De alguma forma eu sabia que Hawaii Five-0 seria boa, mas aí eu vi o Piloto e percebi: é muito melhor do que eu imaginava.
Eletrizante e bem humorado. Eu descreveria simplesmente assim a estréia de Hawaii Five-0, pela CBS. Para quem não sabe, esse é um remake da clássica série de 1968, estrelada por Jack Lord. A primeira versão durou 12 temporadas e teve quase 300 episódios, ou seja, a responsabilidade de lançar uma nova versão é imensa, mas acredito que esse Piloto não apenas honrou a original, como superou qualquer expectativa.
Do começo ao fim, o episódio é pura ação e é isso que gostamos de ver numa boa série policial. O melhor de tudo é que o festival de explosões, tiros, socos e afins vem acompanhado de bom roteiro e boas atuações, o que me faz pensar que nem mesmo o pé frio de Alex O’Loughlin pode afundar a produção, que tem tudo para ser um dos grandes hits dessa Fall Season.
Como é de praxe, o episódio Piloto funciona muito bem introduzindo a história do detetive Steve McGarret (Alex O’Loughlin), que acaba de ter o pai assassinado, depois que a operação de resgate do irmão de um criminoso acabou dando errado. O resultado é que Steve retorna para o Hawaii, onde nasceu, e é recrutado pela governadora para criar uma força tarefa diferenciada, que vai combater o crime e promover investigações que fogem do modo tradicional. A vontade de descobrir os verdadeiros motivos da morte do pai e os segredos que o trabalho dele na polícia local envolviam, levam Steve a aceitar o convite e recrutar seu primeiro parceiro, o detetive Danny Willians (Scott Caan), que está ali, única e exclusivamente para ficar perto da filha, depois de um divórcio infeliz.
Pode parecer estranho dizer isso, mas a química entre os dois personagens é especial. Eles têm diálogos afiados, provocativos e cheios de humor, que me fizeram gostar ainda mais da série. Esse elemento canalha e zombeteiro cai perfeitamente numa produção como essa e acrescenta imenso carisma à trama.
O próximo a ser recrutado é o ex-policial Chin Ho Kelly (Daniel Dae Kim), amigo do pai de Steve, que foi afastado do trabalho e teve sua credibilidade posta em xeque, arruinando sua carreira. Agora, ele terá sua segunda chance e traz, para fechar a equipe, sua prima, Kona Kalakaua (Grace Park), que está se formando na academia de polícia, mas é tão durona quanto qualquer um dos homens.
Nesse primeiro episódio, o inicio das investigações sobre a morte do pai de Steve levam ao descobrimento de uma rede de tráfico de pessoas, que eram trazidas da China para vender drogas na ilha. Lógico que Steve tem um embate com Victor Hesse (James Marsters) e, aparentemente, o cara acaba morto, mas eu não teria tanta certeza. Talvez eu esteja enganada, mas fiquei com a impressão de que essa história não acaba por aqui e de que ainda veremos o retorno desse “vilão” potencial.
Fato é que, com ou sem Victor, Hawaii Five-O promete fazer uma temporada de qualidade e o se o nível mostrado no Piloto for mantido daqui para frente, vai ser impossível não morrer de expectativa pelos próximos episódios.
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