
sobre um deles, mas há mais alguns. No lado B, o mapa dos arredores onde Olivia
é detectada possui um “Museu Alternativo”, provavelmente cheio de objetos do
lado A.
Na chegada de Olivia e Michael,
após o resgate, podemos ver uma placa com um sinal idêntico ao que Michael usa
ao se comunicar com Olivia, pedindo silêncio para que Astrid pudesse contar sua
ideia, que salvaria todo o plano.
Ao fim do episódio 12, vemos a
porta do apartamento 513, que nos leva à Series Finale. Durante o ataque
perpetrado por Peter e Olivia, que acaba inclusive, com o resgate de Broyles, é
possível ver a famosa mão com seis dedos.
O easter egg final é para todos
nós, que acompanhamos Fringe por cem episódios e cinco anos inteiros. “Thank
For Your Support!”. De nada, Fringe, a gente é quem agradece!
Também tivemos dois Glyph Codes
bastante significativos. Em ‘Liberty’ a palavra escondida é LOVED. Como Fringe
é uma série sobre o amor entre pais e filhos, ‘AMADO/A’ fica em destaque para
os sentimentos entre Peter e Water, Olivia, Peter e Etta, além de September e
Michael.
CLOSE é o Glyph Code que
determina o fim da nossa jornada com Fringe. Ele tem duplo significado. O mais
óbvio é pelo encerramento da série e o outro é sobre como Walter sempre estará
por perto para Peter, mesmo que ele viva um século além do nosso tempo. Não tem
como eu não estar completamente emocionada nesse momento, com os olhos
marejados por saber que, enfim, acabou. Mas valeu a pena.
Despeço-me de todos vocês e da
minha série favorita com a certeza de que Fringe fez um excelente trabalho e
que encerrou sua trajetória da melhor forma possível. Fringe é exemplo de uma
coerência rara em produções de ficção científica. A série pode nunca ter sido
reconhecida pelas premiações e não ser dona de um público gigantesco, mas quem
está aqui ainda hoje, sabe que não foi por falta de qualidade ou de
merecimento. Depois de ser presenteada com tantos episódios e mensagens
escondidas, tenho a sensação de que toda a equipe envolvida na produção da
série sabe que o maior prêmio vem de uma base fiel de fãs. Quem ama Fringe não
ama pela metade.
É aqui que estendo a todos vocês
uma tulipa branca. Ela sé um símbolo de agradecimento pelos debates, criticas,
elogios e teorias lançadas nos comentários de cada texto. Li cada linha escrita
por vocês e acho que é impossível mensurar o quanto tudo isso contribuiu para
que minha experiência com Fringe fosse mais e mais completa. Escrevo sobre
dezenas de séries e já encerrei a cobertura de muitas outras com dor no
coração, mas nada se compara a dizer Adeus para Fringe. Num mundo justo, voltar
no tempo e descobrir cada mistério novamente, como se fosse a primeira vez,
seria totalmente possível.
Review perfeita, assim como o fim de Fringe. Durante todos esses anos eu acompanhei Fringe e suas reviews e certamente não teria aproveitado Fringe como eu aproveitei se não fossem suas reviews. Parabéns!!! E a cena da tulipa branca me deixou com um nó na garganta, por pouco não chorei.
ResponderExcluirMuito amor por Fringe sempre.
ResponderExcluirA explicação do paradoxo não foi
100% convincente, mas isso acontece
em séries como Doctor Who e o povo reclama
bem menos.
As cenas de Walter e Peter foram lindíssimas só sendo muito
coração peludo pra não amar mesmo.
Tchau Fringe, obrigada pela viagem.
Camis, antes da finale eu vim fazendo uma maratona (Season 1,2,3 e 4) e como você disse, realmente vale a pena. Foi uma experiencia muito boa e que me ajudou a entender alguns detalhes. Mas eu acho que September continua e existir, pois p/ mim ficou que ele era da equipe de cientistas que começou o négocio de Observadores
ResponderExcluirAgora sim Fringe terminou! Como muitos já disseram aqui, um episódio só é completo depois de ler suas reviews. E vou te falar, como aguardei por essa! Assim como o derradeiro episódio, suas palavras foram perfeitas! Obrigado! =)
ResponderExcluirEmocionada com seu texto, Camila. Estava só o aguardando para me despedir de vez de Fringe. Também n acredito que acabou, mas estou feliz com o resultado final. Sentirei muita falta de todos os personages e das histórias. "Quem ama Fringe não
ResponderExcluirama pela metade", Barbieri, Camila. ehehehehehe Bjos.
Camis, como sempre, ótima review.
ResponderExcluirFringe vai mesmo deixar saudades...
Tive a mesma leitura sobre o episódio, em minha cabeça as explicações ficaram bem claras. Os paradoxos que estão sendo muito comentados pre todos, fizeram sentido, em minha opinião. No mais, eu chorei durante quase duas horas, meu rio de lagrimas começou no monto em que Peter diz a Olivia que está com medo de perde-la, quando ela decide ir buscar Michael. Aumentou a correnteza do rio (de lagrimas), na cena de Walter com Peter, e principalmente na cena de Gene, não é só pela Gene, mas por toda delicadezas que os personagens nos mostraram durante a série, inclusive a vaca. Foi a demonstração do amor de Astrid, um amor quase maternal que ela teve não só com o Walter, mas com os espectadores que também queriam comer alcaçus, torradas...E ela sempre muito paciente nos mostro/deu isso (mesmo que indiretamente). Ver Walter partir com Michael foi muito doloroso e ao mesmo tempo me deu um certo orgulho dele, de ver o que um Pai é capaz pela felicidade de seu filho. No fim, fico com a cena da família mais linda da tv (na minha opinião , Olivia e Peter depois de tantos obstáculos conseguiram perpetuar esse AMOR. E podem falar o que quiserem, não só FRINGE como a VIDA, tudo se explica com o AMOR ou pelo AMOR!!!!
ResponderExcluirObrigado Fringe! E OBRIGADO Camis, sem você nossa viagem não seria tão boa quanto foi!!!!!
Linda sua review, foi muito bom acompanhar Fringe junto com suas reviews.
ResponderExcluirAchei que a serie fechou perfeitamente e as lágrimas foram inevitáveis.
Uma Tulipa Branca para você!
Apenas chorando (de novo) com essa review. Obrigado Camis por mais essa jornada! <3 ;'(
ResponderExcluirValeu. Excelente review... estava esperando para assistir + 1 vez a finale. Foi mto bom 'estar' com vocë nesta jornada. Fringe não teria sido tão maravilhosa sem suas reviews, aguçando minha curiosidade por sempre mais. Já q tinha q acabar, feliz com o desfecho da forma q foi.
ResponderExcluirCamis, li todos os reviews enquanto acompanhava a série. Obrigado por fazer parte desta experiência, sem você com certeza ela seria menor. Bjo.
ResponderExcluirvish, deixou um vazio no meu coração, tenho que preencher com alguma outra ssérie, mas não encontro. não sei se alguém percebeu, mas o windmark conseguiu se desviar de uma bala da arma que mata observadores.
ResponderExcluirAliás, as cenas de ação de Fringe, mesmo poucas, sempre foram muito boas.
ps.: não tinha tanta raiva assim do Windmark que nem o resto dos fãs, ele fez um favor matando Ella, bicha chata.
Agora que acabou FRINGE , agora é ver as historias da HQs de FRINGE , tem um monte delas e livros sobre FRINGE tambem .Olhem esse site das HQs de FRINGE:
ResponderExcluirhttp://www.skoob.com.br/livro/189565-fringe-a1
http://www.skoob.com.br/livro/204656-fringe-science
http://www.skoob.com.br/livro/197256-beyond-the-fringe
Parabéns pelo texto, Camis. Não assisti a série, mas fiquei curiosa. Beijos
ResponderExcluirMeg
Uma temporada fraca, mas esses episódios salvaram o coração apertado e sofredor do fã de Fringe.
ResponderExcluir"Afinal, quem sou eu para reclamar de amor, quando eu amo tanto Fringe?"
Nossa... que coisa mais liiinda!!
"Pelo alto nível de atividade cerebral que possui, ele sequer consegue se comunicar do modo tradicional, e é por esse motivo que dá até para acreditar que ele poderia mudar os planos do tal cientista em Oslo, Noruega, com um simples toque em sua mão..."
Me fez dobrar a língua e engolir o que disse sobre achar o plano bobinho, fraco e sem sentido.
"Quem ama Fringe não ama pela metade."
De novo.Coisa linda de se dizer sobre essa série MARAVILHOSA!
Parabéns pelo excepcional review.
Agora a serie terminou de fato, li a MARAVILHOSA review que conclui com chave de ouro, nem tenho palavras para agradecer estas deliciosas reviews tao bem feitas, que sempre completaram tao bem cada episodio.
ResponderExcluirDepois comento melhor o emocionante final.
Dor no coração saber que nunca mais teremos episódios inéditos de fringe. Pra quem não viu ainda, vale a pena conferir o trailer feito pelo Ari Margolis que foi outra pessoa que esteve presente no desenvolver de fringe ( http://www.youtube.com/watch?v=NLVWIFhLhKk ). Camis, muito obrigada por dividir seus pensamentos e opiniões com a gente nessa jornada.
ResponderExcluirNão fiquem tristes,,, Em um universo paralelo Fringe ainda não acabou.
ResponderExcluirAh, nem tenho mais o que falar. Finale que me deixou plenamente satisfeito. A situação paradoxal de Walter e Michael é um pouco complexa, mas nada dificil de entender.
ResponderExcluirFringe deixa saudades. Minha série preferida em exibição. A fila subiu, mas o lugar de Olívia e cia no meu coração não tem substituto.
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m5e12jrAWM1qj7jhxo1_500.jpg
ResponderExcluirExcelente review.
ResponderExcluirNunca me considerei uma "super fã" de Fringe. Do tipo que vai atrás das coisas e tal mas sempre gostei da série. Lia reviews só e as suas principalmente sempre me ajudaram a entender um pouco mais a série e a perceber detalhes que escaparam (o que sempre ocorria).
É difícil uma série conseguir fazer com que vc goste de todos os personagens mas Fringe conseguiu. Um mais carismático que o outro. Peter, Olivia, Astrid, Gene e Walter eram ótimos! Sentirei falta deles.
A série encerrou sua trajetória de maneira coerente e emocionante. Valeu a pena acompanhar e de alguma forma fazer parte disso.
Olha eu chorando, de novo.
ResponderExcluir"Roubamos nosso tempo extra com Fringe e sei que, assim como eu, vocês também não trocariam essa oportunidade por mais nada."
Muito bonito isso Camis, me fez chorar ainda mais.
Nem vou discutir o series finale aqui pq meu momento pra isso já passou(ou nem chegou). Agora eu estou vivendo meu luto minuto a minuto, em negação, enquanto me esforço para não pensar no que assistirei na próxima sexta (droga!).
Eu estendo uma tulipa branca à você. Obrigada por partilhar suas teorias, pensamentos e opiniões preciosos. Mesmo anonimamente eu acompanhava e refletia toda semana, era praticamente uma co-dependência com Fringe, se eu assistia Fringe, eu tinha que ler sua review e não se passou uma semana em que isso não acontecesse.
Então, obrigada por aumentar minha experiência com Fringe. Agora é só ter esperança para que alguma coisa boa assim aconteça de novo.
Camis,
ResponderExcluirObrigada por conseguir elevar a experiência de Fringe abrindo meus olhos para tantos detalhes e minúcias. Esta leitura foi um segundo encerramento e tão digno quanto o da série em si.
Obrigada a vc Camis por fazer a review de Fringe e me fazer entender mais essa série tão especial.
ResponderExcluirCammis, review perfeita <3
ResponderExcluirto esperando a de The Vampire Diaries e Pretty Little Liars.. to dando F5 aqui no blog desde sabado, hahahahahha beijo ♥
Como vc escreve bem, Camis!
ResponderExcluirEu confesso que Fringe nunca esteve no topo da minha lista de preferências como outras séries estiveram, comecei a ver pra poder saber do que tanto falavam nas reviews e podcasts. Ainda assim, foi uma jornada incrível.
Uma coisa com a qual eu fiquei encucado nessa finale foi como a Bolivia sabia que a Olivia teve uma filha e que esta veio a sumir depois? Porque ela pergunta se eles a tinham encontrado (não lembro se foi exatamente isso, mas a Bolivia dá a entender que sabia da existência da Etta), sendo que a ponte foi fechada antes do nascimento e desaparecimento dela.
Só queria que a Olivia tivesse um pouquinho mais de espaço nessa finale. Eu sei que a série no fim das contas narra o amor entre pais e filhos, mas nós fomos apresentados a esse mundo sob os olhos dela e não faria mal nenhum dar um tantinho mais de destaque.
Gosto tanto da Astrid! Me emocionei muito na cena dela com a Gene e o Walter. Adoro quando exploram a relação entre protagonistas e coadjuvantes.
Você citou algumas das dúvidas que pairam na cabeça dos fãs, a única que eu tenho é sobre um cientista que apareceu na segunda temporada naquele episódio em que criam um tipo de gás que mata pessoas com uma genética específica, lembra? No final do episódio mostra que aquele homem estava vivo desde a Segunda Guerra Mundial, achei que fosse explicar isso em algum momento. Ou será que era o pai do Walter e eu tou confundindo as coisas? Se for mesmo o tal cientista, vai ver ele usou aquele plot de roubar a juventude das glândulas pituitárias (Fringe também é biologia!).
Acho tão recompensador quando uma série faz auto-referência, é como se fosse um presente pra quem acompanhou a história toda. Fiquei rindo à toa naquela cena dos antigos casos sendo usados pra tocar o terror nos observadores.
Enfim, muito obrigado Camis! Era obrigatório vir ler a review depois de ver os episódios pra saber se eu não deixava passar nada (e sempre deixava). Espero que nós encontremos alguma série tão boa assim no futuro pra acompanhar.
PS: não acho que a Olivia lembre do que aconteceu, pq o que se passa na 5ª temporada acontece depois da invasão, não sei se tem como ela se lembrar de algo que ela não tenha vivido ainda. Na quarta temporada foi diferente, pq eram duas timelines paralelas, uma sobre a outra, enquanto nesse caso, é uma questão de presente e futuro. Deu pra entender??
Beijos!
Estava ansiosa por esta review, perfeita como sempre !!! Ainda em luto por fringe, n consigo nem pensar mt na séries finale sem q meus olhos se encham de lágrimas, me tornei fã e agradeço a vc Camis, obrigada pelas ótimas reviews e pelo seu imenso amor por fringe, foi ele q me conquistou em primeiro plano..
ResponderExcluirSaudades eternas dessa série q se tornou uma das minha favoritas de todos os tempos. <3'''''
Acho que
ResponderExcluiré a primeira vez que escrevo no blog (timidez nível 3), mas não poderia
ficar sem falar dessa que pra mim foi a melhor série que acompanhei em muito
tempo,e olha que vejo mais de 50. (Praticamente medalha de ouro rs.) Camis,
queria te agradecer por dividir sua experiência de fringe com todos nós. Varias
vezes ficava esperando sua review pra tirar dúvidas, confirmar opiniões,
enfim aumentar ainda mais minha dose de fringe semanal. E esse do último e o
que eu mais aguardava. Pra mim foi um episodio maravilhoso. Agradar 100% é impossível,
mas acho que tem mais contentes do que descontentes e pra mim foi uma experiência
única ver a serie e achei o final foda demais. Tudo começou com o walter
trazendo uma criança, e encerrou com ele levando uma criança embora. Pra mim
foi a redenção do personagem, e eu só posso agradecer por não ser um final tipo
comercial de margarina com trilha sonora deliciosa de Xuxa (ha, a vida é uma
festa), isso seria de cortar os pulsos com faca de serra cega. Visto as
atrocidades que somos obrigados a engolir a seco sem nem um bons drinques pra
ajudar, temos que agradecer por um final coerente, adulto, realista (na medida
do possível). O importante é olhar pra trás e ver que valeu a pena a jornada
até aqui, que não foi tempo perdido. Mas enfim, obrigado por engrandecer a
minha experiência com fringe. Vou sentir falta pra caramba de tudo.
Ps: Até que não doeu comentar. Vou ver se
continuo.
Ps²: Não
sai do armário, praticamente explodi ele,rs.
Ps³: Pena
o walter não estar mais aqui pra acabar com essa minha timidez nível 3 que eu
tenho. Sempre achei que uns 30 minutos naquele tanque (pelado porque
potencializa) faria milagres pra mim.
Camis obrigado pela complementação da minha experiência com fringe. Hoje ao ler sua review fechei o ciclo, fico com uma dor no peito por ter terminado mas feliz com a conclusão, não me leve a mal mas mesmo lendo outras resenhas suas, não será nunca mais a mesma coisa, sua paixão pela série sempre foram um bônus track para cada episódio, chegando ao ponto de esperar aguniado pelas suas impressões - que nem sempre batiam com as minhas, mas que mesmo não comentando muito, sempre foram o estopim de altas discussões solitárias na minha cabeça. Obrigado pelo trabalho e força para continuar escrevendo as outras séries, pois tenha certeza que sempre haverá pessoas que sentiram a mesma gratidão que sinto por poder ler seus textos.
ResponderExcluirCamis, como sempre o episódio só se completa quando leio sua review. Muito obrigada, foi ótimo poder acompanhar a série com vc.
ResponderExcluirEstou me sentindo meio órfã ainda e confesso que estou no time dos descontentes com o finale. Sim, eu me emocionei com os personagens, mas essa questão do paradoxo me incomodou. E olha que eu estava amando a temporada e sou do time que amou o final de Lost. rs.
Para mim não faz sentido ter voltado para o dia do expurgo, mesmo com a sua explicação. Quando o Peter "nunca existiu", tudo foi reescrito sem ele, não ficou igual. Então, se não existissem observadores, nunca haveria a timeline reescrita para o Peter poder ser uma anomalia. Simplesmente estaríamos na original, com ele talvez vivo no lado B, pois September não teria distraído Walternativo. Não acho que seria possível voltar só para a timeline reescrita porque ela foi reescrita com a interferência dos Observadores. Sem eles, ficaríamos no original.
E essa do Walter ficar no futuro também não faz sentido, se ele é um paradoxo e alterou a história, é no futuro que ele deveria sumir. Mas essa eu até aceito a explicação.
Enfim, foi emocionante, mas, para mim, deixou a desejar.
E já estou com saudades...
Review perfeita, mais uma vez, parabéns! Minha experiência com Fringe ganhou muito com seus comentários e análises. Obrigada! E só pra deixar claro o nível de amor, que eu e meu marido temos por Fringe, Equation (música tema da série), foi escolhida pra entrada do noivo no nosso casamento, em 2011. Foi lindo!! Vai ficar uma saudade imensa de todos esses personagens queridos.
ResponderExcluirTambém levantei todas essas questões ao ver o final, pois também pensei no que poderia ter sido mudado pela não existência dos observadores. Não faço ideia se a minha explicação faz sentido para você, mas para mim a chave do que aconteceu está no facto de que eles nunca disseram que os observadores deixariam de existir, eles disseram que o Michael reunir inteligência e emotividade os impediria de criarem os observadores sem emoções, então eles existiriam e teriam sido criados, quem sabe até foram presenciar os momentos históricos do mesmo jeito, mas porque tinham sentimentos, nunca destruíram o planeta e consequentemente decidiram invadir, daí tudo o que eles influenciaram no passado foi alterado mas só se nota realmente as grandes diferenças a partir daquele dia, pelo dia do expurgo ser o dia que a história tomou indubitavelmente um curso completamente diferente, porque foi quando eles decidiram intervir negativamente.
ResponderExcluirO que não entendi foi a razão de Walter ser apagado em 2015 e não em 2036, uma vez que foi quando ele foi para o futuro. Na minha forma de ver, ele só não poderia existir simultaneamente a partir do momento em que partiu, até lá não vejo qualquer razão para desaparecer. Alguém tem alguma teoria para ter sido em 2015 que ele foi "apagado"?
Porque o ano de 2036 em que ele viajou já não existe mais. A história foi reescrita a partir do momento que os Observadores invadiram, 2015, então se os Observadores não invadiram, não houve um domínio deles, consequentemente, o ano de 2036 como nós testemunhamos, nunca existiu.
ResponderExcluirSó queria agradecer por tds os textos que vc escreveu durante essa incrível jornada que Fringe tornou-se. E mais incrível ainda foi, mesmo n tendo todas as respostas, mesmo n sendo exatamente da forma como eu imaginava, eu continuo amando a série, e aceito as escolhas dos criadores/produtores nessa series finale fantástica. Mesmo com todos os momentos cute acho q o que mais gostei foi a invasão de Peter e Olivia utilizando os Fringe Events, n tinha como fazer um recap melhor que aquele. Quando vi as borboletas abri um sorriso :DD
ResponderExcluirOutro momento que curti muito foi o breve retorno ao lado B, era algo necessário, aprendemos a gostar do pessoal de lá, e ver uma última piada da BOlivia (pare de olhar p o meu bumbum mais jovem) foi ótimo.
Comecei a rever a série, acho q será importante para preencher algumas lacunas que se abriram com o tempo. Impossível guardar 5 anos de detalhes. E claro que irei reler os reviews após assistir os episódios. Enfim, espero que todos lembrem com carinho dessa série fantástica, que os atores tenham sucesso em seus novos projetos, e que aparece alguma série com a qualidade de Fringe. Abraço!
Também achei alguns furos, mas todos altamente dispensáveis. A forma como a série elogiou a si mesma - e consequentemente os fãs - foi fantástica. Eu já tava chorando faz tempo, mas quando vi a cena do corredor com os vários casos de Fringe como arma...OMFG cara, foi como se o menino observer tivesse tocado em mim e me inundado de memórias de toda a série. O choro ali cresceu exponencialmente. Foi meio como dizem "ver a vida num flash antes da morte". Lindo pra caralho.
ResponderExcluirRealmente foi um final digno de uma serie que foi aclamada e amada por milhares de pessoas, mas que deixou muitas pontas soltas para resolver, que talvez daqui uns anitos voltam a pegar nesta historia e resolvam o que deixaram por resolver. Uns dos pormenores que ficou em aberto, foi o endereço do remetente que sabemos foi Walter, que na data do envio da carta se encontra em Boston que no preciso ano o Waltermate (lado B) ele aposenta-se do cargo e vai viver precisamente em Boston, pelo menos foi dito pelo Lincoln. A grande dúvida que ficou foi sem duvida como seria o futuro dos observadores, seria impossível que eles tivessem sido apagados no futuro, talvez viessem a ser outra forma de ser, porque o seu desaparecimento colocaria em causa quase toda a história de Fringe. É bom relembrar que setember é uns dos grandes responsáveis de toda a história desde da vinda de Peter para o lado A, como a reposição da nova timeline no final da 3 sesseon e que também protege o Michael para mudar o futuro. Mas contudo penso que este final seja a base para um futuro próximo utilizarem as pontas soltas e matarem a sede de curiosidade dos fãs que deixaram a serie com lágrimas nos olhos.
ResponderExcluirSerio, Fringe deixou um buraco no meu coraçãooooo, nao acredito que acabou
ResponderExcluirHell of a show!! Review incrível, como sempre.
ResponderExcluirSu, realmente, faz mais sentido assim. Só fica sem explicação o motivo que eles teriam para enviar os 12 observadores originais para a nossa época, se o objetivo para isso, originalmente, era a invasão de 2015.
ResponderExcluirE concordo com vc quanto ao Walter. Se ele só viajou no tempo em 2036, não há motivos para sumir em 2015. Ele só se torna uma paradoxo em 2036. A explicação do Victor abaixo não faz sentido, não vejo que diferença faz para o sumiço do Walter a timeline ser reescrita de novo e o fato do futuro ter mudado. Aliás, sem ter ficado 20 anos no âmbar, ele provavelmente nem estaria mais vivo em 2036 de qq forma.
Fringe não se completaria, pra mim, sem suas reviews, Camila. Li cada uma das 99 que publicou e, confesso, passei a entender melhor os episódios após ler o que tu escrevia. Coisas que passavam batido e me faziam voltar o episódio para melhor prestar atenção. Se eu agradeço aos criadores, aos roteiristas, ao elenco, à Fox por essa preciosidade que Fringe é, agradeço a você por me mostrar como amar uma série tão incrível. Só assisti ao piloto após ler sua 1ª review sobre a série e, desde então, passei a amá-la e a tornei minha série favorita. Posto esse comentário após chorar demais com o Series Finale e sua última review sobre a melhor série de ficção científica já feita. Obrigada!
ResponderExcluirWhen ѕоmeonе writes an articlе he/she retains the thought of a user in his/her brain that how a useг can be aware οf it.
ResponderExcluirThus that's why this piece of writing is great. Thanks!
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so acabei se assistir agora, então fiquei confuso em uma coisa, deram restart no tempo ate o dia que deveria acontecer a invasão, walter nesse dia ja havia indo para o futuro, então quando Peter vai procura-lo não os encontra certo. e como é que a carta poderia chegar até Peter, outra se a natureza tinha que colocar walter e michael em suas timeLine que seria no futuro, ele não ficou preso no ambar? se voce pode mim explicar agradeceria tou aqui martelando até agora, ou eu sou burro mesmo brigado.
ResponderExcluirOptima review. Também vejo muitas séries, mas esta tem um significado especial. Foi muito dificil dizer adeus. Eu esperei meio ano para ver o ultimo episodio, estava mesmo a custar. :')
ResponderExcluirE os Observadores?Eles também não são vitimas dos paradoxos por viverem viajando tempo?Também acho que tinham que explicar eles deixarem para lá o outro universo.
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