quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Running Wilde 1x01: Pilot


Algumas séries nunca deveriam sair do papel e sinto dizer que Running Wilde é uma delas.

Os vídeos de divulgação já eram vergonhosos, mas ver o episódio inteiro é uma experiência ainda pior. Running Wilde, nova comédia da Fox instiga essa incontrolável vontade de cobrir o rosto e implorar para que os atores não se submetam a tamanha humilhação. O mais engraçado é que, sabendo que a série era do mesmo criador de Arrested Development, eu tinha alguma esperança de que o todo fosse melhor do que as pequenas partes disponíveis.

É claro que, talvez, as pessoas gostem da produção ou a coisa melhore nas próximas semanas. Tem coisas que só o tempo pode dizer. Por enquanto, o resultado é desastroso e a história do milionário que finge ser humanitário para reconquistar um amor do passado não convence e sequer consegue ser engraçada.

Isso, porque Steven Wilde é interpretado por Will Arnett, que tenho em alta conta e que também é um dos roteiristas da série. Steven faz o tipo desligado, rico e infeliz, que paga para ter amigos e vive bêbado para tentar esquecer que ter dinheiro não traz felicidade.

Por isso, ele se apega a essa lembrança de adolescência com Emmy (Keri Russel), que representa os únicos momentos em que ele realmente conheceu a felicidade. O problema é que Emmy odeia dinheiro e é contra tudo que a empresa do pai de Steven faz. Ela também vive em meio a uma tribo amazônica com a filha, Puddle (Stefania Owen), que não fala há seis meses, só porque odeia morar no meio do mato. Há ainda o estranho namorado de Emmy, Andy (David Cross), outro humanitário doido e sem graça, além de Fa’ad (Peter Serafinowics), o vizinho rico e sem graça de Steven.

Quando Emmy aparece para ver Steven recebendo um prêmio (dado por ele mesmo, para ele mesmo), as faíscas reacendem e Puddle vê sua chance de sair da floresta e viver numa mansão. Desconfio, aliás, tenho certeza, de que eventualmente saberemos que a menina é filha de Steven, como manda o clichê.

Como dá para ver, a premissa não é lá das melhores e o grande problema é a falta de cenas memoráveis. Nem mesmo os índios num hotel de luxo e impressionados ao ver gelo pela primeira vez serve para divertir. Não quero me precipitar aqui, mas não acho que essa comédia siga durante muito tempo. A não ser, é claro, eu seja minoria e o público americano caia de amores pela produção. Duvido muito que isso possa acontecer.

Comentários
1 Comentários

Um comentário:

Anônimo disse...

Logo vi que esta serie ia ser sol de pouca dura! Lone star parece ser boa mas nao teve quase audiencia nenhuma. Ai ai acho que pela fox so acompanharei House (que tmb nao ta mto bom) e Glee.